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01/02/2008 - 10:53

“Um Novo Mundo, Um Novo Império: A Corte Portuguesa no Brasil”


Museu Histórico Nacional comemora o bicentenário da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em exposição internacional.

O Museu Histórico Nacional/IPHAN/Ministério da Cultura estará realizando de 8 de março a 8 de junho de 2008 a exposição internacional "Um Novo Mundo, Um Novo Império: A Corte Portuguesa no Brasil”, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian e com o apoio da TAP, como parte das comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil.

Esta é a única exposição prevista na agenda de eventos do Rio de Janeiro que enfatizará os aspectos econômicos, políticos e culturais da vinda da família real portuguesa, dando a oportunidade aos brasileiros de conhecerem melhor o contexto histórico que cercou D. João VI, o primeiro monarca europeu a atravessar o oceano Atlântico e o responsável pelo estabelecimento da sede do maior império das Américas, entrelaçando para sempre a história do Brasil e de Portugal.

No dia 6 de março, às 10h, no Auditório do Museu, colóquio sobre o tema com os historiadores Arno Welling, Eduardo Lourenço e Jorge Couto.

Dividida em núcleos temáticos, a exposição contará com objetos e documentos de importantes instituições públicas e particulares brasileiras e portuguesas, muitos dos quais inéditos. O público terá a oportunidade de conhecer desde a situação na Europa com as guerras napoleônicas, que motivaram a vinda da Corte para o Brasil, até os motivos que levaram à proclamação da Independência do Brasil pelo Imperador D. Pedro I.

O núcleo inicial abordará as conquistas de Napoleão na Europa, em especial na Península Ibérica, seguidas de biografias dos personagens envolvidos no conflito – Napoleão, Carlos IV, D. Maria I e Jorge III. Através de acervo iconográfico cedido por instituições portuguesas, serão mostrados aspectos da cidade de Lisboa por ocasião do embarque, bem como retratos das infantas portuguesas que vieram para o Brasil.

O núcleo seguinte abordará o embarque em Lisboa e as dificuldades enfrentadas ao longo de 54 dias de travessia do Atlântico. A chegada à Bahia, em 22 de janeiro de 1808, está representada pela monumental tela de Candido Portinari, “Chegada de D. João VI a Salvador”, gentilmente cedida pelo Banco BBM S. A e Associação Comercial da Bahia e pela primeira vez apresentada no Rio de Janeiro.

Um importante conjunto documental, que reúne documentos existentes no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional, revela o processo da “Abertura dos Portos às Nações Amigas”, uma das primeiras providências tomadas por D. João ao chegar à Bahia, marco inicial do desenvolvimento do comércio.

O Rio de Janeiro encontrado pela família real e as transformações ocorridas na cidade a partir da chegada da corte são abordados em outro núcleo. Instituições portuguesas, como o Arquivo Real, a Real Biblioteca e o Erário, foram recriadas no Brasil para permitir o funcionamento do Estado português em solo americano. O livre comércio, o estabelecimento de indústrias, a introdução de novos hábitos culturais e a criação de importantes instituições, tais como a Imprensa Régia, a Real Junta do Comércio e as Academias científicas, modificaram definitivamente o perfil colonial do país e introduzirem no cenário nacional novas forças sociais que produziram imagens simbólicas e definiram o poder monárquico no Novo Mundo.

E foi a cidade do Rio de Janeiro que mais rapidamente sentiu essas modificações, com a redefinição do panorama urbano, a introdução de novos estilos arquitetônicos – sobretudo a partir da vinda da missão artística francesa de 1816 – e a mudança do comportamento da sociedade, que passa a viver de maneira cosmopolita: entre saraus, festas e apresentações teatrais, efervescia a vida política, social e cultural.

Integram esse núcleo instrumentos científicos contemporâneos a D. João VI; o trono acústico criado na Inglaterra especialmente para o monarca; pintura a óleo contemporânea que reproduz com fidelidade a cena da chegada da frota real à baía da Guanabara e objetos de época – mobiliário, porcelanas, condecorações, etc – além de extensa iconografia do período.

O penúltimo núcleo aborda os conflitos que se instalaram no Brasil e em Portugal a partir de 1817, até a decisão das Cortes portuguesas de exigirem o retorno de D. João VI em 1820, o que efetivamente ocorreu em 1821, após treze anos em terras brasileiras. Se, ao chegar ao Rio de Janeiro em 1808, D. João VI desembarcou numa provinciana cidade colonial, ao partir em 1821 deixou um Brasil bem diferente daquele encontrado, que se transformaria na sede do maior Império das Américas.

¨D. João VI veio criar e realmente fundou na América um império, pois merece bem assim ser classificado o de ter dado foros de nacionalidade a uma imensa colônia amorfa, para que o filho, porém, lhe desfrutasse a obra. Ele próprio regressava menos rei do que chegara, porquanto sua autoridade era agora contrariada sem pejo. Deixara, contudo, o Brasil maior do que o encontrara.¨, Oliveira Lima.

Como conseqüência natural da vinda da corte portuguesa para sua colônia nos trópicos, a alusão à Proclamação da Independência do Brasil pelo Imperador D. Pedro I encerrará exposição.

Conjunto Arquitetônico Contemporâneo a D. João abriga o Museu Histórico Nacional - É especialmente interessante ressaltar que o conjunto arquitetônico no qual está abrigado o Museu Histórico Nacional já existia quando a Corte se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro e fez parte dos acontecimentos de então. Composto de três edificações - a Fortaleza de Santiago (1602), a Casa do Trem (1762) e o Arsenal de Guerra (1764) – esse conjunto de origem militar tinha funções restritas no Brasil colônia, uma vez em que a fabricação de armas era proibida até 1808. No Arsenal chegavam as partes dos equipamentos militares chamados de os ¨trens de artilharia¨. O termo acabou por denominar o arsenal de Casa do Trem, local onde os ¨trens¨ eram fundidos.

Com a chegada de D. João ao Brasil, o Arsenal passou a ter uma organização semelhante ao de Lisboa, sendo então denominado de Arsenal Real do Exército. Transformado em local de produção de equipamento, passou a atender às necessidades do Reino, ou seja, produzir munições, uma vez que a Metrópole estava sem condições de suprir as tropas, em decorrência da guerra Napoleônica. Ainda na “Casa do Trem” foi instalada em 1811 a Academia Militar, a primeira instituição brasileira de ensino superior, origem da primeira escola de engenharia do país.

O Museu Histórico Nacional, fica na Praça Marechal Âncora - Próximo à Praça XV 20021-200 - Centro - Rio de Janeiro – RJ | Telefones (21) 2550-9220 / 2550-9224 | E-mail: [email protected] | Site: www.museuhistoriconacional.com.br | *(Aberto de terça a sexta-feira,das 10h às 17h30, sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Ingresso: R$ 6,00 (seis reais). Estão isentos de pagamento (mediante comprovação): crianças até cinco anos de idade; sócios do ICOM-International Council of Museum; funcionários do IPHAN; alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais; brasileiros maiores de 65 anos; guias de turismo e estudantes de museologia. Alunos agendados da rede particular de ensino e brasileiros maiores de 60 anos e menores de 65 anos pagam a metade do valor. Aos domingos, a entrada é franca. *O Museu está excepcionalmente aberto ao público de 23 de janeiro a 20 de abril aos sábados, domingos e feriados das 10h às 18h, às segunda-feira, o Museu não funciona.

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