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14/08/2015 - 07:03

CSN com prejuízo de 614,3 milhões no 2T15

Contra lucro líquido de 19 milhões ante 2T14.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou os resultados no dia 13 de agosto(quinta-feira)., onde demonstra que a receita líquida atingiu R$3.687 milhões no segundo trimestre de 2015, 8% inferior à registrada no 1T15. O custo dos produtos vendidos totalizou R$2.847 milhões, uma redução de 6% sobre o CPV do trimestre anterior, principalmente nos segmentos de siderurgia e mineração. As despesas com vendas, gerais e administrativas atingiram R$421 milhões no 2T15, sendo 3% superiores àquelas de R$411 milhões do 1T15, devido principalmente às maiores despesas com fretes de minério de ferro, decorrentes do aumento das vendas na modalidade CIF. As outras receitas/despesas operacionais atingiram R$223 milhões no segundo trimestre de 2015, 4% superiores aos R$214 milhões verificados no primeiro trimestre de 2015.

Ainda de acordo com o comunicado da CSN, no segundo trimestre de 2015 foi registrada a perda (impairment) de R$89 milhões devido à queda de valor de mercado das ações preferenciais da Usiminas. No segundo trimestre de 2015, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$772 milhões, devido a: i) Encargos de empréstimos e financiamentos, no total de R$780 milhões; ii) Variações monetárias e cambiais líquidas, no total de R$7 milhões; iii) Juros, multas e moras fiscais, no total de R$2 milhões e; iv) Outras despesas financeiras, no total de R$26 milhões. Compensaram parcialmente estes efeitos negativos as receitas financeiras consolidadas de R$43 milhões. O resultado de equivalência patrimonial no 2T15 foi negativo em R$44 milhões, frente a um resultado positivo de R$398 milhões no trimestre anterior. —Esta variação deve-se principalmente ao efeito da variação cambial no caixa da Namisa —frisa o comunicado.

No segundo trimestre de 2015, a Companhia registrou prejuízo de R$615 milhões, frente a um lucro líquido de R$392 milhões no trimestre anterior, devido principalmente a: i) redução no lucro bruto; ii) variação negativa da equivalência patrimonial entre os trimestres; iii) efeito positivo, no 1T15, da ativação de crédito fiscal, em função de diferença temporária no reconhecimento da variação cambial entre os regimes fiscal e contábil.

Também o Ebitda ajustado atingiu R$801 milhões, 12% inferior ao verificado no trimestre anterior. A margem Ebitda ajustada de 20% no 2T15 foi 2 p.p. inferior àquela registrada no 1T15.

Siderurgia —Segundo a World Steel Association (WSA), a produção global de aço bruto totalizou 813 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2015, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a produção doméstica, de acordo com dados preliminares do Instituto Aço Brasil (IABr), cresceu 2,0%, atingindo 17 milhões de toneladas.

Com relação aos produtos laminados, a produção doméstica de 12,0 milhões de toneladas do 1S15 recuou 4,8% frente ao 1S14. No mesmo período, o consumo aparente recuou 10,4%, para 11,7 milhões de toneladas, com vendas internas de 9,7 milhões de toneladas e importações de 2,0 milhões de toneladas. Em contrapartida as exportações de 2,1 milhões de toneladas avançaram 50% em relação ao 1S14.

Para 2015, o IABr estima que o consumo aparente recue 12,8%, para 22,3 milhões de toneladas, com vendas internas de 18,3 milhões de toneladas e importações de 4,0 milhões de toneladas.

No segmento de distribuição, dados do INDA (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço) indicam que, no 1S15, as compras e as vendas de aços planos pela distribuição foram de 1,8 milhão de toneladas cada uma, representando quedas de 15,1% e 18,6%, respectivamente, em relação ao 1S14. Já os estoques de 1,0 milhão de toneladas ao final de junho/2015, permaneceram no mesmo patamar de dezembro/2014, enquanto o giro dos estoques subiu para 4,1 meses, frente aos 3,9 meses verificados no final de 2014.

Produção de aço bruto estável — No segundo trimestre de 2015, a produção própria de aço bruto da controladora de 1,1 milhão de toneladas manteve-se estável em relação ao 1T15, bem como o consumo de 69 mil toneladas de placas compradas de terceiros, gerando uma produção de laminados de 1,0 milhão de toneladas, ligeiramente superior ao 1T15.

Na comparação semestral, a produção própria de aço bruto permaneceu estável, em torno de 2,2 milhões de toneladas, enquanto a produção de laminados recuou cerca de 5% no 1S15.

Investimentos —Os investimentos realizados pela CSN no primeiro semestre de 2015 totalizaram R$901 milhões, de acordo com o IFRS.

Comentários da direção sobre o 'Cenário Econômico': “A economia global vem apresentando expansão moderada e desigual, com avanço gradual nas economias desenvolvidas e desaceleração do crescimento nas economias emergentes. A previsão do Fundo Monetário Internacional para o crescimento econômico global de 2015 é de 3,3% e 3,8% em 2016.

Nos Estados Unidos, a política monetária adotada pelo Federal Reserve (FED) vem contribuindo para a recuperação da atividade econômica, com aumento da confiança do empresariado e do consumidor. No segundo trimestre deste ano, a economia avançou 2,3% na comparação anual, refletindo o aumento de 2,9% no consumo das famílias. O índice de desemprego continua caindo, passando de 5,6% ao final de 2014 para 5,3% em junho de 2015, sendo o menor dos últimos sete anos. A retomada da economia reforça a expectativa do FED iniciar, ainda este ano, o ciclo de elevação da taxa básica de juros.

Na Zona do Euro, indicadores apontam para uma discreta recuperação da atividade, ainda que de forma heterogênea. O PMI composto avançou de 50,6 pontos em dezembro/14 para 54,2 pontos em junho/2015. A taxa de desemprego vem se mantendo estável ao longo do 1S15, em torno de 11%, sendo que na Grécia, atingiu cerca de 25% em abril, o mais alto da Zona do Euro.

Com relação aos países emergentes, medidas do governo chinês para estimular a economia, como a redução da taxa de juros e do compulsório dos bancos, contribuíram para a manutenção do ritmo de crescimento no 2T15, com o PIB avançando 7% frente ao mesmo período do ano anterior e dentro da meta de crescimento do governo.

No âmbito doméstico, o cenário permanece desafiador, com inflação elevada e baixo crescimento, dificultando a condução das políticas monetária e fiscal. O IBC-Br, índice de atividade econômica do Banco Central, aponta para uma contração de 2,64% até o mês de maio. Segundo o IBGE, a produção industrial recuou 6,3% no primeiro semestre de 2015.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra uma deterioração do mercado de trabalho. Em junho, foram encerradas 111 mil vagas de trabalho, sendo o primeiro resultado negativo para um mês de junho desde o início da série, em 1998.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 8,89% nos últimos doze meses encerrados em junho, superior ao teto da meta de inflação. As projeções do Boletim Focus, indicam uma inflação de 9,32% em 2015. Neste cenário, o Banco Central vem implementando sucessivos aumentos na taxa de juros, que atingiu 14,25% ao ano, no final de julho de 2015”, concluiu a direção da companhia.

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