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07/07/2015 - 09:28

Governo recebe pauta da Marcha das Margaridas Mulheres

Representantes do movimento das trabalhadoras rurais se reuniram com ministros, defenderam mais autonomia e criticaram violência contra as mulheres.

Os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Eleonora Menicucci (Políticas para Mulheres) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) receberam no dia 03 de julho(sexta-feira), a pauta da Marcha das Margaridas 2015. Durante a entrega, o grupo defendeu uma resposta uníssona contra a onda conservadora e o machismo e a busca de mais autonomia para as mulheres do campo, da floresta e das águas.

Neste ano, a Marcha das Margaridas será realizada nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, com o lema Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade. A expectativa é reunir mais de 100 mil trabalhadoras rurais.

Rossetto criticou o machismo e a onda conservadora que desafiam a democracia no país e se disse preocupado com iniciativas “reacionárias, machistas, agressivas e odiosas. De violência contra as mulheres, inaceitável em todos os níveis, como a agora praticada contra a presidenta Dilma. Esses adesivos identificados em carros, tão desrespeitosos, são uma agressão não só à presidenta Dilma, mas a todas as mulheres”.

Autonomia —Sobre a pauta da Marcha, Rossetto disse ter escutado “as mulheres reafirmando a luta pelos seus direitos, por respeito e igualdade. O Brasil que queremos construir é esse, que trabalha para a construção de uma nação de iguais em direitos, jovens, mulheres, negros, brancos, todos nós”.

Tereza Campello destacou dois temas da pauta da Marcha que norteiam a agenda do Ministério do Desenvolvimento Social: “São duas pautas importantes que vocês colocam quando dizem que as margaridas seguem em marcha. Uma é a questão da segurança e alimentar e nutricional e a outra é a redução das desigualdades”.

Já Eleonora Menicucci reforçou a união dos movimentos no combate a agressão à presidenta, “as manifestações que as mulheres fizeram foram de uma magnitude tão grande, que todos os movimentos que aparentemente estavam parados, ressurgiram com uma força que há bastante tempo eu não via. Recebemos cartas de movimentos internacionais, as parlamentares se manifestaram, e mostramos força: mexeu com ela [Dilma], mexeu conosco”.

Próximos passos —A coordenadora da Marcha e secretária de mulheres da Contag, Alessandra Lunas, lembrou que há um ano as mulheres estão fazendo marchas municipais, estaduais e diálogos nas comunidades e com governos dos estados para dar voz às principais reivindicações das mulheres das águas, do campo e da floresta.

Um dos temas prioritários, segundo Alessandra, é o enfrentamento à violência. “Temos ouvido essa reivindicação de norte a sul do país. Essa é, infelizmente, a agenda mais forte que a Marcha das Margaridas precisa colocar nas ruas”.

A Marcha das Margaridas é uma homenagem à trabalhadora rural paraibana, Margarida Maria Alves (1943-1983), que durante 12 anos, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida incentivava a luta na justiça pela garantia de direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo. | PB.

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