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09/07/2015 - 09:16

Reposição de peças é a saída para crise do setor automotivo

A reposição automotiva ou aftermarketing é um dos setores que pode vir a ganhar fôlego durante a atual crise econômica que se descortina e assola o país, pois que, enquanto as concessionárias tentam criar estratégias para combater os pátios lotados, montadoras recorrem a medidas como as férias coletivas e o lay off, a indústria de reposição se mantém estável, com indícios de crescimento.

O mercado de reposição brasileiro surgiu em razão das necessidades geradas pela indústria automobilística, há pouco mais de 50 anos. Atualmente, movimenta em torno de R$ 90 bilhões por ano, sendo que até o fim dos anos 90, a reposição chegava a 20% do faturamento das fábricas de autopeças, tendo havido uma queda nos anos 2000 e com tendência a novo crescimento.

A inegável importância do setor é reafirmada pela realização de eventos de ingerência internacional que acontecem no país, a exemplo da Automec - Feira Internacional de Autopeças- já realizada neste ano, de 07 a 11 de abril, e que contou com um público de 680.830 mil visitantes; bem como o Seminário de Reposição Automotiva, a realizar-se em agosto deste ano; dentre outros, o que nos permite uma ampla noção da importância dessa fatia mercadológica ao setor automotivo e à economia como um todo.

A “indústria do carro zero”, cultuada no Brasil nos últimos anos, embora traga benefícios ao setor, tais como o aumento da frota, a mantém sem avanços consideráveis. O que surge, portanto, como uma oportunidade durante a retração econômica que se enfrenta, podendo a reposição automotiva, vir a compensar a queda das compras realizadas pelas montadoras, fazendo avançar o setor, como reforça Paulo Butori, presidente do Sindipeças: “O aftermarketing vai revigorar sua força com a expansão da frota brasileira, que hoje atinge 45 milhões de veículos. Se não vamos comprar carros novos, vamos consertar o que temos, e isso aquece o segmento”.

Assim, investe-se em manutenção preventiva da frota circulante, com a criação de medidas como o programa Carro%/Moto 100%/ Caminhão 100%, que já conta com aplicativo para smartphones do Carro 100%, para que os donos de automóveis acompanhem os itens de revisão, para que façam preventivamente um check up dos seus carros, aumentando a “vida útil” saudável dos mesmos e, consequentemente, aquecendo o setor.

Importante destacar que a informação ao consumidor surge como elemento fundamental ao fomento deste mercado, podendo citar a imensa procura por itens de segurança a serem adaptados aos automóveis, após a divulgação da importância destes ao condutor e passageiros, gerando, pois, maior demanda à reposição automotiva.

Frise-se ainda que o investimento nos setores de pós-venda e aftermarketing, surgem como a “menina dos olhos” das concessionárias, visando à fidelização do cliente, demonstrando a importância do setor e o seu papel essencial ao mercado automotivo como um todo, constituindo-se em mais oportunidades ao segmento.

O avanço na produção de peças de reposição, aumentando o mercado e também o faturamento deste, seja para execução de reparos ou manutenção preventiva, proporciona ainda a redução do tempo médio dos veículos nas oficinas, elevando a satisfação do mercado consumidor, além de reduzir demandas judiciais, atraindo pontos positivos ao negócio.

Observa-se, portanto, que apesar dos riscos inerentes à retração econômica que assola o país, é sempre importante observar o mercado como um todo, buscando oportunidades para estabilizar os impactos ou até mesmo avançar, tal como o mercado de reposição automotiva, ora tratado, que se mostra capaz de se alavancar, trazendo benefícios ao setor, além de fidelizar o seu mercado consumidor, foco fundamental para a prosperidade dos negócios e meio de enfrentar a crise.

. Por: Fernanda Salum Nascimento, advogada associada do escritório Lapa Góes e Góes, graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador e pós-graduanda em Direito Privado Direito Público pelo Centro de Estudos Jurídicos de Salvador (CEJUS).

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