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08/07/2015 - 08:35

Aluno PUC-Rio busca ajuda financeira para estudar nos EUA


Após passar para três universidades americanas, estudando inglês por conta própria.

Em 2011, Luiz Fernando Leal, aos 17 anos, decidiu fazer o vestibular americano, mas ele não sabia NADA de inglês. Seus pais —um professor de educação física da rede estadual de ensino e a mãe, recepcionista de um laboratório de análises clínicas—, só puderam pagar seis meses de curso e, daí em diante, durante dois anos, ele estudou sozinho. Estudava no ônibus, no intervalo das aulas, no almoço, acordava às 5 horas para ouvir a rádio da CNN e treinar a audição, via filmes e séries sem legenda, devorou uma gramática, pegou um livro de apoio emprestado e fez um clube de amigos para conversação. Ou seja: investiu muito nisso ao longo de dois anos para estar pronto para as provas em novembro de 2013.

Redação, gramática, teste Toefl, matemática básica e avançada, física e espanhol foram as provas que Luiz Fernando teve que fazer, todas em inglês, claro. A avaliação norte-americana é um processo holístico, eles querem saber como é a vida do aluno com sua família, se participa de projetos sociais, se tem algum projeto científico, se tem o perfil certo para estudar com eles etc. Não basta a nota, é preciso ir muito além disso.

Em janeiro de 2014, Luiz Fernando recebeu a notícia que passou para três universidades e, na que escolheu para estudar (Florida Institute of Technology), ganhou uma bolsa de R$ 48 mil para pagar a anuidade.

Ele ficou radiante, mas aí começou uma nova etapa em sua vida. Luiz Fernando descobriu que, para conseguir a vaga, teria que confirmar que poderia pagar a anuidade integral de R$ 110 mil e também se manter por lá, gastando R$ 3 mil por mês com moradia, alimentação e plano de saúde. No total, com R$ 90 mil por ano, ele conseguiria a vaga nos EUA. Mas como pagar isso se seus pais não tinham como ajudá-lo?

Ele começou uma campanha de crowdfunding e arrecadou R$ 30 mil em dois meses. Em contato com a universidade, chegou a pensar que poderia abater os custos de moradia trabalhando como “zelador” do alojamento, mas isso logo se mostrou infundado. Desesperado, sabia que teria até julho de 2015 para conseguir todo o dinheiro e garantir a vaga.

O tempo foi passando e Luiz Fernando, que também fez vestibular por aqui, passou para a PUC e a UFRJ e tinha que definir o que fazer. Entrou como bolsista Prouni na PUC (estuda Engenharia de Computação no CTC/PUC-Rio) e não podia mais se dedicar tanto ao crowdfunding por causa da carga de estudos no Brasil. Perder a bolsa da PUC estava fora de questão.

Agora, a poucas semanas do prazo, ele tenta arrecadar, ao menos, os R$ 60 mil que precisa neste primeiro momento. Conseguindo, ele já pode começar as aulas em setembro. O dia 20 de julho é a data limite para contatar a universidade, dar entrada no visto, comprar passagem e garantir a vaga que ele conseguiu depois de tanto esforço!./Maria Estrella |[email protected].

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