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A Lei Geral e o comportamento dos micro empresários brasileiros

A aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa pela Câmara dos Deputados em novembro, com a palavra final do presidente Lula, depois de tramitar por três anos e sofrer diversas negociações entre os partidos, nem todas memoráveis, é sem sombra de dúvida o maior estímulo à iniciativa privada nunca antes visto no Brasil.

Com a Lei Geral, o ambiente de negócios nacional, que até o momento intimidava a iniciativa privada e o empreendedorismo, ganha em qualidade e força. Incentiva as movimentações financeiras e estimula as negociações e o espírito empreendedor.

Quando perguntado sobre o assunto, Paulo Skaf, presidente da Fiesp e que estrela o comercial do Sebrae sobre o tema, afirmou que a Lei Geral é um estímulo à criação de mais empregos e renda no país. Isso é fato, tanto que os Estados Unidos, só para citar um exemplo conhecido, conseguiram gerar mais de 30 milhões de empregos durante a década de 90 e fizeram nascer gigantes como a Microsoft, Amazon, Apple.

Conhecendo seus empreendedores, Bill Gates, Jeff Baezos e Steve Jobs era, no mínimo, muito difícil olhar para eles e acreditar que desse grupo poderia sair bons negócios. No Brasil, poucos acreditariam neles. E por muito menos seus espíritos geniais seriam frustrados se sonhassem em atuar em nosso país.

De fato, menos impostos, menos burocracia para abrir e fechar uma empresa, – afinal, o verdadeiro espírito empreendedor é desvairado o suficiente para começar e recomeçar quantas vezes forem necessárias – apoio financeiro para aqueles que têm uma idéia na cabeça, liderança e iniciativa, ainda que faltem recursos para implementá-la, enfim, ajudam.

No pacote de medidas previstas está ainda a possibilidade de redução e simplificação do pagamento dos tributos federais, estaduais e municipais, bem como a declaração de renda; eliminação das exigências trabalhistas; alteração de contrato social e fechamento de empresas via internet; oferta de no mínimo 20% dos recursos destinados à inovação por órgãos governamentais; além da preferência, no caso de algumas licitações, para a micro e pequena empresa. Em conjunto, tais medidas oxigenam o cenário empreendedor.

Após a aprovação da Lei e vigor, já em 2007, a Receita Federal prevê menos R$ 5 bilhões nos cofres, em contrapartida, o país, pela primeira vez em toda a sua história, tem a chance de formalizar cerca de 10% dos mais de 10 milhões de negócios informais. Sem contar o incentivo às micro empresas que representam, segundo o Sebrae, mais de 93% das corporações do país e menos de 20% do PIB, mas que geram cerca de 10 milhões de empregos segundo os últimos dados da entidade.

Mesmo com a mudança favorável ao ambiente negociador nacional, percebo que as pessoas que querem empreender e fazer com que seu pequeno negócio faça parte das estatísticas que regem a atuação da micro e pequena empresa e siga adiante, avançando patamares, precisam de um algo mais. Ao longo de um trabalho com o acúmulo de mais de 17 mil horas de manejo comportamental, empreendedorismo e negócios - tempo que permite identificar as predisposições em cada indivíduo na orientação para o resultado, afirmo que o algo mais é a aplicação de um novo “modelo mental”, com o objetivo de diagnosticar, analisar, interferir e direcionar soluções aliadas a padrões comportamentais que conduzem ao resultado.

Tal modelo que proponho se apóia nos conhecimentos da psicologia, em estudos científicos na área de negócios e em processos de excelência administrativa, conclusão de um trabalho intenso que fiz para a ONU e para o Sebrae e que hoje aplico durante os Grupos Dirigidos (GD) de Psicodinâmica em negócios, onde trabalho com empresários que buscam potencializar resultados.

Na verdade, apenas o conjunto dessas medidas, ou seja, o ambiente de implantação da Lei Geral e a adoção de “postura empreendedora”, com a qual a pessoa de negócios passa a planejar no papel as futuras metas de sua empresa que deverão se transformar em práticas, inicia-se uma fase de crescimento efetiva aos negócios e às micro e pequenas empresas.

Por: Luiz Fernando Garcia – Consultor Especialista em manejo comportamental, empreendedorismo e negócios. Presidente da Render Capacitação, empresa especializada no desenvolvimento e aplicação de metodologias comportamentais para empreendedores. É metodologista, empresário e palestrante. Desenvolveu mais de 50 metodologias de foco comportamental, acumulando cerca de 17 mil horas de aplicação nessa modalidade. Uma delas destinada à formação e capacitação de empresários e profissionais que trabalham com negócios, conhecida como GD – Grupo Dirigido de Psicodinâmica em Negócios.

É um dos quatro consultores certificados pelo ONU (Organização das Nações Unidas) para coordenar os seminários e capacitar os coordenadores, facilitadores e trainees do Empretec/Sebrae. Coordenou a equipe responsável pelo desenvolvimento do T.O.T (Training of Trainers) da metodologia Empretec no Brasil, América Latina e África (ano 2002 / 2003).

É pioneiro no Brasil, na abordagem de Orientação para Resultados e equipes e empresas e pelo desenvolvimento da metodologia de Manejo Comportamental como no Projeto APL – Arranjos Produtivos Locais para a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Autor dos livros “Pessoas de resultado” e “Gente que faz”, da Editora Gente.

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