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09/07/2015 - 08:45

BRICS querem maior representatividade para países em desenvolvimento e conclusão da Rodada Doha


Brasil, Índia, China e África do Sul estão unidos em busca de maior representatividade dos países em desenvolvimento em instituições financeiras como o FMI e o Banco Mundial, afirmou a presidenta Dilma Rousseff no dia 08 de julho (quarta-feira), em entrevista à agência de notícias russa Itar-Tass.

“Defendemos o fortalecimento do sistema multilateral de comércio, com primazia da OMC [Organização Mundial do Comércio] e dos esforços de conclusão da Rodada Doha, bem como a expansão e diversificação da participação dos Brics no comércio global. Temos trabalhado juntos para reforçar o G20 como o principal foro de cooperação econômica internacional, com vistas a um crescimento e desenvolvimento que sejam sustentáveis, equilibrados e inclusivos”, disse ela.

A presidenta acrescentou que, atualmente, a cooperação intergovernamental entre as agências setoriais dos países do Brics se estende por cerca de 30 áreas, como agricultura, saúde, ciência, tecnologia e inovação, trabalho, e, graças aos esforços da presidência russa, iniciada em abril deste ano, novas áreas serão agregadas.

Dilma disse, ainda, que o BRICS é um dos eixos prioritários da política externa brasileira. “É um símbolo e um agente das transformações do sistema internacional – rumo a um sistema multipolar – desde sua criação, em 2009, em Ekaterimburgo.”

Com sua ampla representatividade, especialmente após a incorporação da África do Sul, em 2011, abrangendo países dos três continentes do mundo em desenvolvimento e com a Rússia, economia emergente, o Brics ampliou sua coordenação no segmento econômico-financeiro no G-20 e nas discussões sobre as reformas do Banco Mundial e do FMI.

Para a presidenta, o BRICS é mais do que uma iniciativa intergovernamental. “Buscamos também a aproximação das sociedades civis, por meio do Foro Acadêmico e o Foro Empresarial. Com novas iniciativas como o encontro de jovens e das sociedades civis, fortalecem-se laços que transcendem as iniciativas dos governos”.

Ela acrescentou que, na área política, o Brasil tem mantido coordenação com seus parceiros do bloco, “para fortalecer o multilateralismo e revigorar o Direito Internacional, com papel central da ONU e de seu Conselho de Segurança, que precisam ser reformados de forma a adaptar-se ao século XXI.”

Presidenta Dilma concede entrevista à Itar-Tass: Parcerias com a Rússia —Sobre a reunião com o presidente Putin, Dilma comentou que o Brasil oferece grandes oportunidades para investidores russos na nova fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL), lançado no mês passado. “Acredito que empresas russas possam prospectar oportunidades no setor de ferrovias e portos, setores em que são bastante competitivas. Além disso, queremos buscar novas áreas de cooperação em ciência e tecnologia, defesa, energia e educação”.

Acrescentou ter sido muito bem recebida pelo presidente Vladimir Putin na visita que fez a Moscou, em 2012. “E foi uma grande satisfação recebê-lo no Brasil, em visita bilateral no ano passado, bem como na final da Copa do Mundo de futebol”, acrescentou.

Naquela ocasião, Dilma felicitou Putin pela organização exitosa dos Jogos Olímpicos de Sochi e celebrou o fato de que Brasil e Rússia – dois países dos Brics– estejam sucedendo um ao outro em eventos desse porte. “Em nossa reunião do ano passado, aliás, decidimos compartilhar essas experiências, para que os Jogos de 2016 e a Copa de 2018 sejam bem-sucedidos.”

Brasil e Rússia, completou, já têm um diálogo consolidado na parceria estratégica entre os dois países e devem manter constante diálogo sobre os principais assuntos da agenda internacional, como o fortalecimento – e atualização – do papel das Nações Unidas e a reforma do FMI, defendeu a presidenta brasileira.

“Nosso principal objetivo, no momento, é traduzir a parceria estratégica em resultados concretos, especialmente no campo econômico-comercial. Como conversamos em nossa reunião no ano passado, pretendemos diversificar o comércio bilateral, de forma a atingir a meta de US$ 10 bilhões no intercâmbio, a partir dos US$ 6,8 bilhões que tivemos em 2014”, destacou.|PB.

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