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18/06/2015 - 08:49

Varejo ampliado cresce 0,4% em maio, aponta ICVA

Percentual é calculado a partir da receita de vendas deflacionada pelo IPCA em comparação com maio de 2014; no índice nominal, o crescimento foi de 6,5%

Barueri (SP)—A receita de vendas do comércio varejista ampliado brasileiro registrou alta de 0,4% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, depois de descontada a inflação, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado no dia 16 de junho(terça-feira). Em abril, o indicador apresentou crescimento de 1,1%.

O resultado do mês de maio foi impactado negativamente em 0,3 ponto percentual por efeitos do calendário – um domingo a mais e uma quinta-feira a menos em relação a 2014 -, diferentemente do que ocorreu em abril, em que o indicador teve um impacto positivo de 1,1 ponto percentual.

Descontados esses efeitos, maio apresentou alta de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto abril registrou 0,0%, no mesmo conceito. Os resultados mostram, portanto, uma melhora no ritmo de crescimento do varejo brasileiro em maio, após desaceleração no mês de abril.

Os números nominais, que não descontam a inflação, apontam o mesmo cenário. O ICVA nominal de maio ficou em 6,5%, contra 7,1% em abril, na comparação com os mesmos meses de 2014. Com os ajustes de calendário, o percentual de crescimento nominal do varejo seria de 6,9% em maio, contra 5,9% em abril.

Dia das Mães—O desempenho do varejo em maio deste ano foi impactado positivamente pelas vendas de uma das principais datas para o comércio. A semana que antecedeu o domingo do Dia das Mães (10 de maio) apresentou um crescimento nominal em receita de vendas de 8,6% na comparação com a mesma semana de maio do ano passado.

Em relação aos setores que mais cresceram na data, Vestuário foi um destaque. O segmento, que vinha apresentando crescimento abaixo da média do varejo nos últimos meses, liderou a aceleração do comércio no Dia das Mães.

Inflação—O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurou alta de 8,5% em maio no acumulado dos últimos 12 meses – ligeira aceleração em relação a abril, quando apontou alta de 8,2%. Considerando apenas os setores que compõem o ICVA, a inflação foi de 6,1% no período. Para garantir a precisão e fidelidade do indicador, alguns itens que compõem a inflação oficial do IPCA não são considerados para o cálculo do ICVA deflacionado, já que não fazem parte da cesta de compras do varejo ampliado —por exemplo, energia elétrica, aluguel e condomínio, que têm apresentado inflação acima da média dos demais itens.

Dentre os setores que integram a cesta, destaque para Alimentação em Bares e Restaurantes, cujos preços sofreram aceleração em maio, com alta de 10,5% no acumulado dos últimos 12 meses, e para Postos de Gasolina, que acumula alta de 9,2% no mesmo período. Ambos registram alta da inflação acima da média dos demais setores.

Setores—Dos setores que comercializam bens não duráveis, de cotidiano, Varejo Alimentício Especializado e Supermercados e Hipermercados puxaram a aceleração em maio, após terem apresentado diminuição do ritmo de crescimento em abril. Drogarias e Farmácias, mais uma vez, foi o setor do varejo que mais cresceu, mantendo um patamar de alta acima de dois dígitos, mesmo depois de descontada a inflação. Postos de combustíveis vem recuperando o ritmo nos últimos meses e, em maio, chegou a contribuir positivamente para o ICVA – no início do ano, o setor sofreu o impacto da alta nos preços, que fez cair o índice deflacionado.

Entre os segmentos de bens duráveis e semiduráveis, Materiais para Construção, Móveis e Decoração, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamento têm consistentemente apresentado os piores desempenhos do varejo ampliado – resultado que se repete em maio, já que voltaram a apresentar retração. Na contramão, Vestuário apresentou em maio uma surpreendente recuperação no ritmo de crescimento, observada principalmente na semana do Dia das Mães, conforme já foi comentado, depois de uma série de meses com crescimento abaixo do varejo em geral.

Nos setores de serviços, destaque positivo para segmentos relacionados ao turismo, como Agências e Operadoras de Viagens e Companhias aéreas, que mostraram aceleração em maio, com índice de crescimento bem acima da média do varejo. Na outra ponta, Alimentação em Bares e Restaurantes registrou novamente um baixo desempenho, com retração nas vendas.

Regiões —Embora com desaceleração em relação a abril, o Nordeste liderou o crescimento do ICVA deflacionado, com alta de 0,9% sobre maio de 2014. Em seguida, vêm as regiões Norte e Sudeste, com crescimento de 0,8% e 0,4%, respectivamente – ambas também com desaceleração em relação ao mês anterior.

O Centro-Oeste, embora tenha registrado o maior crescimento na receita nominal, de 7,2%, fica na quarta colocação no indicador deflacionado, com alta de 0,2%. Isso porque a região sofreu efeito da inflação acima da média nacional no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com o IPCA. A região Sul, também com inflação alta, fica em último lugar, com crescimento nulo em maio.

ICVA —O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro de acordo com a sua receita de vendas, com base em um grupo de mais de 20 setores mapeados pela Cielo, de pequenos lojistas a grandes varejistas. O peso de cada setor dentro do resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com base nas vendas realizadas nos mais de 1,6 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à companhia. A proposta do Índice é oferecer mensalmente uma fotografia do desempenho do comércio varejista do país a partir de informações reais.

Como é calculado —A gerência de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento, como a variação de market share, bem como isolar os efeitos da substituição de cheque e dinheiro no consumo – dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

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