Organizações dos setores aeroespacial e de defesa enfrentam grande pressão por crescimento

De vendas e redução de custo, afirma KPMG.

Ao mesmo tempo em que os mercados consolidados dos setores aeroespacial e de defesa (A&D) continuam estagnados, as organizações que compõem essa indústria estão altamente focadas em superar duas prioridades: promover o crescimento (53%) e gerenciar os custos (47%). Essa é a conclusão da pesquisa "Panorama Global do Setor Aeroespacial e de Defesa da KPMG Internacional" (do original em inglês, KPMG A&D Outlook) realizada pela KPMG com executivos do setor.

Segundo o levantamento, como resposta para esse momento, as organizações de A&D estão em busca de oportunidades de crescimento em novos mercados, e novos modelos de negócios para reduzir custos de forma sustentável por meio de pesquisa e desenvolvimento mais eficientes, cadeias de suprimento mais capazes de responder às demandas e de desinvestimentos e ajustes em carteiras direcionados.

O estudo mostrou ainda que, nos próximos 12 a 24 meses, manter o modelo de negócios competitivo será o maior desafio para essas organizações (38%). Para angariar forças e prestar suporte às pautas de crescimento, 53% dos respondentes citou o crescimento em vendas como a prioridade estratégica número 1 da lista para os próximos dois anos. Ela é seguida por estruturas de redução de custos (47%) e aumento do fluxo de caixa de operações e aprimoramento dos controles de risco (empatados em 28%).

"Com mercados maduros em defesa, como Estados Unidos e Europa, estagnados, o crescimento não será fácil. Novos mercados precisarão ser explorados, inovações precisarão se materializar de forma eficiente comercialmente, e novos modelos de negócios, principalmente colaborativos, precisarão ser estabelecidos e expandidos. Conforme a pesquisa aponta, há uma expectativa de aumento significativo nos recursos alocados em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em relação à receita - 41% dos respondentes de 2015 indicaram que a expectativa é de se investir mais que 6% da receita nesse item, nos próximos dois anos. Já quase metade dos entrevistados (46%) indicaram que vão promover crescimento e inovação por meio do aumento de recursos alocados à P&D", afirma o sócio da KPMG, Jarib Fogaça.

O destaque da pesquisa com relação à promoção de crescimento e inovação nas organizações está na resposta de 50% dos entrevistados: metade deles pretende adotar novas tecnologias de manufatura e produção para atingir esse objetivo. Além disso, eles apresentaram dois principais desafios que são manter o modelo de negócios competitivo e buscar eficiência no setor de pesquisa e desenvolvimento e no desenvolvimento de novos produtos.

"A combinação desses fatores apontados no estudo pode nos indicar que, ao longo dos próximos anos, teremos uma consolidação no setor. Em parte, essa tendência poderá ser impulsionada pela necessidade, especialmente, das organizações de buscarem a redução nas suas estruturas de custo, bem como a eficiência em pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços.", analisa o sócio da KPMG, Jarib Fogaça.

"Aqueles que esperam entrar em novos mercados geográficos ou adaptar seus produtos existentes aos mercados adjacentes devem trabalhar em estreita colaboração tanto com parceiros tradicionais como com parceiros locais, para poder aproveitar os benefícios inerentes a cada um desses parceiros. Desta forma, novos relacionamentos locais geralmente tendem a ser necessários pois as cadeias de suprimento em operações são cada vez mais complexas e requerem presença e agilidade local para se ter competitividade", finaliza Fogaca.

O estudo — O Panorama Global do setor Aeroespacial e de Defesa tem como base uma pesquisa realizada com 68 executivos de alto nível, conduzida pela Forbes em nome da KPMG Internacional, que foi concluída no início de 2015. Todos os respondentes incluídos na pesquisa ocupavam cargos de diretor ou eram membros da diretoria dentro de suas organizações. [www.kpmg.com/aerospaceanddefense].

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