“Renovação política e econômica do Mercosul seria de grande importância neste momento de crise econômica internacional”, diz consultor

Embora a economia norte-americana esteja em declínio relativo desde os anos 1990, ainda é a maior e a mais importante do mundo. Praticamente todos os países guardam algum grau de interesse na economia dos Estados Unidos. Desde agosto de 2007, há indicações apontando para o caminho recessivo desta economia. E, por isso, os esforços conjuntos têm de ser muito grandes para que o sistema econômico internacional saia da possível recessão global.

Para o consultor do núcleo de negócios internacionais da Trevisan Consultoria e professor da Trevisan Escola de Negócios, José Alexandre Hage, embora haja ascensão de gigantes econômicos, caso da China, na economia internacional, bem como da reconstrução econômica da Rússia, o impacto da crise dos Estados Unidos tem condições de deixar estragos na atividade de países com menos poder de resistência, caso que se aplica ao Brasil e ao conjunto do Mercosul.

“Neste caso, a renovação política e econômica do Mercosul seria de grande importância como bloco coeso e com condições essenciais para fazer com que Brasil, Argentina e outros possam resistir aos contratempos econômicos internacionais. É fato de que a economia brasileira esteja menos vulnerável do que há dez ou quinze anos. Mesmo assim, um trabalho em bloco poderia resultar em respostas combinadas a um problema que é de ordem geral”, diz Hage.

O consultor ainda comenta que a eleição da nova presidente da Argentina, Cristina Krichner, e o diálogo aberto pelo governo brasileiro a debater as questões regionais são factíveis para se imaginar na renovação do bloco regional.