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17/06/2015 - 06:56

Declaração Conjunta da Indústria Siderúrgica

Indústria siderúrgica global clama aos governos que tomem medidas contra nova política siderúrgica e sobrecapacidade chinesas.

Em nota no dia 16 de junho(terça-feira), através do Instituto Aço Brasil (IABr), diz que: “ há um forte consenso contra a maré crescente de exportações de indústrias siderúrgicas estatais, mistas e apoiadas pelo governo, conforme novamente demonstrado na recente reunião da Comissão Siderúrgica da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em maio desse ano. Relatórios compartilhados por associações de indústria siderúrgica nacionais da Ásia, das Américas, e da Europa na reunião em Paris tiveram semelhanças estarrecedoras: um novo padrão de normalidade está ocorrendo, caracterizado por um crescimento lento, e no qual todas as regiões estão sofrendo em função de um drástico aumento de importações de aço desleais alimentado por uma imensa sobrecapacidade. Pairando sobre tudo isso está a China, cuja imensa e crescente sobrecapacidade em tempos de crescimento lento desestabilizam o mercado siderúrgico global e os fluxos comerciais”.

Isso segue de perto os comentários conjuntos apresentados por oito associações de comércio siderúrgico representando os EUA, Canadá, México, América Latina e Europa sobre a "Política de Ajuste Siderúrgico" recentemente divulgada pela China. Os comentários revelaram receio relativo à política, uma vez que ela continua refletindo uma "abordagem top-down, controlada pelo Estado, de reforma da indústria siderúrgica."

A Comissão Siderúrgica da OCDE tomou conhecimento da urgência destas preocupações, conforme refletido na declaração de encerramento emitida pelo presidente da Comissão, Risaburo Nezu: "Os desafios estruturais devem ser tratados urgentemente em meio à nova era de baixo crescimento de demanda siderúrgica e aumento das exportações", acrescentando, ainda, "uma tentativa falha de tratar ou conter desvios de mercado poderá resultar em empresas subsidiadas ou apoiadas pelo Estado sobrevivendo à custa de empresas privadas e eficientes operando em ambientes com o mínimo de suporte estatal."

As associações abaixo assinadas concordam que uma medida imediata e eficaz deve ser tomada urgentemente. Reiteramos nosso apelo para que cada governo nacional lide com essa questão em seus países e envidem todos os esforços em sua própria diplomacia comercial e em regulamentos para enfrentar e desafiar tais políticas estatais que estão alimentando a sobrecapacidade que é a raiz da crise da indústria siderúrgica, e viabilizem condições de concorrência equitativas no mercado siderúrgico.

Um dos problemas específicos que em breve serão enfrentados pelos governos é a declaração da China de que ela deverá ser tratada como uma economia de mercado pelos membros da WTO a partir de 2016. A determinação individual de cada nação terá grandes consequências pela forma como partes lesionadas pelo dumping das importações chinesas serão capazes de se recuperar das lesões incorridas. Conforme o setor siderúrgico chinês claramente ilustra, a China ainda não atende aos requisitos para ser uma economia de mercado. A existência de uma sobrecapacidade por si só, estimada em 425 milhões de toneladas métricas, e a falta de uma política eficaz para reduzi-la, são a prova de que a China ainda é uma economia top-down controlada pelo Estado.

Esta é uma questão crítica que deve ser considerada imediatamente. Por isso, continuaremos colaborando com nossos esforços individuais para defender a tese perante nossos governos, rogando para que julguem de forma cuidadosa os critérios e o registro antes de fazer quaisquer declarações ou tomar quaisquer decisões que possam prematuramente reconhecer a China como uma economia de mercado.

Assina: AISI - Lisa Harrison | SMA - Phil Bell | CSPA - Joe Galimberti | SSINA - Skip Hartquist, dha | CPTI - Tamara Browne | Canacero - Salvador Quesada | Alacero | Eurofer - Axel Eggert | Turkish Steel Producers Assn.| Brazilian Steel Institute .

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