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01/05/2015 - 09:18

Vale: prejuízo de 9,538 bilhões no 1T15 não tira o foco da mineradora


Endividamento estável baseado em menores custos e disciplina na gestão de capital e portfólio é o lema que segue em 2015 para a mineradora, que se diz preparada a operar de acordo com a lógica de mercado.

A mineradora Vale alcançou produção de minério de ferro 74,5 Mt no primeiro trimestre de 2015, o maior volume para um primeiro trimestre na história da empresa. A produção em Carajás alcançou 27,5 Mt, um novo recorde para um primeiro trimestre. A produção de níquel alcançou 69.200 t no 1T15, o melhor desempenho para um primeiro trimestre, enquanto as produções de cobre e ouro alcançaram 107.200 t e 103.000 oz., respectivamente, marcando novos recordes históricos de produção para a Vale, informou a empresa no dia 30 de abril(quinta-feira).

A receita bruta da companhia alcançou US$ 6,358 bilhões no primeiro trimestre de 2015, o que significou uma redução de US$ 2,868 bilhões em comparação com o quarto trimestre de 2014. A redução sazonal nos volumes de venda e menores preços de commodities causaram uma diminuição na receita em US$ 1,307 bilhão e US$ 1,561 bilhão, respectivamente. A receita foi impactada negativamente por um ajuste de US$ 160 milhões relacionados com os preços provisórios de minério de ferro no 4T14 e pela precificação provisória de 45% das vendas de minério de ferro no 1T15 a US$ 51,4/t, contra uma média do IODEX de US$ 62,4/t no período.

Custos e despesas, líquidos de depreciação, diminuíram US$ 2,195 bilhões no primeiro trimestre de 2015 em comparação com o 4T14 e US$ 561 milhões no primeiro trimestre de 2015 em comparação com o 1T14. Os custos[2] foram reduzidos em US$ 1,513 bilhão e US$ 392 milhões quando comparados com o 4T14 e 1T14, respectivamente. SG&A2 diminuiu em US$ 73 milhões (30,7%), P&D diminuiu em US$ 26 milhões (17,9%) e despesas pré-operacionais e de parada2 diminuíram em US$ 38 milhões (18,3%) no 1T15 em relação ao 1T14. O custo caixa FOB de minério de ferro alcançou US$ 19,8/t (US$ 18,3/t ex-royalties) como resultado de iniciativas de redução de custo.

O Ebitda ajustado foi de US$ 1,602 bilhão, ficando 26,7% abaixo do quarto trimestre de 2014, principalmente como resultado de menores preços e redução sazonal de volumes de venda que tiveram um impacto negativo no Ebitda de US$ 1,524 bilhão e US$ 480 milhões, respectivamente. O Ebitda foi impactado positivamente em US$ 230 milhões pela transação de goldstream, mas impactado negativamente por: (a) US$ 160 milhões de ajustes de preço resultantes de preços provisórios de minério de ferro registrados no 4T14; (b) US$ 288 milhões de menor receita como resultado de 45% das vendas de minério de ferro no 1T15, efetuadas ao preço provisório de US$ 51,4/t comparado a uma média do IODEX de US$ 62,4/t no trimestre; (c) US$ 84 milhões devido às transações liquidadas de hedge de bunker oil contabilizadas como hedge account que impactaram diretamente o custo de frete.

Os investimentos alcançaram US$ 2,210 bilhões no primeiro trimestre de 2015, representando uma diminuição de US$ 377 milhões quando comparados ao 1T14. Os investimentos da Vale em execução de projetos totalizaram US$ 1,516 bilhão, representando uma diminuição de US$ 318 milhões no 1T15 contra 1T14 enquanto os desembolsos para investimentos correntes totalizaram US$ 694 milhões, representando uma diminuição de US$ 59 milhões no 1T15 em comparação com o 1T14. Investimentos mensurados em regime de competência alcançaram US$ 1,910 bilhão [US$ 300 milhões abaixo], indicando a tendência de melhora no capex para os próximos trimestres.

Desinvestimentos e parcerias representaram US$ 1,017 bilhão em recebimentos de caixa no 1T15, com US$ 900 milhões recebidos como resultado da venda de 25% adicionais do fluxo de ouro produzido em Salobo como sub-produto de cobre durante sua vida útil de mina e US$ 97 milhões recebidos como resultado da venda de 49% de nossa participação na usina hidroelétrica de Belo Monte.

A empresa dise que o prejuízo líquido foi de US$ 3,118 bilhões no primeiro trimestre de 2015, foi principalmente devido ao impacto não caixa causado pela depreciação de 20,8%, trimestre a trimestre, do real brasileiro (BRL) contra o dólar americano (USD), passando de 2,66 para 3,21 BRL/USD. Essa depreciação no trimestre causou uma perda de US$ 3,019 bilhões na diferença dos US$ 21,474 bilhões de dívida denominada em USD e os ativos denominados em USD e uma perda de US$ 1,263 bilhão nos US$ 7,600 bilhões de dívida e obrigações futuras de juros convertidos para USD através de derivativos de forward de swap. Por outro lado, a média da depreciação do BRL de 2,54 para 2,87 BRL/USD, que impactou positivamente o fluxo de caixa, foi de apenas 12,8%.

A dívida bruta diminuiu em US$ 320 milhões da posição de dívida em 31 de dezembro de 2014, alcançando US$ 28,487 bilhões em 31 de março de 2015, apoiada pelos desinvestimentos de US$ 1,017 bilhão. A dívida líquida alcançou US$ 24,802 bilhões com posição de caixa de US$ 3,685 bilhões antes da distribuição de US$ 1 bilhão em dividendos agendados para pagamento em 30 de abril de 2015. A média do prazo da dívida foi de 8,7 anos com um custo médio de 4,46% por ano.

O Ebitda de minerais ferrosos foi impactado por menores preços de commodities e ajustes de preço, mas o custo caixa e custo de frete foram significativamente reduzidos.

O Ebitda ajustado de ferrosos alcançou US$ 1,027 bilhão no 1T15, representando uma diminuição de US$ 675 milhões do total de US$ 1,702 bilhão registrado no 4T14, principalmente como resultado de uma redução de US$ 1,071 bilhão nos preços de venda.

O preço realizado de finos de minério de ferro (ex-ROM) diminuiu de US$ 61,6/t no 4T14 para US$ 46,0/t no 1T15, impactado negativamente por um ajuste de US$ 2,8/t nos preços provisionados ao final do 4T14 (US$ 160 milhões deduzidos das receitas) e por um impacto de US$ 4,9/t nos preços devido à diferença entre o preço médio do Platt's IODEX 62% CFR China de US$ 62,4/t no 1T15 e os US$ 51,4/t provisionados para 45% de nossas vendas ao final do 1T15 (US$ 288 milhões a menos nas receitas).

O custo caixa para finos de minério de ferro diminuiu para US$ 19,8 /t (US$ 18,3/t ex-royalties) contra US$ 23,2 /t no 4T14, principalmente como resultado da depreciação média do real de 12,8%, trimestre a trimestre, de 2,54 para 2,87 BRL/USD, e iniciativas de redução de custos.

O custo de frete unitário para o minério de ferro foi de US$ 17,2/t, no 1T15 comparado a US$ 21,7/t no trimestre anterior, principalmente como resultado do impacto positivo de menor preço de bunker oil em nossos contratos de afretamento de médio e longo prazo e menores custos de frete no mercado spot.

Despesas de finos de minério de ferro incluindo SG&A, P&D e despesas pré-operacionais e de parada diminuíram em US$ 5,2/t de US$ 9,2/t no 4T14 para US$ 4,0/t no 1T15.

Custos e despesas totais de finos de minério de ferro, incluindo custos de frete, diminuíram em US$ 13,1/t no 1T15 em comparação com o 4T14. Após ajustar pelos efeitos de menores volumes (-US$ 577 milhões) e variação cambial (-US$ 242 milhões) custos e despesas totais de finos de minério de ferro diminuíram em US$ 349 milhões (US$ 6,1/t) em 1T15 em comparação com 4T14.

Investimentos correntes foram reduzidos em US$ 4,5/t no primeiro trimestre de 2015 em comparação como quarto trimestre de 2014.

Já os desinvestimentos e parcerias representaram US$ 1,017 bilhão em recebimentos de caixa no primeiro trimestre. Deste total, US$900 milhões foram resultado da venda de 25% adicionais do fluxo de ouro produzido em Salobo (PA) como subproduto de cobre.

O Ebitda de metais básicos foi impactado por menores preços, porém os custos e despesas foram ainda mais reduzidos

O Ebitda ajustado alcançou US$ 678 milhões no 1T15, representando um aumento de US$ 96 milhões dos US$ 582 milhões no 4T14, impactado positivamente pela transação de goldstream (US$ 230 milhões) e por menores custos (US$ 134 milhões), porém parcialmente compensado pelo efeito de menores preços (US$ 242 milhões).

A receita de vendas alcançou US$ 1,710 bilhão, ficando US$ 238 milhões abaixo do 4T14 devido aos menores preços de venda.

Os custos [12] diminuíram em US$ 134 milhões e as despesas [em US$ 91 milhões no 1T15, representando uma redução de custos e despesas de US$ 225 milhões em relação ao 4T14.

O Ebitda de Salobo alcançou o recorde de US$ 100 milhões em um trimestre, a despeito do volume de produção abaixo do planejado para o 1T15.

O Ebitda de carvão e o de fertilizantes foram impactados positivamente pela redução de despesas, apesar de menores preços e volumes

O Ebitda ajustado de carvão foi de US$ 128 milhões negativos no 1T15 contra um resultado negativo de US$ 204 milhões no 4T14, a despeito de menores preços de carvão e menores volumes, principalmente como resultado de reduções de despesas adicionais.

Moatize II alcançou 86% de avanço físico no 1T15, com investimentos de US$ 117 milhões no trimestre.

O Corredor Nacala alcançou 99% de avanço físico em suas seções greenfield, enquanto o Porto de Nacala alcançou 97%.

. O Ebitda ajustado do segmento de fertilizantes aumentou para US$ 90 milhões no 1T15 em comparação com os US$ 75 milhões no 4T14, a despeito de menores preços (US$ 16 milhões) e menores volumes (US$ 20 milhões), principalmente como resultado de menores despesas (US$ 32 milhões).

Previsão para 2015—“ O ano será para estabelecer a base de uma empresa ainda mais competitiva e lucrativa à medida que intensificamos e consolidamos nossos esforços de corte de custos, entregamos melhorias de produtividade, aumentamos nosso volume de produção e aumentamos a qualidade de nossos produtos com a finalização de diversos projetos e do início de operação da mina N4WS. Enquanto isso, permanecemos confiantes que estaremos aptos a manter níveis estáveis de endividamento absoluto conforme executamos com sucesso nosso programa de desinvestimentos e aumentamos a disciplina na aplicação de capital”, concluiu a Vale.

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