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23/07/2015 - 07:52

Dieta causa mau hálito

Restrições alimentares e longos períodos de jejum podem prejudicar o hálito.

Muitos alimentos são famosos por causar mau hálito. Os mais infames são a cebola e o alho, mas alimentos gordurosos, como queijos, carnes e ovos também podem contribuir para o odor desagradável. Portanto, é comum pensar que uma pessoa em dieta está livre do problema. Porém, a realidade não é bem essa.

A começar, existem diversos tipos de dieta. Algumas permitem apenas um tipo de alimento, e dependendo da escolha, uma possível consequência é o mau hálito. É o caso da dieta rica em lipídeos (alimentos gordurosos), que são responsáveis pela geração de acidose ou cetose, levando a um cheiro desagradável no hálito.

Segundo o Dr. Alênio Calil, vice-presidente da Sobrehali (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose), outro hábito comum de dietas que podem culminar em mau hálito é o jejum prolongado. “A queda de açúcar no sangue, em condições normais, não deve ir além, e por esta razão o organismo começa a queimar triglicerídios depositados (gorduras), com a finalidade de preservar a glicose que já está atingindo concentrações baixas”, comenta o doutor.

O mau hálito surge quando “os triglicerídios (gorduras) começam a ser utilizados para a produção de energia, surgem os ácidos graxos, que durante as trocas gasosas em nível pulmonar, escapam, comprometendo a qualidade do hálito, pois possuem odor desagradável”, explica o especialista.

O mau hálito também pode ser causado pelo uso de remédios para emagrecimento. Os medicamentos produzem alterações na composição da saliva, bem como na sua quantidade. A redução do fluxo salivar facilita o aumento da descamação da mucosa bucal e o acúmulo de bactérias no dorso na língua, formando uma camada amarela esbranquiçada sobre a língua conhecida como saburra lingual (principal causadora de mau hálito).

Para evitar os odores desagradáveis, Dr. Alênio recomenda que a pessoa em dieta evite os seguintes alimentos: carne, queijo, alho, cebola, azeitonas, ovos, alimentos condimentados, maionese, azeite, chocolate, leite, manteiga, creme de leite, salame, presunto, mortadela, repolho, sardinha, alcachofra, couve-flor e brócolis. Também recomenda evitar os medicamentos para emagrecer (se possível) e os jejuns prolongados.

Centro de Excelência no Diagnóstico e Tratamento da Halitose surgiu a partir de um estudo de mais de 20 anos sobre o tema. A Professora Doutora Olinda Tarzia (Faculdade de Odontologia de Bauru-USP) é a consultora científica do CETH. A Dra é uma das maiores especialistas sobre Halitose no Brasil e no mundo. Depois de muitos anos de pesquisa, experiência clínica e inúmeros cursos e palestras ministrados, Dra. Olinda Tarzia escreveu um livro sobre o assunto ("Halitose" - 1a edição em 1992; 2ª edição em 1996) que foi a primeira publicação no mundo sobre o tema. Publicou ainda: "Halitose - Um Desafio que tem Cura" (2003) e a "Cartilha do Bom Hálito - Como Prevenir a Halitose" (2005). Atualmente está desenvolvendo o Protocolo de Atendimento denominado "Atendendo um Paciente com Mau Hálito" (a ser publicado). O CETH tem como objetivo capacitar profissionais de saúde sobre o tema, incentivar inovações tecnológicas no diagnóstico da halitose.

A Sobrehali (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose) tem como missão desenvolver estudos, e estimular pesquisas que apontem a origem do mau hálito, e a melhor forma de combater um problema que repercute na vida social e profissional dos pacientes.

Dr. Alênio Calil Mathias é vice-presidente da Sobrehali (Sociedade Brasileira de Estudos da Halitose) e diretor do CETH (Centro de Excelência no Tratamento da Halitose). Formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, especialista em Prótese Dental pela USP. | www.cethsaude.com.br.

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