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01/05/2015 - 10:16

O uso dos ambientes virtuais de comunicação como estratégia competitiva

Quando miramos a sociedade contemporânea, apoiados nas tecnologias de comunicação e informação, percebemos um momento único, em que elas já não se caracterizam absolutamente como novidades, embora ainda sejamos surpreendidos com algumas inovações que se apresentam para finalidades diversas. Superamos a fase da experimentação e vivemos das escolhas feitas nesse processo. Por isso, e cada vez mais, sobrevivem em nossas opções os dispositivos que oferecem mobilidade, acesso amplo e rápido e, principalmente, conteúdo relevante e adequado para nossos objetivos.

Nesse cenário, saber decidir pela correta fonte de informação, pelos aplicativos, ambientes ou dispositivos que se apresentam adequadamente, é fundamental. Foi assim quando deixamos de lado o Orkut pelo Facebook, ou quando passamos a consumir mais smartphones do que computadores de mesa.

Esse momento de maturidade da sociedade ainda se encontra em construção, mas já faz sentido pensarmos nas tecnologias como vetores para rentabilizar negócios, otimizar o tempo e valorizar o conteúdo que realmente interessa. Nesse sentido, os ambientes virtuais interativos ganham destaque.

Definidos como ambientes que exploram a integração de dispositivos com certo grau de inteligência, e os efetivos meios de suas representações gráficas com diferentes formas de interação, as tecnologias tendem a prover maior dinamicidade, realismo e usabilidade nas experiências cotidianas. A relevância do tema emerge nos estudos de realidade aumentada, realidade virtual, vida artificial, animação comportamental, tecnologias vestíveis e web semântica, para citar algumas.

Uma vez que esses ambientes de realidades alternativas buscam simular ou não o mundo real, compreendê-los como ambientes de comunicação, sociabilidade, entretenimento e negócios, amplia, reforça e justifica sua inserção nos estudos sobre mídias digitais.

Alguns exemplos ilustram o emprego de ambientes virtuais interativos nas práticas sociais da contemporaneidade como: simulação de espaços urbanos virtuais já são utilizados em projetos arquitetônicos e no controle de tráfego de pessoas ou automóveis; na simulação de humanos em situações de emergência - esse emprego vem sendo largamente difundido na medicina; na criação de produtos de entretenimento - destacam-se os jogos digitais; nas experiências proporcionadas a usuários de comércio eletrônico; em visitas a museus virtuais – ampliam-se as opções de aprendizado em sala de aula; em ambientes de aprendizagem para educação a distância; etc.

Dentre as variadas aplicações e usos, centralizemos nosso olhar na construção de vínculos entre empresas (marcas) e seus consumidores. A ampliação do relacionamento e atendimento exemplifica o que tratamos aqui: SAC 2.0, chats virtuais, utilização de redes sociais, whatsapp e atendimento online são algumas das iniciativas empregadas nesse sentido.

Outras iniciativas são observadas na utilização de estratégias que empregam games na comunicação entre as marcas e seus consumidores. Na impossibilidade de desenvolver um jogo para a marca ou investir em publicidade inserida nas narrativas de games, as empresas utilizam conceitos, características e dinâmicas dos jogos em suas estratégias de comunicação. Denominadas como estratégias de gamificação, podem ser compreendidas como um conjunto de ações de marketing (vendas e branding) utilizadas para reter e engajar clientes atuais, resgatar o relacionamento com antigos clientes e/ou ainda conquistar novos clientes.

Desta forma, notamos cada vez mais a presença das mídias digitais, do emprego de ambientes virtuais de interação e de estratégias de gamificação no planejamento de marketing, comunicação e branding das empresas. Essa evidência reforça a necessidade de capacitação de especialistas com visão crítica para o correto aconselhamento quanto ao uso das tecnologias de comunicação e informação como diferencial competitivo nas empresas contemporâneas.

A nossa vida vai sendo tecida nesse universo em que as tecnologias fazem parte do nosso dia a dia. Negá-las ou deixá-las fora do foco pode ser um erro estratégico de difícil ajuste.

. Por: Marcelo Victor Teixeira, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo e professor do MBA Comunicação Empresarial e Mídias Digitais do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG).

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