Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

07/08/2015 - 07:40

Petrobras atinge lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no 1S15


43% inferior ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete, principalmente, o aumento das despesas financeiras líquidas e o reconhecimento de despesa tributária de IOF em transações de mútuo (empréstimos entre empresas do Sistema Petrobras).

Resultados divulgados no início da noite do dia 06 de agosto (quinta-feira),na sede da empresa, Centro do Rio de Janeiro, durante entrevista com os jornalistas, além de transmissão ao vivo pela internet. A apresentação teve a presença do presidente Aldemir Bendine; do diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro; da diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes; do diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Elek Júnior; do diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold; do diretor de Abastecimento, Jorge Celestino; e o diretor Corporativos e Serviços, Antônio Sérgio.

De acordo com os resultados apresentados o lucro operacional foi de R$ 22,8 bilhões, 39% superior ao do primeiro semestre do ano passado. —O principal fator que contribuiu para este crescimento foi a maior margem na comercialização de derivados—observou a direção da Petrobras.

O Ebitda ajustado do semestre foi de R$ 41,3 bilhões, um aumento de 35% em relação ao primeiro semestre do ano anterior. O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 4,5 bilhões ante R$ 15,8 bilhões no 1S14.

Os investimentos totalizaram R$ 36,2 bilhões, 13% abaixo do primeiro semestre de 2014. O segmento de Exploração e Produção no Brasil concentrou 78% dos recursos. Em dólares os investimentos atingiram US$12 bilhões, 33% abaixo do mesmo semestre do ano passado (US$ 18,1 bilhões).

A Petrobras recebeu R$ 157 milhões referentes a valores repatriados na Operação Lava Jato.

Destaques operacionais: a produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 9% em relação ao primeiro semestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 784 mil barris de óleo equivalente por dia.

—Em junho, a produção mensal de petróleo no pré-sal alcançou o recorde de 747 mil barris por dia(bpd)—, disse o presidente Aldemir Bendine.

—As exportações de petróleo cresceram 107% em relação ao primeiro semestre do ano passado, resultando em melhora significativa da balança comercial da Petrobras—, completou Bendine.

No refino, a produção total de derivados no Brasil e no exterior foi de 2 milhões 178 mil bpd, 7% inferior ao mesmo período de 2014. A menor produção reflete a parada programada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM),no primeiro trimestre de 2015

Lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no primeiro semestre de 2015 — O resultado líquido da companhia foi 43% inferior ao do primeiro semestre de 2014, impactado pelo aumento da despesa financeira líquida e pelo reconhecimento de despesa tributária de IOF.

O resultado operacional alcançou R$ 22,8 bilhões, 39% maior que o do primeiro semestre de 2014. O crescimento é explicado pelo maior lucro bruto, devido à maior produção e exportação de petróleo, melhores margens de comercialização de derivados [aumentos nos preços de diesel e gasolina e concomitante redução no preço do Brent] , bem como menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos compensaram o impacto da menor demanda por derivados, decorrente do menor nível de atividade econômica , e o reconhecimento de despesa tributária de IOF (R$ 3,1 bilhões).

A reversão de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 1,3 bilhão), as menores baixas de poços secos e subcomerciais (R$ 889 milhões) e a não recorrência do provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), ocorrida no primeiro semestre de 2014, também contribuíram para o melhor resultado operacional.

A despesa financeira líquida foi de R$ 11,7 bilhões, superior ao primeiro semestre do ano passado em R$ 10,6 bilhões. —O resultado financeiro reflete, principalmente, as perdas cambiais devido à depreciação do real em relação ao dólar, e o acréscimo nas despesas com juros, função do maior endividamento e da menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção—, disse o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro;

—O provisionamento de imposto de renda e contribuição social sobre lucros apurados no exterior, tendo em vista a adoção pela Companhia do novo regime tributário, gerou maior despesa com esses tributos—completou.

No segundo trimestre de 2015, o lucro líquido foi de R$ 531 milhões — O resultado líquido foi 90% inferior ao do primeiro trimestre de 2015, refletindo a s maiores despesas operacionais que compensaram o aumento do lucro bruto . O resultado operacional atingiu R$ 9,5bilhões, 29% menor que o do trimestre passado, em função do reconhecimento de despesa tributária de IOF (R$ 3,1bilhões) e do impairment de ativos (R$ 1,3 bilhão) devido à postergação, retirada e alteração de escopo de projetos de acordo com as novas premissas do Plano de Negócios e Gestão 2015 -2019. A direção sustenta que estes fatores contrabalançaram o maior lucro bruto, fruto do crescimento das vendas no mercado interno e das exportações de petróleo e derivados, bem como os recebimentos de valores repatriados pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato (R$ 157 milhões) e do seguro pelo incidente ocorrido no campo de Chinook, nos EUA, em 2011 (R$ 259 milhões). A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda ajustado reduziu 8%, somando R$ 19,8bilhões. O resultado financeiro líquido ocorrido no segundo trimestre foi negativo em R$ 6,0 bilhões, representando uma despesa adicional de R$ 427 milhões em relação ao primeiro trimestre ano, notadamente pelo reconhecimento de juros sobre despesa de IOF e pelo aumento do endividamento.

Produção de petróleo e gás natural — A produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, no primeiro semestre de 2015, atingiu a média diária de 2 milhões 784 mil barris de óleo equivalente (boed), representando um crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 595 mil boed, sendo 10% maior que a do primeiro semestre de 2014. Considerando a produção exclusiva de petróleo, o crescimento foi de 9% enquanto a produção exclusiva de gás natural subiu 15%. —A camada pré-sal continuou apresentando bom desempenho, atingindo em junho recorde na produção mensal de petróleo de 747 mil barris por dia—, frisou a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes .

—Neste primeiro semestre foram interligados 39 novos poços no Brasil, sendo 28 produtores e 11 injetores. Em março, foram iniciadas as operações do sistema de produção antecipada do campo de Búzios [Bacia de Santos] e da P-61, no campo de Papa-Terra [Bacia de Campos]. Em 31 de julho, o FPSO Cidade de Itaguaí, com capacidade de produção de 150 mil barris de óleo por dia, entrou em operação na área de Iracema Norte, Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A produção internacional foi de 189 mil boed, 11% inferior à do primeiro semestre de 2014. Esse desempenho reflete a conclusão da transferência dos ativos terrestres no Peru e na Colômbia e dos campos da Bacia Austral, na Argentina, parcialmente compensa da pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, em dezembro/2014, Lucius, em janeiro/2015, e Hadrian South, em março/2015, nos Estados Unidos—esclareceu a executiva .

Produção de derivados — A produção de derivados no país foi de 2 milhões 31 mil barris por dia no primeiro semestre de 2015, 6% inferior à do primeiro semestre de 2014, em função da parada programada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) durante o primeiro trimestre de 2015, parcialmente compensada pela entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em novembro de 2014. Devido à parada mencionada, a carga processada diária reduziu 5% e o fator de utilização do parque de refino caiu de 97% para 89% na comparação semestral . —Cabe destacar que as operações da RLAM foram normalizadas no segundo trimestre de 2015. A participação de petróleo nacional processado nas refinarias aumentou de 82%, no primeiro semestre de 2014, para 86% , no primeiro semestre deste ano. — lembrou o diretor de Abastecimento, Jorge Celestin.

Venda de derivados no mercado interno — De acordo com o diretor de Abastecimento, o volume de venda de derivados reduziu 7% em relação ao mesmo período do ano anterior , totalizando 2 milhões 239 mil barris por dia no primeiro semestre de 2015. Os destaques foram: Diesel (-6%) : menor consumo em obras de infraestrutura e aumento do percentual de biodiesel na mistura diesel/biodiesel. —Estes fatores compensaram o crescimento da frota de veículos leves a diesel e o maior consumo por parte das termelétricas complementares do Sistema Interligado Nacional (SIN).Gasolina (-9%): aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 25% para 27%; maior demanda por etanol hidratado devido ao preço mais alto da gasolina; redução da frota de veículos movidos somente a gasolina; e aumento da colocação de gasolina por outros concorrentes. Nafta (-14%): redução da demanda por parte dos clientes—disse.

Balança de petróleo e derivados — A balança comercial da Petrobras no primeiro semestre de 2015 apresentou melhora, registrando déficit de 125 mil barris por dia, o que representa uma redução de 76% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo da balança comercial de petróleo foi positivo, revertendo o déficit registrado no primeiro semestre de 2014. O crescimento da produção de petróleo e a menor carga processada nas refinarias proporcionaram maiores exportações e menores importações. A balança comercial de derivados registrou um déficit menor do que o registrado no primeiro semestre de 2014. A menor demanda do mercado interno reduziu a necessidade de importação. —Entretanto, as exportações também caíram, em função da menor produção nas refinarias—, informou Celestin.

Preços dos produtos — O preço médio dos derivados no mercado interno para as distribuidoras, em reais, caiu 2% em relação ao primeiro semestre de 2014. Já o preço do petróleo Brent teve uma queda acentuada de 47%, saindo de US$ 108,93/bbl, no primeiro semestre de 2014, para US$ 57,95/bbl, no primeiro semestre de 2015 .O segundo trimestre de 2015 apresentou uma recuperação de 15% na cotação do Brent em relação ao primeiro trimestre do ano.

Investimentos — A realização dos investimentos no primeiro semestre de 2015 foi de R$ 36,2 bilhões, 13% inferior à do primeiro semestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que concentrou 78% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.

Os investimentos no segmento de Abastecimento recuaram 60% em relação ao mesmo período do ano passado, em virtude da conclusão de projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase [primeiro trem]da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).

Endividamento —Em 30 de junho de 2015, o endividamento líquido da companhia aumentou 15% em relação a 31 de dezembro de 2014. —O principal fator para este crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos. O índice de Dívida Líquida/LTM Ebitda ajustado fechou o período em 4,64 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido/ (Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 51% —, concluíram os resultados do 2T15.

Bendine disse estar satisfeito com balanço e ressalta transparência, e uma busca da previsibilidade no tratamento do seu planejamento tributário. —Enfim, 2015 ainda é um ano de ajustes para a Petrobras,—destaca.

E ao responder jornalistas, observou que os contratos de obras e construções de navios e sondas para a Petrobras estão sendo tratados com muita responsabilidade, —olhando os interesses e necessidades da empresa, os fornecedores e os trabalhadores.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira