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14/05/2015 - 08:36

Galeria Choque Cultural apresenta quarta exposição individual do artista JACA


Mostra abre em 23 de maio e exibe obras inéditas em acrílico sobre tela e desenhos escolhidos do acervo histórico do artista.

São Paulo—A galeria Choque Cultural abre no dia 23 de maio (sábado), das 12h às 19hh, a quarta exposição individual do artista Paulo Carvalho Jr., mais conhecido como JACA. A exposição, com curadoria de Baixo Ribeiro, apresenta cerca de dez trabalhos, entre eles, telas de três metros de largura - um formato que surgiu na obra do artista em 2011 e vem sendo utilizado em suas últimas exposições - desenhos escolhidos de seu acervo histórico, e outras experimentações que retratam diversas cenas do cotidiano, além de personagens fantásticos, às vezes cômicos, ou por vezes trágicos, que revelam o imaginário do artista. A exposição fica até 11 de julho, com entrada gratuita.

“Desde sua primeira exposição na Choque Cultural, em 2007, JACA tem se dedicado com maior intensidade à pintura sobre tela, criando um denso corpo de trabalho nesse suporte. Curiosamente, as dimensões das telas não alteram o tamanho das figuras que o artista retrata e, quanto maior a tela, mais figuras surgem em cena, criando densidades ‘demográficas’ crescentes, tornando as pinturas cada vez mais elaboradas, complexas e intricadas”, fala Baixo Ribeiro.

“Minhas raízes vêm da ilustração, mas hoje estou em uma fase nova e de experimentação. Os trabalhos em tela e com acrílica são desafios de inovação e extensão da minha obra”, conta o artista.

A figuração é uma característica onipresente na obra do artista, povoada por personagens, cenários e situações imaginárias que formam um universo de atmosfera ambígua, algo entre o infantil e o adulto, entre o ingênuo e o perverso ou entre o retrô e o futurista. Às vezes, as figuras são muito bem-acabadas e sombreadas, enquanto outras vezes elas surgem apenas esboçadas em pinceladas rápidas. Assim, também, JACA desconstrói permanentemente a noção de perspectiva dos cenários, ora com o plano de fundo vindo para a frente, ora o primeiro plano sumindo rumo ao fundo da tela.

“O trabalho de JACA dialoga com o pós-moderno Superflat de Takashi Murakami - artista fortemente influenciado pelos mangás e animês e toda a cultura pop japonesa - , com o movimento Pop-surrealista contemporâneo de artistas como Mark Ryden, Camille Rose Garcia, Clayton Brothers e do brasileiro Rafael Silveira, e também com a Lowbrow, compreendido como um gênero de arte não convencional e não acadêmica, que engloba os imaginários do graffiti, tattoo, quadrinhos e outras manifestações do universo pop”, diz o curador.

No estúdio que o artista divide com sua esposa Thais Rivoire encontra-se uma coleção impressionante de enciclopédias antigas, cartilhas de “beabá”, gibis de variadas procedências, clichês de metal com designs de publicidade do passado, embalagens de artigos populares e brinquedos de plástico. A casa-estúdio é rodeada por uma profusão de imagens tipográficas, litográficas, impressas em off-sets antigos e fora de registro, roto-flexografias, letterpress entre muitos outros tipos de impressão.

JACA é um artista multimidiático que transita entre as linguagens do desenho, pintura, design gráfico, caligrafia, colagem, além de ter realizado importantes experiências com animações digitais e HQ’s. Ele cultiva profundo apreço por publicações artísticas artesanais e realiza constante experimentação nesse campo, produzindo edições autorais em diversos formatos, inclusive fanzines. Seu trabalho reflete a profunda pesquisa que realiza já há muitos anos sobre a produção gráfica vernacular.

O artista —Paulo Carvalho Jr., o JACA, nasceu em Porto Alegre, em 1957 e atualmente, mora e trabalha em São Paulo. Com uma longa carreira ligada à ilustração e aos quadrinhos, o artista contribuiu com muitos periódicos, como as publicações Prego, Tarja Preta, Animal, Xula, Dumdum, O Estado de S. Paulo entre outras. Em 2007 faz sua primeira individual na Choque Cultural, seguida de outras duas exposições individuais na galeria, em 2011 e 2013. Participou da mostra Transfer no Santander Cultural em 2010 e exposições em colaboração com o artista Fábio Zimbres em 2011 no Museu do Trabalho em Porto Alegre, e em 2012 no Centro de Cultura Sobrado São Lourenço em Fortaleza.

Galeria Choque Cultural—Fundada em 2004 por Baixo Ribeiro (curador e professor, estudou arquitetura e urbanismo na FAU-UPS), Mariana Martins (arquiteta e artista plástica) e Eduardo Saretta (historiador), tornou-se referência na valorização de novas linguagens, artistas e públicos para a arte contemporânea, e já apresentou, no Brasil e internacionalmente, mais de 300 artistas.

.Exposição individual do JACA @ Choque Cultural , abertura no dia 23 de maio (sábado), das 12h às 19h, e segue até o dia 11 de julho, de terça a sábado das 11h às 18h, Rua Medeiros de Albuquerque, 250, Vila Madalena, São Paulo (SP). Entrada gratuita e livre. [www.choquecultural.com.br].

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