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01/07/2015 - 09:04

Ricardo Ventura abre a individual Atlas no Paço Imperial

O Paço Imperial inaugura no dia 02 de julho (quinta-feira), às 18h30, a exposição Atlas, de Ricardo Ventura. A mostra, sob a curadoria de Marcelo Campos, apresenta 19 trabalhos escultóricos e uma instalação, todos realizados nos últimos 15 anos de produção do artista.

As obras tridimensionais de Ventura transitam entre a rigidez da madeira e a fragilidade do vidro. Grandes trabalhos de madeira ocupam o espaço expositivo, ânforas de cobre e vidro espelhado ficam dispostas nas paredes ao lado de trabalhos de formas longilíneas e orgânicas que se estendem até o chão. Inspirado em volutas barrocas, coruchéus, geometrismos islâmicos e outros ornamentos, o artista tem a arquitetura como referência formal de seu trabalho.

“A arquitetura influenciou de maneira marcante meu pensamento escultórico. A pesquisa de técnicas tradicionais de construção me levou a estudar a utilização da madeira e do barro. A necessidade de utilizar ferramentas para manipular o barro com maior precisão me levou a confeccionar instrumentos específicos, ou seja, formas que se adequassem ao meu corpo, formas que são sua extensão e prolongamento. Com o decorrer do tempo estas ferramentas perderam gradativamente sua funcionalidade, tornando-se o próprio trabalho: utensílios que amplificam ressonâncias, ânforas maciças que contém lembranças do corpo, objetos impregnados de impulsos religiosos e eróticos, formas que remetem a fragmentos existentes no mundo, fragmentos multiculturais justapostos”, declara o artista.

Ventura em parte de suas esculturas, lida com possibilidades análogas de desproporcionar, retesar, amolecer fios, globos, ponteiras, ora de madeira, ora de metal, ora de vidro. Assim, pesquisa as extensões das matérias, até configurar limites, contornos que se tornam, desenhos no mundo, como a divisão dos continentes, a delimitação das ilhas.

“Nesta exposição, temos uma seleção de trabalhos de Ventura em distintas materialidades, além de obras inéditas. Mais ligado às possibilidades da matéria e ao uso das ferramentas do que, propriamente, a construções narrativas, Ricardo Ventura é um artista nucleado nas atividades do ateliê. Sim, mais do que afeito a condições conceituais em rastilhos rápidos, deixando o truque sobrevir ao trabalho, Ventura se dedica em tempo alongado ao que pode ser retirado do contato entre materiais, técnicas, ferramentas. Porém, como resultado, temos uma construção inquietante que se acumula ou se individualiza sobre as mesas, escorre pelas paredes, pende dos tetos, alcança, agora, a mata. Assim, o trabalho de Ventura mostra-se próximo ao que interessa às pesquisas da performance, da arte que busca na natureza seus materiais e, com isso, podemos, abrir aspas, a partir da imagem de Atlas, para pronunciar dois nomes próprios, singulares, iniciados em maiúscula: ‘Corpo’ e ‘Terra’”, explica Marcelo Campos.

Entre tradições variadas, a forma e o conteúdo, o gráfico e o escultórico, a arte e a arquitetura, o ornamento e a forma orgânica, a seriação industrial e familiar, o artista que foi aluno de Celeida Tostes no Parque Lage, Chapéu Mangueira e UFRJ, investiga questões que qualificam a contemporaneidade de sua obra.

. Ricardo Ventura | Atlas. Exposição: 03 de julho a 13 de setembro de 2015, de terça a domingo, das 12 às 18h. Grátis | Livre para todos os públicos, Praça XV de Novembro, 48, Centro - Rio de Janeiro (RJ). Curadoria: Marcelo Campos. [www.pacoimperial.com.br ]

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