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30/05/2015 - 08:03

Indústria eletrônica deve impulsionar exportações e importações brasileiras, HSBC Trade Forecast

As exportações e importações brasileiras de produtos eletrônicos devem crescer a uma taxa de 9% ao ano no período de 2015-30. Matérias-primas devem permanecer como o principal produto de exportação do Brasil no futuro próximo, contribuindo com cerca de 40% do crescimento projetado das exportações totais de mercadorias até 2030.

São Paulo— A edição 2015 do estudo HSBC Trade Forecast mostra que as exportações e importações brasileiras de produtos eletrônicos devem crescer a uma taxa de 9% ao ano, em média, durante o período de 2015-30. De acordo com a pesquisa, apesar de ser uma economia relativamente fechada e que deverá crescer pouco menos de 3% ao ano entre 2020-30, o Brasil vai experimentar um crescimento no trade (negociação de produtos) devido à forte demanda da China e da Índia. O HSBC Trade Forecast é elaborado pela Oxford Economics, exclusivo para o HSBC, com base em análises do próprio banco e previsões sobre a economia mundial.

. Ranking abaixo com os principais destinos das exportações e importações brasileiras em uma comparação 2013-2030.

. Ranking produzido entre os 24 parceiros comerciais pesquisados no HSBC Trade Forecast

O HSBC Trade Forecast mostra que as matérias-primas devem permanecer como o principal produto de exportação do Brasil no futuro próximo, contribuindo com cerca de 40% do crescimento projetado das exportações totais de mercadorias até 2030. Outros elementos importantes das exportações brasileiras devem ser alimentos e animais, além de máquinas e equipamentos de transporte.

Até 2030, o Brasil continuará a exibir um perfil de exportação diversificada, ajudado pela depreciação do real. Parceiros comerciais tradicionais, como os EUA e a Argentina, continuarão como os principais mercados para as exportações do Brasil, enquanto a forte demanda da China por commodities a colocará como principal mercado para as de exportação do Brasil.

Considerando ainda os principais mercados de exportação do Brasil, a India passa ao 4º lugar em 2030. Com um dos mais rápidos crescimentos dos mercados emergentes nos próximos anos, a Índia irá ultrapassar o Japão e a Alemanha como um dos principais destinos para as exportações brasileiras.

O perfil de importação do Brasil será diferente do que o das exportações. Dada a sua necessidade de melhorar a infraestrutura e aumentar o conteúdo tecnológico das exportações, o crescimento das importações do Brasil até 2030 será impulsionado principalmente por produtos manufaturados e máquinas e equipamentos de transporte. O principal impulsionador é o crescimento dos dois gigantes emergentes como parceiros-chave de importação do Brasil. A China vai subir uma posição para ser o número um das importações brasileiras em 2030, enquanto que a Índia vai se tornar a terceira maior “origem” das importações brasileiras.

Foco em eletrônicos – o Brasil tem feito progressos significativos em termos de atualização de sua infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) nos últimos anos. No Relatório Global de Tecnologia da Informação 2015, encomendado pelo Fórum Econômico Mundial e INSEAD, o Brasil é 84º no ranking de 143 economias para o desenvolvimento das TICs, à frente da maioria das outras nações da América Latina, incluindo a Argentina.

De acordo com Gerd Pircher, diretor de Trade e Financiamentos de Recebíveis do HSBC para a América Latina, “a indústria de eletrônicos no Brasil está enfrentando um progresso lento, porém constante, na melhoria da produtividade e da competitividade e isso pode, de fato, servir como modelo para outros setores”.

Com o objetivo de impulsionar uma arrancada no mercado doméstico da indústria eletrônica o governo adotou políticas destinadas a aumentar o grau de abertura ao comércio. O Trade Forecast mostra que, mesmo que medidas protecionistas também tenham sido colocadas em prática nos últimos anos – principalmente na tentativa de preservar os empregos no país desde a crise financeira global de 2008-09 – o ritmo de crescimento do comércio global (mais moderado na próxima década) pode levar as autoridades a remover essas barreiras e ajustar as políticas para o livre comércio.

De acordo com o estudo, as autoridades deveriam considerar a possibilidade de se tornarem signatárias do Acordo de Tecnologia da Informação da OMC – em inglês, Information Technology Agreement (ITA). Isso eliminaria as tarifas sobre os 250 produtos eletrônicos que atualmente estão cobertos e também facilitaria a absorção do conhecimento das economias avançadas, aumentando ainda mais a produtividade na indústria doméstica e reforçaria a competitividade do setor de eletrônicos do Brasil nos mercados globais.

Olho no futuro – Segundo o HSBC Trade Forecast, o Brasil continuará a ser uma das economias mais fechadas do G20, com um elevado déficit externo que terá de ser parcialmente financiado por entradas de carteira voláteis após um período prolongado de baixas expectativas dos investidores. Embora o país tenha uma riqueza de recursos naturais e crescimento populacional favorável, a sua expansão será prejudicada por uma desaceleração na China e no crescimento do comércio mundial, bem como a falta de reformas e investimentos insuficientes.

Por outro lado, deve haver a adoção de mais políticas baseadas no mercado, incluindo a abertura do comércio e reduzindo as restrições aos investimentos na indústria de petróleo e gás. Como resultado, o crescimento do PIB deverá manter-se ligeiramente abaixo dos 3% ao ano em 2020-30.

HSBC Trade Forecast - Elaborado por Oxford Economics: o Oxford Economics oferece um serviço exclusivo para o HSBC com previsões sobre o comércio bilateral para o total das exportações e importações de bens. O estudo é feito com base em análises do próprio banco e previsões sobre a economia mundial.

A Oxford Economics emprega um modelo e estrutura globais que garantem a coerência entre todas as economias, em parte impulsionada por vínculos comerciais. As previsões levam em conta fatores como a taxa de crescimento da demanda no mercado de destino e a competitividade do exportador. As exportações, importações e a balança comercial são identificadas com ambas estimativas históricas e previsões para os períodos 2014-16, 2017-20 e 2021-30.

A Oxford Economics produz um relatório global para o HSBC, bem como relatórios específicos para 23 países: Hong Kong, China, Austrália, Indonésia, Malásia, Índia, Cingapura, Vietnã, Bangladesh, Canadá, EUA, Brasil, México, Argentina, Reino Unido, França, Turquia, Alemanha, Polónia, Irlanda, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Egito. A análise inclui também o comércio com o Japão e a Coreia para uma amostra total de 25 importantes nações comerciais.

HSBC Holdings plc HSBC Holdings plc, empresa detentora do Grupo HSBC, está sediada em Londres. O Grupo atende clientes em todo o mundo com mais de 6.100 escritórios em 73 países e territórios na Europa, Ásia, América do Norte e Latina, no Oriente Médio e Norte da África. Com ativos de US$2,670 bilhões em 31 de Março de 2015, o HSBC é uma das maiores organizações de serviços bancários e financeiros do mundo.

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