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26/06/2015 - 09:04

Os progressos do BIM no Brasil e no mundo

As desculpas encontradas para a adoção da tecnologia BIM (Building Information Modeling) no Brasil perpassam da falta de investimentos necessários por parte do mercado e pela espera de parceiros e concorrentes se adiantarem para tomarem uma inciativa. Mas, é chegada a hora de olhar o outro lado: os benefícios que a adoção do BIM pode trazer para o negócio.

Muitas pesquisas já foram feitas mostrando o quanto o setor da construção está se beneficiando do processo. Os primeiros relatórios do mercado americano do Smart Market Report da McGraw Hill, feito em 2007, apontaram uma redução de até 40% das alterações em projetos e 80% de redução de tempo para estimativas de custo com até 97% de precisão. Além disso, o documento aponta uma economia acima de 10% pelo valor de contrato pela descoberta de interferências e mais de 7% do tempo de redução de projeto. Já o relatório da mesma instituição realizado em 2014 fez uma pesquisa nos cinco continentes sobre o uso do BIM e três quartos dos construtores pesquisados reportam um ROI positivo com o uso da tecnologia.

Em 2013, a PINI realizou uma pesquisa sobre a utilização do BIM no Brasil apontando que entre os 588 entrevistados mais de 90% pretendiam utilizar a tecnologia nos próximos cinco anos. Desses entrevistados, cerca de 54% eram engenheiros e 45% arquitetos. Na época da pesquisa, 40% dos entrevistados já utilizavam a tecnologia e 60% ainda não a utilizavam. Mais de 80% usava a tecnologia para projetos, seguido de 60% que usava para extração de quantitativos e cerca de 50% a usavam para compatibilização de projetos.

Analisando outros países que já adotaram o BIM e estão em estágios avançados ou estão em fase de adoção com medidas governamentais impulsionando a introdução da tecnologia, vemos situações bem diferentes. No Reino Unido, o governo criou uma lei em 2011 na qual todos os projetos para o governo a partir de 2016 só serão aceitos em BIM no nivel 2. Isso impulsionou o mercado de tal forma que houve um aumento nas atividades em BIM em 37% no país.

Na Austrália, em contrapartida, existe um grande número de profissionais considerados “early adopters”, ou seja, que decidiram seguir o caminho do BIM e implantá-lo em seus escritórios sem serem solicitados para fazê-lo. Essa motivação os levou a uma grande habilidade na modelagem de projetos em BIM. O caminho da Austrália em que os profissionais adotaram o BIM por impulso próprio foi diferente do Reino Unido, que teve o governo como propulsor da tecnologia e dos Estados Unidos, que foi impulsionado pelos fabricantes de software.

O desafio de todos os profissionais do setor - sejam engenheiros, arquitetos projetistas ou construtores - é trabalhar de forma colaborativa e transformar seus processos de projeto para se adequar ao BIM. Portanto, o desafio está lançado e, como vemos, ele não tem como ser feito às pressas ou “quando lhe pedirem um projeto em BIM”, pois uma mudança de processo e de ferramenta não se faz de uma semana para outra ou só com um curso novo, haja visto o exemplo do Reino Unido, que estipulou cinco anos para o mercado se adaptar para ser seu fornecedor.

Na era CAD, a transição foi mais impactante ainda, pois a tecnologia estava muito distante dos profissionais, resultando em uma grande transformação na substituição de ferramentas de desenho já consolidadas entre os profissionais para uma única máquina. Hoje, porém, a tecnologia esta na palma das mãos e em todos os lugares. Somos atropelados por ela a todo o momento, por sua constante renovação. Então não podemos esperar, pois quem não se adaptar não vai sobreviver neste mercado tão competitivo.

. Por: Claudia Campos , arquiteta especialista na tecnologia BIM e sócia-diretora do ConstruBIM, empresa especializada na consultoria de projetos em BIM do Grupo Construtivo —O Construtivo [Construtivo.com], é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, desde 1999 atende os maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Fundado em 1999 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional.

Com sede em São Paulo e filial em Porto Alegre, o Construtivo tem como carro chefe a solução Colaborativo, ofertada na modalidade de serviço (SaaS) e atendendo mais de 25 mil usuários com rede de plena redundância e com padrões de segurança internacionais a partir de seus servidores em Data Center Nacional padrão Tier III.

As soluções do Construtivo não se limitam apenas àquelas que compõem o Colaborativo. Elas englobam o serviço e o conhecimento de sua equipe como parte do processo. Aproveitando o know-how de mais de 20 anos de sua equipe em CAD e o pioneirismo em BIM, o Construtivo estabeleceu um núcleo de serviços de CAD / BIM.

Com cerca de 100 clientes ativos, entre eles CSN, Voith, CPFL, ABB, Planserv Vetec, Cyrela Sul, Direcional, Makro, UHE Belo Monte, Norte Energia, Rumo e Raízen, o Construtivo.com se tornou uma das principais empresas voltadas para o gerenciamento de processos com especialização em engenharia civil do país, atendendo áreas como energia, transporte, administração pública, manutenção, entre outras. [www.construtivo.com].

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