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25/04/2015 - 08:55

Descobertas para o tratamento da leucemia diminuem efeitos colaterais

Como tem feito anualmente nos últimos 10 anos, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) publicou em uma edição Journal of Clinical Oncolgy; o balanço anual das grandes conquistas no tratamento do câncer.

Segundo os autores deste balanço, o maior avanço no tratamento do câncer, no último ano, foi a disponibilidade de novos medicamentos para controle da LLC (Leucemia Linfoide Crônica). Essa leucemia é a mais comum entre os adultos. Apenas em 2014, a estimativa é que 15.700 pessoas, a maioria com idade em torno de 70 anos, teria apresentado a doença nos Estados Unidos.

O tratamento padrão da LLC tem sido uma combinação de quimioterapia com imunoterapia à base de rituximab, um anticorpo dirigido contra as células neoplásicas. Esse procedimento ocasiona muitos efeitos colaterais, o que às vezes impossibilita sua continuidade.

Contudo, no último ano algumas novidades surgiram para o combate da LLC. Agora são quatro novos medicamentos efetivos para o tratamento da doença: o obinutuzumab e o ofatumumab (que devem ser combinados a um quimioterápico, o clorambucil) usados para o tratamento de pacientes recentemente diagnosticados; além do ibrutinib e o idelalisib para os pacientes refratários ou intolerantes a esquemas anteriormente utilizados. A disponibilidade dessas novas terapias cria a possibilidade de que, em um futuro, talvez não muito distante, seja possível tratar a LLC sem o uso de quimioterápicos.

Essas quatro novas medicações e o rituximab constituem um novo tipo de recurso para o tratamento do câncer. As ações dessas substâncias se deve a intervenção em enzimas ou estruturas características das células neoplásicas e pouco expressivas ou ausentes nas células normais, o que lhes confere um caráter de especificidade muito maior. Os quimioterápicos agem sobre todas as células que estão se multiplicando por isso ocorrem os efeitos colaterais sobre a pele, mucosas, cabelo, unhas e sangue. As novas drogas, conhecidas pela denominação de “alvo-específicas”, abrem uma nova etapa no combate ao câncer.

. Por: Dr. Carlos Alberto Reis Freire, Oncologista do Hospital San Paolo - Centro hospitalar localizado na zona norte de São Paulo.

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