Dia Mundial do Vitiligo: Dermatologista explica doença

O Dia Mundial do Combate ao Vitiligo é comemorado no dia 25 de junho.

Pouco conhecida até o astro pop Michael Jackson revelar sofrer da doença, o vitiligo atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e três milhões no Brasil, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

A doença é caracterizada pela despigmentação da pele causada pela ausência de melanócitos (células que produzem o pigmento) especialmente em áreas como o rosto, ao redor da boca e olhos, pescoço, cotovelos, joelhos, pés e mãos. “Inicia-se como manchas mais claras que a cor normal da pele que rapidamente se tornam totalmente despigmentadas (brancas). São tipicamente arredondadas, aumentam lentamente de tamanho, se distribuem frequentemente de maneira simétrica e tem uma predileção pelas extremidades e áreas da boca, olhos, pés, mãos, etc.”, explica o dermatologista, João Paulo Niemeyer, coordenador do departamento Fotobiologia da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro.

As manchas causadas pelo vitiligo não doem, não coçam e, não incomodam o paciente fisicamente, mas psicologicamente, a doença, pode ter impacto. Não se sabe a causa do mal, porém existem várias teorias para explicar o vitiligo.

O dermatologista adverte que o tratamento nem sempre tem bons resultados em todos os pacientes e ressalta a importância de procurar um tratamento assim que diagnosticado. “É uma doença ainda não totalmente entendida, provavelmente multifatorial. Porém, situações de estresse emocional podem funcionar como gatilho, iniciando a doença, ou piorando as lesões já existentes. Como se trata de uma doença crônica, quanto mais cedo for instituído o tratamento, melhores são os resultados”, orienta o João Paulo.

Manter uma dieta equilibrada e rica em antioxidante, evitar excesso de sol também pode ajudar no tratamento. “Sabe-se hoje que o uso de antioxidantes pode ajudar no tratamento da doença, portanto, dietas ricas em substâncias antioxidantes (vitaminas, por exemplo) podem ser benéficas. O sol também pode provocar a piora da doença já existente, pois a pele com vitiligo tem menor proteção aos raios solares”, conclui.

No Brasil a modelo Luiza Brunet e o cantor Gian da dupla com Giovane revelaram ter a doença. No mundo da moda a modelo canadense Chantelle Brown-Young, ou melhor, Winnie Harlow conquistou destaque e prova que a autoaceitação é fundamental contra o preconceito.