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22/05/2015 - 08:57

Gestão e criatividade

Orçamentos apertados, déficit de talentos e concorrência acirrada. Empresas vão precisar de muita criatividade e gestão competente para enfrentar o momento.

Não são poucos os desafios enfrentados pelo empresariado no momento. Concorrência acirrada, inflação crescente, orçamento tímido frente às necessidades de investimentos em tecnologia, inovação, logística e retenção de talentos. Cada segmento tem suas peculiaridades e problemas a serem superados em um ano de economia estremecida. No entanto, seja qual for o setor, o fato é que ser empreendedor no Brasil exige muita coragem e disposição para trabalhar duro.

Acompanhando recentemente os informativos da Endeavor, li sobre um estudo organizado pela Heritage Foundation, que leva em conta dados do Banco Mundial. Segundo a pesquisa, o Brasil está na 100ª colocação do Ranking Global de Empreendedorismo, de um total de 130 países analisados. Estamos atrás de Ruanda, Irã e República Dominicana. Os líderes do ranking geral são Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e Suécia.

Somos um povo inegavelmente empreendedor. Temos uma natureza criativa e somos otimistas diante das adversidades. Mas, em paralelo, vivemos em um ambiente de negócios que pouco estimula a força produtiva. Processos burocráticos, tributação alta, problemas severos na área de educação e formação de mão de obra mais qualificada. Enfrentamos uma realidade muito dura por aqui.

Mesmo quem sonha ser independente financeiramente, muitas vezes, prefere ter um negócio mais restrito para não assumir tantos riscos e despesas. Ainda segundo o estudo divulgado pela Endeavor, no Brasil poucos têm sonhos grandes: só 11% dos novos empreendedores planejam contratar mais de cinco funcionários nos próximos cinco anos. No Chile são 43%.

Como empresária do setor de escritórios virtuais, acompanho essa realidade com muita proximidade. Muitos empreendedores e profissionais liberais lutam para tocar adiante suas atividades, pensam e repensam cada novo investimento, buscam estruturas que possam oferecer boa localização e serviços qualificados com um custo que seja pertinente à sua realidade. Meu desafio é pesquisar constantemente meios de levar a esses empreendedores uma rede mais completa de soluções, orquestrando recursos para que o melhor serviço não alcance um nível de remuneração que o faça desistir de usar nossas salas ou, até mesmo, de ter uma empresa. Costumo observar entre os clientes que procuram nossas instalações que 30% das empresas não passam do primeiro ano. Quem sobrevive por três anos, em geral, consegue perdurar o empreendimento.

É comum a todos os segmentos a urgente necessidade de se rever custos, planejar melhor cada nova ação e a adoção das melhores ferramentas e práticas de gestão. Só com uma base sólida de conhecimento orçamentário, uma boa assessoria jurídica e fiscal, bom network e muita disposição para trabalhar é que vamos conseguir fechar este 2015 com bons resultados.

Quem tem vocação para o empreendedorismo costuma ter uma postura positiva diante da vida. Com criatividade e boas informações fica mais fácil estabelecer prioridades para os investimentos e formar um time de bons profissionais. Assim, vamos seguir adiante neste ano de poucas notícias boas.

. Por: Mari Gradilone, sócia-diretora da Virtual Office. [www.virtualoffice.com.br e www.virtualofficebr.com].

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