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29/04/2015 - 08:25

Carlos Langoni fala sobre o cenário econômico brasileiro em palestra no Ibmec/RJ


Para o ex-presidente do Banco Central: “uma nova onda de concessões deve ser anunciada em breve para portos, rodovias, aeroportos e energia. A crise está obrigando o Brasil a adotar posturas mais realistas”. Para que haja um horizonte de melhores perspectivas, ele falou sobre a necessidade de reduzir a tributação para a poupança e religar o motor do investimento além de focar no aumento da produtividade.

Em 1985, o Ibmec assumiu a missão de formar líderes para o mercado ao formar o MBA Finanças, primeiro curso desse segmento a ser oferecido no país. Para celebrar os 30 anos dessa história de sucesso, que representa um marco na trajetória da educação executiva brasileira, convidou o economista Carlos Geraldo Langoni, ex-presidente do Banco Central, para ministrar a palestra Perspectivas e Desafios da Economia Brasileira. O evento aconteceu na noite de 27 de abril (segunda-feira_), no Ibmec Centro, no Rio de Janeiro.

Carlos Langoni é Ph.D. em Economia e ocupou posições de destaque em sua trajetória, como a presidência do Banco Central. Atualmente é Diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getulio Vargas e presidente da Projeta, consultoria de estratégia e análise macroeconômica para grandes empresas atuantes no mercado brasileiro, tais como: Pricewaterhouse, Visa, Bradesco, Coca-Cola, Shell, Oi Telecom e Organizações Globo.

A abertura do evento foi feita pelo Diretor das Faculdades Integradas Ibmec RJ, professor Doutor José Luiz Trinta e pela Coordenadora Geral dos Programas Executivos do Ibmec/RJ, Renata Nogueira. Além da inauguração da placa comemorativa dos 30 anos do MBA Finanças, houve homenagens aos funcionários mais antigos da instituição: o professor Roberto Montezano, que deu aula para a primeira turma de MBA e os funcionários Geovah Pereira Martins e Geneci de Jesus Paes, que são colaboradores há mais de 30 anos.

Langoni abriu a palestra falando sobre o privilégio de estudar numa das mais renomadas instituições de ensino. Segundo ele, “vocês nunca vão encontrar uma taxa de retorno tão alta quando o investimento em educação. Vocês são privilegiados em estudar no Ibmec”.

O economista revelou uma curiosidade: na época em que assumiu a presidência do Banco Central, era ele quem nomeava o cargo de presidente do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC). Mas ele não concordava com essa decisão e deixou que a instituição seguisse voo próprio, sem depender da nomeação de outro órgão. Como ele diz, “sou testemunha deste nascimento. O Ibmec se transformou nessa instituição de ensino que dá tanto orgulho a alunos e professores”.

Ele falou sobre a desaceleração da economia chinesa, a importância da economia americana para o mundo e a estagnação no Brasil. Segundo ele, “mergulhamos numa situação de estaginflação. O desafio é a retomada do crescimento o que exige guinada nas políticas macroeconômicas”. Hoje a política econômica brasileira tem viés conservador e austero. “Estamos vivendo um tratamento de choque (nas tarifas) com o Levy”, disse ele, justificando que não há outra alternativa devido a ameaça do desequilíbrio das contas públicas.

O fato da economia brasileira ser uma das mais fechadas no mundo limita o crescimento. Pesa também no curto prazo o aumento da componente de incerteza política na percepção de risco Brasil.

A economia europeia também foi citada na apresentação. Para Langoni, “a Europa vive um drama, porque não consegue se desvencilhar do paternalismo estatal. A Europa não se reinventou, com exceção da Suíça, Inglaterra e Alemanha”.

Para o futuro, Carlos Langoni vislumbra “uma nova onda de concessões deve ser anunciada em breve para portos, rodovias, aeroportos e energia. A crise está obrigando o Brasil a adotar posturas mais realistas”. Para que haja um horizonte de melhores perspectivas, ele falou sobre a necessidade de reduzir a tributação para a poupança e religar o motor do investimento além de focar no aumento da produtividade.

Na segunda etapa do evento, Langoni fez um debate ao lado dos professores de Economia do Ibmec/RJ, Gilberto Braga e Daniel Souza. Na ocasião, os convidados também puderam participar fazendo perguntas sobre o tema central da palestra.

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