Queda no faturamento: empresas fabricantes de REP tem desaceleração de 7,2% em 2014

Crise esperada em 2015 deixa incertezas de crescimento.

A Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Relógios de Ponto(ABREP), divulgou, nesta última semana, o comparativo dos anos de 2014/2013. O resultado foi alarmante para as empresas associadas. “Mesmo com o aumento nas vendas, que girou em torno de 2,9%, o faturamento das empresas baixou. Nós, da ABREP, creditamos isso à redução de investimentos das empresas, devido ao anúncio de uma provável crise. Assim como em outros setores, os fabricantes acabam se rendendo aos descontos para tentar desovar os estoques”, afirma José Roberto, diretor-executivo da ABREP.

A utilização dos REPs é, sem dúvida, uma vantagem para as empresas, mesmo para as que não tem a obrigatoriedade. “O controle de ponto apresenta uma forma justa e eficiente de controlar, registrar e conferir a jornada de trabalho do colaborador e, com a Portaria 1.510, os benefícios só aumentam, já que reduzem os riscos de sonegação de horas extras e dos impostos que incidem sobre elas”, comenta Dimas de Melo Pimenta III, presidente da associação.

Em tempos de crise, se precaver de ações trabalhistas é de extrema importância. Além das inúmeras vantagens na utilização dos REPs, o investimento em controle de ponto é essencial e, o melhor, de rápido retorno. “A legislação é sustentada por uma tecnologia de ponta e que garante mais segurança jurídica às relações trabalhistas. Se, de um lado, reduz-se de modo significativo a sonegação de horas extras e dos impostos e taxas delas decorrentes, por outro também se impede que os trabalhadores recorram à Justiça do Trabalho para pleitear horas não trabalhadas”, completa Dimas III.

Com um cenário atual de incertezas, a ABREP espera que o setor não reduza: “Trabalhávamos com um cenário mais otimista para 2015, buscando um incremento de cerca de 15% nas vendas, porém, dentro do cenário atual, a ABREP espera que o setor não encolha e que tenha, pelo menos, o aumento relativo à inflação”, finaliza José Roberto.