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06/05/2015 - 06:46

Transplante de medula: médicos orientam sobre doação personalizada

Campanhas de mobilização para localização de doadores de medula óssea são frequentes. Quando celebridades, políticos e pessoas influentes se sensibilizam com um caso e passam a pedir doações na mídia e em redes sociais, um grande número de pessoas lotam os hemocentros para serem voluntários. Mas o ideal seria que as pessoas se cadastrassem para qualquer paciente, não apenas a partir de uma campanha personalizada.

Para Luis Bouzas, diretor- geral do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome), deve haver uma conscientização por parte da sociedade que muitas pessoas precisam de medula de óssea e que só o fato de se cadastrarem nos hemocentros não significa que a doação foi efetivada. “Uma vez cadastrada, essa pessoa tem que manter o cadastro atualizado, pois no momento que um paciente for compatível, o hemocentro poderá contatá-lo e, a partir desse momento, começa a doação efetiva”, explica o médico.

Além disso, é preciso diversificar a genética nos registros. Doações para pacientes raros devem ser feitas de forma organizada e criteriosa. Se o paciente é descendente de orientais, a captação deve ser feita em locais onde residem pessoas com ascendência oriental. Se o paciente é descendente de alemães o ideal é que se faça no sul do país ou diretamente no Registro Alemão e assim por diante. O Redome já é o terceiro maior Registro do mundo com 3 600 000 doadores e cadastra anualmente cerca de 400 000 novos doadores com recursos para custeio dos testes genéticos totalmente público (SUS).

Desta forma, se consegue mais efetividade nos resultados e uso racional dos recursos públicos beneficiando “todos os pacientes de uma forma geral”. Os doadores de campanha massificada, prosseguiu, vão aos bancos de sangue uma vez só e não são fidelizados. A fidelização é um dos objetivos do Redome, cujo cadastro já atende 90% dos pacientes que buscam um doador na fase preliminar.

Esta opinião é compartilhada pelo presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Dimas Covas. Ele apoia os alertas dados pelo diretor do Redome e destaca a importância da mobilização dos doadores de forma organizada em busca da maior efetividade dos resultados em benefício dos pacientes.

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