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30/07/2015 - 08:44

O Gestor Tributário no Brasil: Um super-herói?

O pai pergunta ao filho de dez anos, “Filho, o que você vai ser quando crescer?” E o filho responde prontamente: “Consultor tributário interno de uma empresa!" “Por quê?”, pergunta o pai? “Bem, me disseram que o consultor tributário é um super-herói, pois tem que ser inteligente (as regras tributárias são complexas), forte (exige um trabalho pesado), vidente (mesmo não sabendo quando as regras mudarão, tem que estar preparado), destemido (as regras mudam todo dia) e carismático (precisa convencer outras áreas da empresa a mudar processos ou procedimentos quando necessário)”, respondeu o filho com a convicção de quem sabe das coisas.

Piadas à parte: o que é necessário para ser um bom profissional de tributos, no Brasil de hoje?

Enquanto no passado, bastava uma Faculdade de Direito, Administração ou Contabilidade, além de muito estudo e participação em alguns cursos específicos, hoje a complexidade tributária do país demanda profissionais muito mais preparados. Atualmente, para calcular e recolher os tributos corretamente de uma empresa e garantir o cumprimento de todas as regras, o profissional de tributos precisa dominar os sistemas de informação (ERP, SPED, NFe etc) e negócios. Também é essencial o conhecimento de relações públicas, pois a área Fiscal trabalha em conjunto com os departamentos internos da empresa e governos de todas as esferas. Para finalizar, um bom profissional precisa de fluência em, pelo menos, uma língua estrangeira para poder se aprimorar ou para atender às demandas de sua empresa ou ramo de atividade.

Os desafios são enormes e, diante desse cenário, chega, neste mês, ao Brasil e à América Latina, o Tax Executive Institute (TEI), maior associação de profissionais internos de impostos do mundo, fundada nos Estados Unidos, em 1944.

Ao todo, o instituto reúne mais de sete mil integrantes, incluindo contadores, advogados e outros profissionais empregados em mais de três mil empresas líderes nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Asia. Entre os objetivos do TEI estão criar uma rede de profissionais de empresas, prover educação continuada e valorizar o profissional interno de impostos. A expansão do TEI para a América Latina acompanha a tendência de globalização ou internacionalização mundial. O Brasil possui um sistema tributário único e talvez o mais complexo do mundo, e, com o instituto, os executivos de impostos de companhias nacionais terão um fórum para a discussão de temas pertinentes ao seu dia a dia.

Sabemos que a matéria tributária é um dos principais assuntos das áreas financeira e Jurídica das empresas, além de estar na pauta permanente da diretoria, dos acionistas e sócios. O assunto é ainda tema constante de comunicação entre as subsidiárias e suas matrizes no exterior. Se os especialistas tupiniquins têm algumas vezes imensas dificuldades em explicar a realidade tributária a seus gestores e acionistas/sócios brasileiros, o desafio fica muito maior quando o contato é feito com associados estrangeiros, não apenas dos EUA e Europa, mas de países como China e Coréia do Sul, que cada vez mais investem no Brasil.

A ideia do TEI é facilitar esse contato, uma vez que o profissional brasileiro terá um colega no país de sua matriz disposto ajudá-lo na comunicação e gestão, bem como na troca de experiências e melhores práticas. A meta da organização não é se dedicar apenas a temas técnicos tributários, mas a assuntos gerenciais da atividade de gestão tributária. Podemos aprender com os colegas de TEI em outros países quais são as tendências mundiais em nossa área, como melhor gerí-la e como agregar valor ao negócio. O objetivo é facilitar a missão de super-herói!

. Por: Lionel Nobre, presidente do TEI na América Latina e diretor de impostos da Dell na região.

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