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13/02/2008 - 11:04

Petrobras tem a primeira plataforma marítima para produção de petróleo extrapesado no Brasil


O FPSO será utilizada como projeto-piloto para produção de óleo extrapesado, plataforma produzirá 15 mil bpd por dia no campo de Badejo, e a Unidade irá operar em uma profundidade de 95 metros.

A Petrobras batizou no dia 12 de fevereiro (terça-feira), a primeira plataforma marítima projetada para produzir petróleo extrapesado no país: o FPSO Petrojarl Cidade de Rio das Ostras, que será instalado no campo de Badejo, na Bacia de Campos, (RJ), em lâmina d'água de 95 metros , a 80 quilômetros da costa.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse que "o projeto descortinará cenários importantes para a produção de petróleo extrapesado no mar, um desafio em todo o mundo. Além disto, fornecerá informações que permitirão a apropriação de reservas não provadas de petróleo extrapesado".

Com capacidade para processar petróleo de 12,8 graus API (medida de densidade do American Petroleum Institute) e 300 cP (medida de viscosidade) em condições de reservatório - o que caracteriza esse óleo como o mais pesado e mais viscoso a ser produzido em campos marítimos no Brasil -, a unidade será utilizada como projeto-piloto de produção do reservatório de Siri, localizado naquele campo. Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de óleo), essa plataforma produzirá até 15 mil barris de óleo por dia (bpd).

As informações obtidas durante a fase de testes serão utilizadas no projeto definitivo de desenvolvimento daquele reservatório, que prevê a perfuração de vários poços e a instalação, mais tarde, de uma nova plataforma. Mais que um novo sistema de produção, o FPSO Cidade de Rio das Ostras será um laboratório para o desenvolvimento de outros campos marítimos de óleo extrapesado, como Marlim Leste, Albacora Leste, Papa-Terra e Maromba, todos na Bacia de Campos.

Os desafios tecnológicos do projeto são grandes. Entre eles, a construção de um poço com 2 quilômetros de trecho horizontal e a instalação de uma bomba centrífuga submarina submersa (BCSS) de alta potência, que garantirá vazão elevada do óleo produzido. Outros desafios serão a separação da água e do gás produzidos, assim como o processamento desse tipo de óleo, que exigirá uma temperatura elevadíssima de operação (140º C).

Afretado à empresa canadense-norueguesa Teekay-Petrojarl, a nova plataforma resulta da conversão de um navio petroleiro em FPSO. Ela tem capacidade para produzir até 15 mil bpd e de estocar até 200 mil barris. A previsão é que a unidade entre em operação até o final do primeiro trimestre deste ano.

A existência de petróleo no reservatório de Siri foi confirmada desde 1975. Mas, como os primeiros testes apresentaram vazão de óleo muito baixa, a produção não era considerada economicamente viável. Graças à aplicação de novas tecnologias, entretanto, entre elas a perfuração do poço horizontal 9-BD-18HP (o maior desse tipo, no Brasil), a empresa comprovou a excelente produtividade do reservatório.

O prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthasar, agradeceu a escolha do nome do município para a plataforma. "Ficamos muito satisfeitos de a Petrobras, a maior empresa brasileira, associar o nome da nossa cidade a este navio".

Dados técnicos do FPSO Petrojarl Cidade de Rio das Ostras: Capacidade de produção de petróleo: 15 mil barris por dia | . Capacidade de estocagem: 200 mil barris de óleo | . Comprimento total: 183 m | . Largura : 32,2 m | . Capacidade de alojamento: 60 pessoas | . Profundidade: 95m | . Número de poços: 2.

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