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16/05/2015 - 08:06

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no 1T15


Também o Ebitda ajustado do trimestre foi de R$ 21,5 bilhões, um crescimento de 50% ante o mesmo período em 2014.

Em ritmo acelerado a Petrobras demonstrou pujança, e através de uma equipe executiva em plena sintonia apresentou os resultados do trimestre de 2015 no dia 15 de maio (sexta-feira), em coletiva de imprensa na sede da companhia, no Centro do Rio de Janeiro,— onde responderam perguntas de jornalistas presentes e pela internet.

A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015, 1% inferior ao mesmo período do ano passado. “O resultado reflete o aumento da despesa financeira líquida da companhia, principalmente em função da maior depreciação do real em relação ao dólar”, explicou a empresa.

O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás, às maiores margens na comercialização de derivados e aos menores gastos com participação governamental e importações. Além disso, o resultado do primeiro trimestre de 2014 foi impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário [R$ 2,4 bilhões], o que não se repetiu em 2015. O Ebitda ajustado do trimestre foi de R$ 21,5 bilhões, um aumento de 50% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O resultado reflete os aumentos nos preços de diesel e gasolina em novembro de 2014, assim como o maior lucro operacional acima destacado. Os investimentos totalizaram R$ 17,8 bilhões, 13% inferior a do primeiro trimestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva. A Petrobras terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa.

Destaques operacionais— A produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 11% em relação ao primeiro trimestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Em abril, foi atingido recorde na produção mensal de petróleo no pré-sal, de 715 mil barris por dia. Neste trimestre, foi iniciada a operação do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos); da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos); e do campo de Hadrian South, em águas ultraprofundas no Golfo do México (EUA).

No refino, a produção total de derivados no Brasil e exterior foi de 2 milhões 119 mil bpd, 8% inferior ao mesmo período de 2014. A queda na produção doméstica deveu-se à parada programada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, parcialmente compensada pela contribuição da produção da RNEST.

Lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2015 — O resultado líquido da companhia foi 1% inferior ao do primeiro trimestre de 2014, principalmente em função da depreciação cambial do período. O resultado operacional cresceu 76% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 13,3 bilhões. A redução das cotações internacionais de petróleo e os aumentos nos preços de combustíveis em novembro de 2014 resultaram em maiores margens na comercialização de derivados. A queda do petróleo também levou a menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos foram suficientes para compensar o impacto da menor demanda por derivados sobre as receitas. Além disso, o resultado do primeiro trimestre de 2014 havia sido impactado pelo provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário [ R$ 2,4 bilhões]. A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado atingiu R$ 21,5 bilhões, sendo 50% superior ao alcançado no mesmo trimestre de 2014. O resultado financeiro líquido ocorrido no primeiro trimestre foi negativo em R$ 5,6 bilhões. Este resultado reflete, principalmente, as perdas cambiais decorrentes da maior depreciação do real em relação ao dólar e o acréscimo nas despesas com juros, devido ao maior endividamento e à menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção.

. (1) Lucro (Prejuízo) antes do resultado financeiro, das participações e impostos. | (2) Ebitda ajustado = Ebitda + participações em investimentos e perda no valor de recuperação de ativos (impairment ).

Produção de petróleo e gás natural — A produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, no primeiro trimestre de 2015, atingiu a média diária de 2 milhões 803 mil barris de óleo equivalente (boed). Essa produção manteve-se em linha com a do quarto trimestre de 2014 e representou um aumento de 11% em relação ao do primeiro trimestre de 2014.

A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 616 mil boed, o que representa estabilidade com a do trimestre anterior e aumento de 13% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Considerando a produção exclusiva de gás natural no Brasil, houve um aumento de 3%, se comparado com o último trimestre de 2014, e de 17% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Neste primeiro trimestre foram interligados 22 novos poços, sendo 14 produtores e 8 injetores. A previsão é de que 69 poços sejam interligados ao longo de 2015. A camada pré-sal vem mantendo excelente desempenho, atingindo em abril recorde na produção mensal de petróleo, com 715 mil barris por dia. No dia 11 de abril, a produção de petróleo no pré-sal alcançou um novo recorde diário com a marca de 800 mil barris. A produção internacional foi de 187 mil boed, 5% inferior à do quarto trimestre de 2014. Esse desempenho reflete a conclusão da transferência dos ativos terrestres no Peru, parcialmente compensada pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, em dezembro/2014, e Lucius, em janeiro/2015, nos Estados Unidos. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014, a produção internacional foi 11% inferior.

Produção de derivados — A produção de derivados no país foi de 1 milhão 964 mil barris por dia no primeiro trimestre de 2015, uma queda de 10% em relação ao trimestre anterior. A carga processada diária também foi reduzida em 10%, em função da parada programada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), parcialmente compensada pela entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). A parada programada da RLAM também levou o fator de utilização do parque de refino a passar de 98% no quarto trimestre de 2014 para 86% neste trimestre. Do volume total do petróleo processado, 86% vieram de campos brasileiros.

Venda de derivados — O volume de venda de derivados no mercado interno no primeiro trimestre de 2015 totalizou 2,2 milhões de barris por dia, uma redução de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques foram: Diesel (-4%): menor consumo em obras de infraestrutura e aumento do percentual de biodiesel na mistura diesel/biodiesel. Estes fatores compensaram o crescimento da frota de veículos leves a diesel e o maior consumo por parte das termelétricas complementares do Sistema Interligado Nacional (SIN). Gasolina (-5%): aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 25% para 27% e redução da frota de veículos movidos somente a gasolina. Nafta (-30%): redução da demanda por parte dos clientes, principalmente Braskem.

Balança de petróleo e derivados — A balança comercial da Petrobras no primeiro trimestre de 2015 registrou um déficit de 225 mil barris por dia, sendo 46% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2014. O saldo da balança comercial de petróleo foi ligeiramente positivo, revertendo o déficit registrado no primeiro trimestre de 2014. O crescimento da produção de petróleo e a menor carga processada nas refinarias contribuíram para esse resultado. A balança comercial de derivados registrou um déficit menor do que no mesmo trimestre de 2014. A redução das importações acompanhou a menor demanda do mercado interno. As exportações, por sua vez, também caíram, em função da menor produção.

Preços dos produtos — O preço médio dos derivados no mercado interno para as distribuidoras, em reais, caiu 3% em relação ao primeiro trimestre de 2014. O preço do petróleo Brent caiu 50% (US$ 53,97/bbl no 1T15 vs US$ 108,22/bbl 1T14).

Investimentos —A realização dos investimentos no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 17,8 bilhões, 13% inferior a do primeiro trimestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva. A principal redução dos investimentos ocorreu no segmento de Abastecimento, em virtude da conclusão de projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase [primeiro trem] da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).

Endividamento — Em 31 e março de 2015, o endividamento líquido da companhia aumentou 18% em relação 31.12.2014. O principal fator para este crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos. O indicador dívida líquida/Ebitda ajustado fechou o período em 3,86 vezes e a alavancagem (endividamento líquido/ (endividamento líquido + patrimônio líquido) em 52%.

“O ritmo da empresa vai ditar os investimentos, e a revisão do Plano de Negócios e Gestão para o quadriênio 2015—2019 está em elaboração, e deve ser apresentado nos próximos meses”, conclui a direção..

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