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07/05/2015 - 08:15

Ator preso por engano faz campanha em defesa da igualdade

Vinícius Romão, que passou 16 dias atrás das grades, participa de divulgação realizada pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos.

São Paulo— Vítima de um erro que o levou à prisão, o ator Vinícius Romão participa da nova etapa da campanha "Diga Sim aos direitos humanos no Brasil", do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Junto com as atrizes Letícia Sabatella e Jéssica Ellen, ele gravou um vídeo em que fala sobre a importância da igualdade.

No vídeo, os atores afirmam que as pessoas são diferentes umas das outras e que não podem ser discriminadas por causa de suas características individuais. "Em algum momento, a vítima pode ser você", diz Vinícius.

Em fevereiro de 2014, o ator foi preso por engano no Rio de Janeiro, acusado injustamente de roubar e agredir uma mulher. Passou 16 dias numa casa de detenção em São Gonçalo, na região metropolitana do estado.

Vinícius foi confundido durante o reconhecimento, mas depois a própria vítima admitiu o engano e ele foi absolvido pela Justiça. "Tem muitos Vinícius lá dentro", afirmou o ator ao deixar a detenção, mais magro e com os cabelos raspados.

A prisão dele provocou manifestações de protestos e chamou a atenção para a discriminação sofrida diariamente por negros no Brasil. Amigos e conhecidos substituíram suas fotos nas redes sociais pela de Vinícius para protestar.

O ator participou da novela "Lado a Lado", da TV Globo, é formado em psicologia e trabalhava como vendedor na época da prisão.

A campanha do Fundo Brasil tem o objetivo de engajar pessoas na defesa de causas sociais. Vídeos divulgados na internet abordam temas como direitos da criança, violência contra a mulher, tráfico de pessoas e enfrentamento ao trabalho escravo. Por meio de editais lançados anualmente, o Fundo Brasil apoia vários projetos de combate à discriminação e defesa da igualdade de direitos independentemente da aparência, cor, raça, sexo, modo de viver, de pensar ou de trabalhar.

Um deles é o desenvolvido pelo Centro Cultural Coco de Umbigada, de Pernambuco. Por meio da criação de um game e de oficinas em centros culturais e escolas públicas, o projeto transmite a beleza das histórias africadas como forma de combater o preconceito, o racismo e a intolerância religiosa.

"Entendemos a importância da apropriação das tecnologias, tendo a matriz africana sempre presente", explica Mãe Beth de Oxum, uma das responsáveis pelo projeto. "A luta é cotidiana. Para quem está na ponta desse país, a luta é antiga", completa.

Outro exemplo de enfrentamento à discriminação é o do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis do Piauí, que busca a garantia dos direitos de travestis e transexuais no que diz respeito à identidade de gênero.

"Temos como lema a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Que os diferentes não sejam vistos como algo inferior", defende Maria Laura dos Reis, do Grupo Piauiense.

Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 8 milhões a quase 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. Trabalha para dar visibilidade a organizações locais de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações e promover o investimento social privado.

Para assistir ao vídeo da campanha "Diga Sim aos direitos humanos no Brasil"[ http://digasim.org.br/promessa#.VuqQupMYGyf].

Fundo Brasil —Em quase dez anos de atuação, o Fundo Brasil já destinou R$ 8 milhões a quase 300 projetos espalhados por todas as regiões brasileiras. A fundação atua para dar visibilidade a organizações locais de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações e promover o investimento social privado.

Fundado sob a orientação de ativistas e acadêmicos respeitados, o Fundo Brasil de Direitos humanos começou suas atividades em 2006. É uma fundação privada, sem fins lucrativos, com a proposta inovadora de construir mecanismos sustentáveis para canalizar recursos destinados aos defensores de direitos humanos

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