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19/06/2015 - 08:21

Pesquisadores brasileiros tem artigo premiado como “Melhor do Ano” pelo JNM

Estudo que avaliou aplicabilidade do PET para a estratificação de risco de linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B recebeu o título do periódico de maior impacto no campo da medicina nuclear do mundo - The Journal of Nuclear Medicine.

Os médicos nucleares brasileiros Juliano Cerci e Claudio Meneghetti, foram premiados pelo The Journal of Nuclear Medicine (JNM), periódico oficial publicado pela Sociedade de Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SNMMI), de maior impacto da especialidade do mundo (5,563), estando à frente de publicações como o European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, Seminars in Nuclear Medicine e Clinical Nuclear Medicine.

Em reconhecimento aos resultados apresentados no estudo “Prospective International Cohort Study Demonstrates Inability of Interim PET to Predict Treatment Failure in Diffuse Large B-Cell Lymphoma”, foi concedido o título de “Editor’s Choice Award for the Best Clinica Articles in 2014”. A premiação ocorreu durante a Reunião Anual SNMMI 2015, principal encontro da especialidade, realizada em Baltimore, nos dias 6 a 10 de junho.

Multicêntrico, o artigo teve como autor principal Robert Carr, do Departamento de Hematologia do Guy’s and St. Thomas’ Hospital – do King’s College. Fomentado pela Agência Internacional de Energia Atômica (IEAE), o estudo buscou definir melhor o uso da tecnologia PET para a estratificação de risco de linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B e, também, na avaliação da hipótese de que a diversidade biológica internacional e/ou dos sistemas de saúde podem influenciar a cinética da resposta ao tratamento, avaliadas por PET scan interino (I-PET). Do inglês pósitron emission tomograph, PET é uma tecnologia que utiliza radiofármacos e apresenta uma resolução anatômica maior do que outras imagens de Medicina Nuclear. No campo dos linfomas é considerado fundamental ferramenta de avaliação da extensão da doença.

Participaram mais de 10 centros de referência em oncologia no Brasil, Chile, Hungria, Índia, Itália, Filipinas, Coréia do Sul e Tailândia. Ao todo foram avaliados 327 pacientes. Meneghetti representou o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Cerci que representou a Quanta -Diagnóstico e Terapia, instituição na qual é diretor do serviço de PET-CT, foi o responsável pelo gerenciamento dos dados.

As instituições seguiram um protocolo que teve como base terapêutica administração de quimioterapia, com a realização de I-PET após 2-3 ciclos de quimioterapia, e também avaliação com PET ao final do tratamento.

Como conclusão, foram apresentados à comunidade internacional três novos achados: a resposta ao tratamento avaliada por I-PET é comparável entre sistemas de saúde diferentes. Em segundo lugar, observaram-se resultados negativos do I-PET, quando em conjunto com um bom estado clínico, identifica um grupo de pacientes com excelente resposta com percentual de 98% de sobrevida livre da doença. E, em terceiro lugar, verificou-se que uma única varredura com o I-PET positiva não diferencia linfoma resistente à quimioterapia de resposta completa e não deve ser usado para orientar a terapia adaptada ao risco.

Para Cerci, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) a conquista simboliza o reconhecimento do potencial que o Brasil possui no âmbito da ciência e reforça a importância de estimular a produção de estudos no campo da MN no País, ainda considerados pouco expressivos.

A tecnologia PET—Do inglês pósitron emission tomograph, PET é uma tecnologia que utiliza radiofármacos e apresenta uma resolução anatômica maior do que outras imagens de Medicina Nuclear. No campo dos linfomas é considerado importante ferramenta de diagnóstico e estadiamento da doença.

Por meio da fusão de imagens de tomografia computadorizada convencional (CT, do inglês computed tomography) ao PET, originou-se o método híbrido ao qual se denomina “PET/CT”. Este, por sua vez, ampliou o uso e a aceitação clínica das imagens de PET em oncologia graças a sua acurácia na detecção de tumores.

Trata-se de um equipamento que produz imagens metabólicas através de diversas moléculas radiomarcadas, como a fluordeoxiglicose que é marcada com flúor-18, e também imagens anatômicas, obtidas quase que simultaneamente pela CT. Assim, essa ferramenta proporciona a imediata correlação anatômica dos achados, o que facilita a distinção entre captação fisiológica e patológica, bem como a diferenciação entre alterações benignas e malignas, definindo com precisão, por exemplo, o melhor local para uma biópsia.

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