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18/07/2015 - 09:47

Em noite de recorde e polêmica, Brasil leva ouro, prata e bronze na natação

Toronto—A terceira noite das finais da natação nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 foi de recorde, polêmicas e pódio para o Brasil. O jovem Brandonn Almeida, que recebe o benefício do programa Bolsa Atleta, conquistou a medalha de ouro nos 400m medley, mesma prova em que Joanna Maranhão ficou com o bronze no feminino. A equipe nacional do revezamento 4x200m livre ainda conquistou a prata entre as mulheres.

Nos 400m medley, o jovem Brandonn Almeida surpreendeu ao conquistar a medalha de ouro e registrar o recorde mundial júnior da prova, com 4min14s47. O maior medalhista brasileiro em Jogos Pan-Americanos, Thiago Pereira, bateu em primeiro lugar, mas foi desclassificado pelos árbitros. Com a punição, a prata foi para o Canadá, com Luke Reilly (4m16s16), e o bronze para o norte-americano Max Williamson (4m16s91).

“Eu sabia que estava bem, mas não imaginava que iria fazer este tempo. Infelizmente, Thiago Pereira foi desclassificado, pois iríamos fazer uma dobradinha. Em 2011, assisti ele ganhando esta prova e hoje eu gostaria muito de subir ao pódio ao lado dele”, comentou Almeida.

A prova que reúne quatro estilos é a especialidade do jovem. Com o pódio, Brandonn espera se consolidar na categoria adulta. “É a chance de me firmar de verdade. Só tenho a agradecer a todo mundo e ainda tenho a prova de 1.500m para nadar. Agora, estou mais motivado”, disse.

Outro destaque brasileiro foi Joanna Maranhão. Quando a atleta bateu a mão na borda da piscina no Centro Aquático de Toronto, depois da prova dos 400m medley feminino, o tempo que apareceu no telão do ginásio confirmou o que a atleta esperava há muito tempo: nadar abaixo da casa dos 4m40s.

Com o tempo de 4m38s07, Joanna ficou com a medalha de bronze e bateu o recorde brasileiro que persistia há 11 anos. “Nadar abaixo de 4min40s era o que eu mais queria. Foi uma batalha psicológica vencer essa barreira. Eu ficava lembrando que muitas vezes pensava em nunca mais nadar os 400m medley. Agora, os caminhos se abrem mais do que nunca e em busca do recorde sul-americano. O tempo de hoje me coloca melhor posicionada no ranking mundial e me deixa bem mais empolgada com o futuro”, contou a nadadora. A medalha de ouro foi para a norte-americana Caitlin Leverenz ao bater o tempo de 4min35s46. A prata ficou com a canadense Sydney Pickrem (4min38s03).

A última prova da noite foi o revezamento 4x200m livre. Manuella Lyrio foi a primeira a cair na água pelo Brasil e entregou em segundo lugar para Jéssica Cavalheira. Joanna Maranhão conseguiu manter o desempenho da equipe. No fechamento, Larissa Martins bateu na segunda colocação e garantiu a medalha de prata, com o tempo de 7min56s36. A prova foi vencida pelo time dos Estados Unidos, com 7min34s32, e o bronze para o Canadá, com 7min59s36.

Última a cair na piscina para selar o pódio, Larissa, visivelmente emocionada, comemorou muito. “Estou muito feliz hoje. Nada como um dia após o outro. Ontem não foi meu dia, mas virei a página e vim para mostrar que estou treinada. Dei o meu melhor, briguei até o fim pela medalha de ouro. Não saiu, mas quem sabe na próxima competição a gente consegue”, projetou.

Desclassificação—Nos 400m medley, o brasileiro Thiago Pereira bateu em primeiro lugar e por alguns minutos chegou a comemorar a 22ª medalha em Jogos Pan-Americanos, que o igualaria ao cubano Erick Lopez, recordista de todos os tempos. Mas a arbitragem desclassificou o brasileiro com a alegação de que o atleta fez a virada batendo com apenas uma mão na parede da piscina entre os nados peito e crawl.

“É quase impossível bater somente com uma mão. Eu posso ter virado com uma mão em cima e outra embaixo, mas com uma mão não tem jeito. Com o nado as duas mãos já estão na frente. Como eu vou puxar uma mão para trás e bater a outra? A mecânica não deixa”, protestou o brasileiro.| Breno Barros e Pedro Ramos, de Toronto (Canadá).

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