BNDES patrocina 19ª edição do Cine PE e 8ª edição do Cine Fest Brasil – Canudos

Além das mostras competitivas de longas e curtas, eventos incluem oficinas que serão ministradas para jovens das comunidades.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) patrocina em maio dois festivais de cinema na região Nordeste: o Cine PE Festival do Audiovisual 2015, que começa neste sábado, 2, e prossegue até o dia 8 de maiol (sexta-feira), no Recife, e o Cine Fest Brasil – Canudos 2015, com início no dia 4 de maio (segunda-feira), e encerramento no dia 24 de maio, em Canudos (BA).

Apoiado pelo BNDES desde 2008, o Cine PE exibe filmes inéditos, nacionais e internacionais, divididos em quatro mostras: curtas pernambucanos, curtas nacionais, longas documentários e longas de ficção. O festival contou com 720 inscrições, sendo selecionados 27 filmes, dos quais 12 são produções pernambucanas.

O Exótico Hotel Marigold 2 (2015), do diretor inglês Jonh Madden, será exibido na abertura do evento, que retorna ao palco de sua primeira edição (1997), o Cinema São Luiz, às margens do Rio Capibaribe. Os vencedores das quatro categorias receberão na quinta-feira, 7, o troféu Calunga.

Nesta 19ª edição, os homenageados serão a atriz de cinema e teatro Helena Ignez, a obra do dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta Ariano Suassuna (in memorian), o ex-governador Eduardo Campos (in memorian) e o músico Alceu Valença, diretor do longa-metragem A Luneta do Tempo (2014), que exibirá o filme pela primeira vez no Estado, encerrando a programação.

Parelamente às mostras competitivas, a Mostra Infantil de Cinema Brasileiro exibirá filmes infanto-juvenis para alunos de escolas municipais e estaduais. A partir do fim do mês, cerca de 100 estudantes participarão de oficinas de stop motion. Em julho, as comunidades do entorno do Complexo de Suape receberão a mostra itinerante.

Canudos – O Cine Fest Brasil – Canudos busca promover o acesso à cultura e a inclusão social da população de Canudos, no sertão baiano. O festival, que chega à 8ª edição, compreende a realização de oficinas de audiovisual para jovens de 14 a 25 anos e uma mostra competitiva de filmes em praça pública.

De 4 a 15 de maio, os profissionais Paula Dager, Bruno Veiga, Nina Monteiro e Zé Alex ministrarão aos estudantes de escolas públicas do município oficinas temáticas de arte/efeitos especiais, câmera/fotografia, figurino e interpretação, respectivamente. Na sequência, sob direção da coordenadora do festival, Flávia Guimarães, os alunos produzirão o curta O Jornal, que será exibido no último dia da mostra, quando eles receberão seus diplomas.

De 20 a 24 de maio, a praça central da cidade será palco da projeção de recentes produções do cinema nacional, precedidas de shows de artistas regionais, para um público estimado em 10 mil pessoas. Os vencedores escolhidos pelo júri popular receberão, no último dia, o prêmio Lente de Barro.

Serão exibidos os longas O Menino e o Mundo (Alê Abreu), Loucas para Casar (Roberto Santucci), Trinta (Paulo Machline), Democracia em Preto e Branco(Pedro Asbeg) e O Duelo (Marcos Jorge), e os curtas Diário de Novas Lembranças (João Pedro Oct), Guida (Rosana Urbes), Malha (Paulo Roberto) e Nora (Gabriel Mendes–Fernando Muñoz).

Apoio ao setor – Além do patrocínio a festivais de cinema em todo o País, o BNDES apoia o setor audiovisual com instrumentos reembolsáveis e não reembolsáveis, de renda fixa e variável, que contemplam toda a cadeia produtiva, desde a produção de filmes até planos de negócios de produtoras, construção e digitalização de salas de cinema.

O instrumento de apoio mais antigo é o Edital de Cinema, que desde 1995 já apoiou a produção ou finalização de 415 filmes nacionais, com um total de R$ 189 milhões, em recursos não reembolsáveis. Já o Programa BNDES para Desenvolvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult) e o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) — do qual o BNDES é um dos agentes financeiros — investiram, juntos, R$ 470 milhões no setor desde 2007.

O BNDES também já investiu R$ 39 milhões nos Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional, os Funcines. Regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tais fundos de participação foram criados para atrair novos investidores à cadeia produtiva, de modo a capitalizar as empresas e melhorar sua profissionalização e governança.