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30/05/2015 - 07:39

Paris, capital da modernidade


Neste trabalho original e ousado, o geógrafo britânico David Harvey assume o desafio de refletir sobre a cidade mais estudada, comentada, cantada e amada em toda a história. E emerge desse mergulho, delimitado entre 1848 e 1871, com uma análise avessa ao lugar-comum.

Harvey não cria a “sua” Paris. Antes, une pontos já bastante conhecidos de maneira inventiva e traça uma arquitetura totalizante que busca – com êxito – explicar por que Paris não precisa de adjetivos.

Palco de três revoluções, polo irradiador de transformações quase ilimitadas, Paris embute em si um projeto de vida que se tornou planetário. Berço do romance como epopeia dos novos tempos, da imprensa como força ideológica inevitável, do realismo e do impressionismo nas artes visuais e de cânones de comportamento da vida pública e privada, a capital francesa também gerou um modelo de urbanismo absorvido e copiado em toda parte.

No contexto do cenário efervescente da capital francesa no século XIX, a reconstrução urbana, o nascimento do consumismo nos bulevares, as novas tecnologias e até a criação da basílica de Sacré-Cœr são vistos não só pelos seus efeitos materiais, mas também pelo seu impacto nos costumes, nas “relações sociais e imaginações políticas”, que o geógrafo explora pelas suas representações nas artes e na literatura. Assim, Harvey constrói um mapa da cidade a partir da visão criativa de artistas e escritores como Honoré de Balzac, Gustave Flaubert, Charles Baudelaire, Honoré Daumier, Gustave Courbet, Karl Marx e Georges-Eugène Haussmann, que, entre tantos outros, condensam em suas obras o torvelinho político e social da capital alucinante. Tudo isso com o pano de fundo da intensificação da luta de classes que, no fim, levaria à queda de Napoleão III, à experiência da Comuna e ao seu sangrento desfecho, abrindo caminho para a consolidação definitiva do capitalismo industrial.

A edição chega às livrarias brasileiras ricamente ilustrada com desenhos, caricaturas e fotos do período, de diversos artistas, entre eles Daumier, um dos maiores caricaturistas de cunho político do século XIX.

David Harvey vem ao Brasil em junho para lançar o livro no seminário internacional Cidades Rebeldes, em São Paulo, realizado pela Boitempo Editorial em parceria com o Sesc Pinheiros.

. [A partir dos textos de orelha de João Sette Whitaker Ferreira e quarta capa de Gilberto Maringoni].

Crítica internacional: “David Harvey talvez seja o mais importante intelectual urbano escrevendo hoje na língua inglesa, e aqui ele se apresenta em seu auge, dando-nos uma história multifacetada, porém sintética, da emergência da modernidade urbana em seu suposto berço. É um tour de force, brilhantemente atento às conexões, relações e distinções, ao mesmo tempo que notavelmente inclusivo em sua cobertura, desde a infraestrutura e as finanças até a poesia e a imaginação política. Não apenas é uma leitura imensamente agradável, mas reúne de maneira brilhante as narrativas estruturais e morais da Paris do Segundo Império.” – Thomas Bender, professor de Humanidades e de História da New York University (NYU)

“O eminente intelectual Harvey discute a transformação capitalista de Paris de 1848 a 1871 e, assim, cria um complemento para outras histórias recentes da cidade. É muito mais que uma simples narrativa cronológica [...] complexo e sofisticado.” – Library Journal

“Retornando a um tópico que há muito o fascinava, David Harvey nos apresenta uma viva geografia social, literária, econômica e pictórica da estrutura de Paris durante sua transição do século XIX para a modernidade capitalista. Fundamentado com cuidado, escrito com fluidez e explicitamente político, este livro é espetacular tanto em sua análise quanto na “estrutura de sentimento” que cria para o momento da modernidade parisiense. Nesta que é sua obra mais original em uma década, Harvey faz por Paris o que Schorske fez pela Viena fin-de-siècle.” – Neil Smith, autor de American Empire e professor de antropologia da City University of New York (Cuny)

Título: Paris, capital da modernidade | Título original: Paris, Capital of Modernity| Autor: David Harvey | Tradução: Magda Lopes | Orelha: João Sette Whitaker Ferreira | Quarta capa: Gilberto Maringoni | 326 Páginas | Ano: 2015 | Editora: Boitempo | Preço: 69,00.

David Harvey —Um dos marxistas mais influentes da atualidade, é reconhecido internacionalmente por seu trabalho de vanguarda na análise geográfica das dinâmicas do capital.

David Harvey, geógrafo britânico, é um grande defensor do “direito à cidade” e um dos marxistas mais influentes da atualidade, reconhecido internacionalmente por seu trabalho de vanguarda na análise geográfica das dinâmicas do capital. É professor emérito de antropologia na pós-graduação da Universidade da Cidade de Nova York (The City University of New York – Cuny) e ex-professor de geografia nas universidades Johns Hopkins e Oxford. Seu curso sobre O capital, de Marx, já teve mais de 700 mil acessos desde que foi disponibilizado no site da Cuny, em 2008. Autor de diversos livros, lançou pela Boitempo O enigma do capital (em 2011), Os limites do capital e Para entender O Capital: Livro I (ambos em 2013) e Para entender O Capital: Livros II e III (2014).

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