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14/07/2015 - 07:56

Competitividade na indústria do aço


É destaque durante conferência sobre a China no 26º Congresso Brasileiro do Aço. Economista chinesa fala sobre as ameaças e oportunidades do país.

Diante do cenário político-econômico nacional e da contínua perda de competitividade que atinge a indústria brasileira do aço, ressaltada especialmente pela capacidade mundial excedente, a China não poderia ficar de fora dos debates apresentados durante o 26º Congresso Brasileiro do Aço, que acontece até o dia 14 de julho(terça-feira), no Transamérica Expocenter, em São Paulo.

Em conferência especial coordenada pelo presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Benjamin M. Baptista Filho, a economista chinesa Haiyan Wang, sócia do Instituto China-Índia e professora adjunta de estratégia na INSEAD, abordou as ameaças e oportunidades deste País.

Recém-chegada de uma viagem de quatro semanas à China, Haiyan Wang apresentou um painel completo sobre a situação atual da economia do país asiático, a partir de números, estatísticas, pesquisas e de casos de empresas de setores como tecnologia, imobiliário e varejo. Apesar de registrar que, até 2020, a economia chinesa deve chegar a 16 trilhões de dólares, com o incremento de U$S 5 trilhões nos próximos cinco anos, alcançando a renda per capita brasileira, Wang acredita que a economia do país está mais desequilibrada. Ela citou como desafios a serem vencidos o envelhecimento da população e a desaceleração do mercado imobiliário. No entanto, a economista destacou que o crescimento do PIB, próximo de 6% ao ano, mantém o País como uma das maiores economias do mundo, gerando milhões de empregos todos os anos e possibilitando investimentos em áreas como tecnologia e meio ambiente na China e em outros países. Sobre o excesso de capacidade na produção do aço, Wang destacou os conflitos existentes entre o governo central do país, que quer reduzir em 80 milhões a produção até 2017, e os administradores das províncias que temem o aumento do desemprego e o aumento da insatisfação da população. "Entre os desafios enfrentados pela indústria do aço chinesa estão a necessidade da redução do excesso de capacidade, a busca por uma maior economia de energia e a proteção do meio ambiente", lembrou.

O crescimento das exportações da China e o aumento da influência do país asiático na América Latina foi debatido pelo presidente da Alacero, Martin Berardi, que mostrou preocupação com a substituição do Brasil pela China como importante exportador de aço para a Argentina. Segundo Berardi, as exportações chinesas para a América Latina cresceram 69% em três anos, gerando uma perda de cerca de 4 milhões de empregos diretos e indiretos nos países da região. O Presidente da Alacero destacou que a crescente presença de produtos da China no continente contribui também para afetar os países da região que, segundo ele, ainda não se defendem como fazem os países da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México), responsáveis por duas vezes mais ações por práticas ilegais em relação aos sul-americanos. Berardi apresentou, ainda números que mostram o crescimento dos investimentos chineses e o reconhecimento, pelos países mais importantes da região, como Brasil, Argentina e Colômbia, da China como uma economia de mercado. As exportações de aço da China para a América Latina, com destaque para Brasil, México e Chile, cresceram 28 vezes entre 2002 e 2015, representando 9 milhões de toneladas por ano.

.[26º Congresso Brasileiro do Aço & Expoaço 2015, de 12 a 14 de julho de 2015, no Transamérica Expo Center, Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues 387 - Santo Amaro - São Paulo. Organização: Instituto Aço Brasil | Site: www.acobrasil.org.br/congresso2015].

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