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18/07/2015 - 09:47

Mapeamento Isocinético:  uma revolução na reabilitação de atletas


Nos últimos dez anos, um aliado poderoso na reabilitação de atletas tem se destacado na ortopedia como a grande revolução na medicina de ponta. É  o mapeamento  isocinético,  feito através de um aparelho que avalia o padrão funcional da força e o equilíbrio dos músculos. Segundo o cirurgião ortopedista Daniel Ramallo, do Instituto Nacional de Ortopedia e Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, no mapeamento isocinético  um dinamômetro computadorizado permite a avaliação do padrão de força muscular em movimentos velocidade constante, sendo a resistência adaptada instantaneamente à performance do atleta,ou seja, ele executa um movimento no máximo de potência que consegue, contra a resistência do aparelho, que mede o trabalho e a força dos grupos musculares.

De acordo com Daniel Ramallo, que também é fisioterapeuta com especialização em biomecânica (dupla formação, o que é fundamental para o tratamento de vanguarda aos atletas) a avaliação permite mapear áreas onde há risco de lesão por desequilíbrio. “Até 10% de diferença entre a musculatura flexora e extensora, em geral, é normal. Acima disso, é preocupante. O exame ajuda a diminuir riscos e melhorar a performance", explica o especialista  completando que geralmente a avaliação é feita antes e no meio da temporada.

"Com essa máquina poderemos mapear toda musculatura dos atletas e identificar qual grupamento deve ser trabalhado e como deve ser esse trabalho", enfatiza Daniel Ramallo que aplica o mapeamento em todos os seus pacientes como o lutador de MMA,  Luiz Besouro, operado há quatro meses e já reestabelecido e de volta aos treinamentos intensivos no octógono.

O caso do atleta é surpreendente. Operado por Ramallo em julho do ano passado, o lutador foi submetido a uma reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior e a uma condroplastia do joelho sendo que no final foi realizada  a reposição do líquido sinovial com viscoseal.  De uma forma geral, atletas submetidos a essa cirurgia demoram em torno de 5 a 6 meses para retornar a prática desportiva com intensidade de treinamento, entretanto graças ao mapeamento isocinético,  com uma recuperação guiada, conseguimos intensidade de treinamento especifico já com três meses.

“Hoje, Besouro está treinando com intensidade, ou seja, aceleramos sua recuperação permitindo um retorno precoce aos treinamentos e mais ainda, ele retornou com um rendimento muito maior uma vez que o trabalho foi baseado no aprimoramento das suas principais deficiências” diz o médico explicando que o mapeamento biomecânico permite que através das informações colhidas (força muscular dos grupamentos da coxa e perna)  as principais deficiências do paciente sejam avaliadas. “Isso possibilita um pré-operatório direcionado e mais ainda, um pós-operatório individualizado para as necessidades do paciente. Isso possibilita uma recuperação acelerada, retorno precoce ao esporte, e melhora expressiva do desempenho”.

Ainda segundo as informações do ortopedista o mapeamento tem três funções básicas: fornecer informações sobre o atleta e permitir a comparação em todas a fases da recuperação orientando treinamento com maior grau de especificidade, observar as principais deficiências, possibilitando um trabalho preventivo de lesões futuras e fazer com que ele retorne precocemente ao esporte, com maior performance física e rendimento desportivo.

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