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04/07/2015 - 08:14

Acordo Brasil-EUA abre caminho para fim do visto, diz AmCham Rio

Em Washington, presidente da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, Rafael Motta, destaca adesão brasileira ao Global Entry, programa que facilita entrada a viajantes frequentes.

Rio de Janeiro— O encontro histórico realizado no dia 30 de junho (terça-feira),na Casa Branca entre o presidente norte-americano Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff surpreendeu analistas e empresários ao resultar na formalização de um acordo para a efetivação do Global Entry já a partir de 2016. O anúncio oficial da adesão brasileira ao programa de facilitação de entrada a viajantes frequentes é o primeiro passo para o Visa Waiver, programa americano de isenção de vistos.

“O ingresso do Brasil no Global Entry é um pleito antigo da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio) e de entidades parceiras, e um passo importante na relação bilateral Brasil-EUA, uma vez que impulsionará o fluxo comercial entre os países”, disse Rafael Motta, presidente da AmCham Rio, diretamente da capital americana. A eliminação de vistos de negócios e de turismo está na agenda da coalização Brazil-U.S. Visa Free Coalition, que defende a inclusão do Brasil não apenas no Global Entry, como também no Visa Waiver.

A coalizão, da qual a AmCham Rio faz parte, foi anunciada em janeiro pelo Brazil-U.S. Business Council (BUSBC), organização empresarial administrada pela U.S. Chamber of Commerce, em Washington. “Esse avanço é uma sinalização extremamente positiva da intenção do governo em inserir o Brasil em uma cadeia global de investimentos”, afirmou Motta.

O crescente fluxo de empresários entre Brasil e Estados Unidos e o interesse brasileiro em ampliar os investimentos estrangeiros na economia doméstica foram os principais pontos que impulsionaram o acordo sobre o programa. “Hoje, a cada dólar que investimos nos Estados Unidos, três dólares são investidos no Brasil, seguindo o caminho inverso. Ainda há uma desproporção, mas estamos caminhando para o crescimento”, explicou Motta.

Em 2014, o comércio bilateral entre os dois países superou US$ 108 bilhões e o volume de investimentos americanos no país chegou a US$ 116 bilhões no mesmo período, cifras bastante significativas. Além disso, o índice médio de internacionalização das multinacionais brasileiras cresceu 22,9% em 2013, tendo a América do Norte como um dos principais destinos, representando 66,7% das operações fora do Brasil, segundo dados da Fundação Dom Cabral levantados em 2014.

“A agenda do encontro entre os governos foi pragmática e resultou em ações concretas. Agora, depende da boa vontade e do trabalho conjunto entre governo e o setor privado para tirar os acordos do papel. Esse é o nosso desafio”, disse Motta.

De acordo com o executivo, os próximos passos da reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, considerando a agenda imediata, inclui o lançamento do Plano Nacional de Exportações, que promete trazer simplificação de processos e a unificação de normas regulatórias, criando as bases para o crescimento da pauta comercial bilateral. Outras demandas também são esperadas para o médio e longo prazos, como a resolução da bitributação.

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