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28/04/2015 - 08:51

Indústria nacional de pneumáticos sofre maior queda histórica nas vendas às montadoras no 1T15, aponta ANIP

O fornecimento de pneus a montadoras pelas empresas associadas à ANIP caiu 20,7% nos primeiros três meses do ano, em relação ao mesmo período de 2014, com redução de mais de um milhão na quantidade de pneus entregues

No primeiro trimestre de 2015 as vendas feitas pelos associados à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos(ANIP), às montadoras tiveram uma queda de 20,7% (de 5, 067 milhões para 4, 020 milhões). Trata-se de um reflexo direto da queda de 16,2% na produção de veículos nos primeiros três meses de 2015 em relação a 2014, de acordo com os dados da Anfavea. Segundo o presidente-executivo da ANIP, Alberto Mayer, os três primeiros meses do ano foram alarmantes para a indústria nacional de pneus, em especial no fornecimento ao setor de caminhões e ônibus, no qual a queda chegou a 41,8%. “Tivemos desde o final de 2014 uma série de fatores negativos para nosso mercado, que atingiu no primeiro trimestre de 2015 todas as categorias de montadoras às quais nossos associados fornecem: além do setor de carga, também caíram as vendas para camionetas (-21,1%), passeio (-17,2%), duas rodas (-17,3%) agrícola (-15,2%), OTR (-45,9%), industrial (-45,9%)”, enfatiza Mayer.

Na mesma linha seguiram as exportações, com perda de 15,6% passando de 3,482 milhões de unidades para 2,937 milhões quando comparado o primeiro trimestre de 2015 com o mesmo período do ano passado. “Os números comprovam a contínua perda da competitividade da indústria pneumática brasileira, mesmo com a desvalorização cambial ocorrida. Os países onde a vantagem logística poderia compensar, ao menos parcialmente esta falta de competitividade do produto nacional frente aos de outras origens, como Argentina e Venezuela, enfrentam problemas econômicos e políticos, que levou á uma drástica redução de suas importações. Com outros países da América Latina, potenciais compradores de pneus brasileiros, não há acordos comerciais facilitadores”, acrescenta o presidente da ANIP.

Com a queda na venda de veículos novos, o mercado de reposição de pneus se manteve positivo para os fabricantes nacionais, com crescimento global de 10,1% nas vendas do trimestre ante 2014. “A única queda no mercado de reposição para nossas associadas em conjunto ocorreu nas vendas de pneus de carga (-6,0%), refletindo o momento muito difícil pelo qual passa o setor de transporte rodoviário”, comenta Alberto Mayer. A expansão das vendas dos fabricantes do país no segmento também refletiu a queda nas importações totais de pneus em decorrência da mudança cambial e das medidas antidumping adotadas em 2014. A própria compra externa redução das associadas da ANIP, para completar suas linhas, teve queda de 31,8% passando de 1,741 para 1,188 milhões de pneus quando comparado ao mesmo período de 2014.

Na soma dos três mercados: montadoras, exportação e reposição, o fornecimento das associadas à ANIP por categoria no primeiro trimestre deste ano apresentou o seguinte desempenho: carga -17,6% (2,311 para 1,904 milhões); camioneta -7,4% (2,586 para 2,394 milhões); passeio +2,7% (9,327 para 9,575 milhões); duas rodas -3,7% (4,189 para 4,033 milhões); agrícola -7,9% (226 para 208 mil); OTR -13,5% (40 para 34 mil) e industrial + 3,2% (569 para 587 mil).

Produção —A produção total de pneus no primeiro trimestre deste ano teve um leve incremento de 2,6% passando de 18,06 milhões de pneus em 2014 para 18,53 milhões em 2015. “Em meio à atual conjuntura adversa no mercado consumidor, algumas empresas de nosso setor fizeram layoff ou férias coletivas para evitar dispensa de colaboradores. Isso se deve ao fato de que a indústria de pneus depende de profissionais qualificados, sendo por isso, um dos setores com a menor taxa de rotatividade no Brasil, de apenas 13,13%”, enfatiza o presidente -executivo da ANIP.

A produção por categoria no primeiro trimestre: carga -5,6% (2,050 para 1,935 milhões); camioneta -6,2% (2,358 para 2,212 milhões); passeio +8,5% (8,836 para 9,586 milhões); duas rodas -,1,5% (4,022 para 3,961 milhões); agrícola – 10,9 (235 para 209 mil); OTR -16,6% (29 para 24 mil); industrial +16,1% (514 para 597 mil).

ANIP e Reciclanip, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos(ANIP), fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende onze empresas (Michelin, Brigdestone, Pirelli, Goodyear, Continental, Maggion, Levorin, Dunlop, Rinaldi, Titan e Tortuga) com 20 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo (nove), Rio de Janeiro (duas), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (três) e Amazonas (uma). Ao todo, responde por 27 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma rede com mais de 5 mil pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. [www.anip.org.br].

Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip [www.reciclanip.org.br], voltada à coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de 1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunir 834 pontos de coleta no Brasil. Desde 1999, quando começou a coleta pelos fabricantes, 3,0 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o equivalente a 600 milhões de pneus de passeio. O trabalho de logística reversa da Reciclanip já recebeu vários reconhecimentos, como o Prêmio E, concedido pela Unesco em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Instituto E, o Prêmio FIESP como exemplo de ação de sustentabilidade, e o Prêmio Opinião Pública (POP) dos Conselhos de Relações Publicas pelo trabalho de conscientização da população sobre o recolhimento e destinação adequada dos pneus inservíveis.

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