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18/06/2015 - 09:14

Negar a ciência é a maior ameaça à segurança alimentar

Essa é uma das conclusões do governador da Dakota do Sul, Dennis Daugaard e do CEO da consultoria agrícola Agri-TREND, Robert Saik, palestrantes do Food and Agriculture Day.

São Paulo—As aplicações da biotecnologia na saúde são recebidas com entusiasmo pela maior parte das pessoas. Entretanto, a mesma tecnologia, quando usada na produção de alimentos, é vista com desconfiança. “É por essa razão que vamos abrir este painel falando da importância da comunicação científica, do quanto é fundamental refletirmos sobre o desafio de comunicar informações complexas para o público em geral.” A avaliação é do CEO da consultoria Agri-TREND, Robert Saik, um dos palestrantes da sessão dedicada à agricultura na Bio International Convention, realizada nesta terça-feira (16 de junho). O evento global é um dos maiores e mais importantes do setor de biotecnologia e acontece de 16 a 18 de junho, na Filadélfia, Estados Unidos.

Para Saik, negar a ciência é a maior ameaça à segurança alimentar mundial. Isso porque, sem o investimento feito em pesquisa e extensão agrícola, teríamos dificuldade em manter o atual nível de produtividade e, consequentemente, os alimentos poderiam subir de preço ou até mesmo ficarem escassos. O palestrante, entretanto, não é pessimista. De acordo com ele, a solução está no compartilhamento de histórias que demonstrem os benefícios reais dos organismos geneticamente modificados (OGM). O governador da Dakota do Sul, Dennis Daugaard, também um dos oradores da sessão, por sua vez, se disse pronto para mostrar ao mundo a experiência de seu estado com os OGM.

“Graças aos avanços da biotecnologia, melhoramos nossa qualidade de vida”, revelou Daugaard. De acordo com o governador, com os transgênicos, os agricultores de Dakota do Sul otimizaram o uso de insumos agrícolas, a exemplo de agroquímicos, e, assim, aumentaram a produtividade e o rendimento”. Ele ainda menciona que, em breve, será possível desenvolver culturas com valores nutricionais melhorados. “A ciência envolvida nesse processo, longe de ser perigosa, é a chave para garantirmos segurança alimentar”, disse. Uma outra vantagem verificada pelos produtores de seu estado, em virtude da adoção dos OGM, foi a facilidade de manejo.

Para os palestrantes, ao redor do mundo, há outros agricultores, cientistas e consumidores cujas vidas foram melhoradas pelo uso da biotecnologia agrícola. É necessário multiplicar e divulgar essas narrativas. Ambos concordam, entretanto, que esse é um grande desafio, já que as informações sem base científica sobre os transgênicos estão muito disseminadas, especialmente no ambiente online. “São suposições, conclusões errôneas e outras inverdades que aterrorizam a população e criam uma paranoia que nos afasta, cada vez mais, de inovações comprovadamente benéficas para a agricultura”, afirma Saik. De acordo com dados apresentados pelo palestrante, sem fertilizantes, mais de 50% da produção de proteínas alimentares no mundo ficaria comprometida; sem os pesticidas, o rendimento agrícola global cairia aproximadamente 40%; sem os OGM, os agricultores necessitariam de mais área para cultivar a mesma quantidade de alimentos.

O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não governamental, cuja missão é atuar na difusão de informações técnico-científicas sobre biotecnologia e suas aplicações. [www.cib.org.br].

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