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23/06/2015 - 06:42

Tristeza Parasitária Bovina - Babesiose e Anaplasmose

A presença de agentes infecciosos no rebanho bovino causa elevadas perdas nos índices de produtividade e por consequência relevantes prejuízos econômicos. A Tristeza Parasitária Bovina é desses males, que ocasionam altos índices de mortalidade e morbidade, impactando diretamente no aumento der casos de aborto, menor fertilidade e custo alto com tratamentos emergenciais, entre outros aspectos.

A TPB, também conhecida popularmente como “Tristezinha”, “Amarelão”, “Piroplasmose” e “Mal da boca branca”, é na verdade, um complexo de doenças que inclui a babesiose, causada por protozoários do gênero Babesia (espécies Babesia bovis e Babesia bigemina) e a anaplasmose, causada por uma rickéttsia do gênero Anaplasma (espécie Anaplasma marginale). Ambas podem apresentar infecções simultâneas, com sintomas e reações semelhantes, como, por exemplo, a intensa hemólise no organismo, fazendo com que as hemoglobinas sejam liberadas no plasma do animal.

Porém, não deixam de ser doenças distintas, que não dependem uma da outra, e exigem tratamento próprio. A infecção é causada pelo desenvolvimento e multiplicação de babesias e anaplasmas nas células, os sinais clínicos mais comuns são; febre, anemia, coloração amarelada de pele e mucosas, urina avermelhada, redução ou paralização da ruminação, anorexia e prostração.

O principal transmissor dessas enfermidades aos bovinos é o carrapato Boophilus, porém, a transmissão também pode ocorrer através da picada de insetos como moscas e mosquitos. Em nosso país há três epidemiologias distintas em relação ao carrapato e à TPB.

A primeira é denominada situação livre, o vetor não sobrevive por mais de uma geração, todos os animais são sensíveis, pois não desenvolvem imunidade contra os agentes etiológicos

A segunda é classificada como situação de instabilidade enzoótica, onde o clima impede a presença do carrapato ao longo do ano. O vetor está presente apenas em algumas épocas do ano, e isto não permite que todos os animais tenham contato com o agente etiológico. Ou seja, é possível que um bezerro tenha nascido e só tenha contato com o agente quando adulto, desta maneira não terá desenvolvido de imunidade ativa. Ocorrem surtos de TPB, principalmente nos animais que ainda não tinham entrado em contato com o agente, sendo a mortalidade é elevada.

A terceira situação é classificada como de estabilidade enzoótica, o carrapato esta presente ao longo do ano, podendo ficar ausente por períodos curtos (máximo de 3 meses). Os bezerros entram em contato com o agente enquanto ainda são jovens e desenvolvem imunidade ativa. Desta forma, quando entrarem em contato novamente com o agente etiológico já estarão protegidos.

Para evitar que a doença se alastre e tratar é necessário o tratamento do animal, através da utilização de fármacos eficientes, além de oferecer o tratamento de suporte aos animais que inclui, quando necessário, fluidoterapia, transfusão de sangue e utilização de anti-inflamatórios. No campo, na maioria das vezes, não se faz o diagnóstico laboratorial, portanto o tratamento instituído abrange a babesiose e a anaplasmose.

Os medicamentos utilizados para o tratamento das babesioses são os derivados das diamidinas (diminazeno - na dose de 3,5 mg/Kg) e os derivados das carbanilidas (dipropionato de imidocarb – na dose de 1,2 mg/Kg). Para o tratamento da anaplasmose o dipropionato de imidocarb também é indicado (na dose de 3 mg/Kg), além das tetraciclinas (oxitetraciclina – na dose de 20 mg/Kg). Os derivados das carbanilidas também são capazes de agir sobre todas as espécies de Babesia spp.

A Merial, líder mundial em saúde animal, disponibiliza no mercado importantes fármacos como, Vivatet LA, Vivaseg LA + Terraflan e Tetradur® LA-300 Injetável. que auxiliam no controle da enfermidade, ação fundamental para minimizar os prejuízos.

Merial é uma empresa líder mundial em saúde animal voltada à inovação, fornecendo extensa gama de produtos para melhorar a saúde e o bem estar de uma grande variedade de espécies animais. A Merial emprega 6500 funcionários com atividades em mais de 150 países em todo o mundo e mais de 2 bilhões de euros em vendas em 2014.

. Por: Roulber Silva, gerente técnico de ruminantes da Merial Saúde Animal.

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