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18/08/2015 - 09:13

Preparados para diversificar?


Diversificar: tornar ou ficar diverso, diferente, variado; variar ou fazer variar. O siginificado dessa palavra há muito tempo faz parte do dicionário de empresas em todos os segmentos. Em tempo de crise, costuma aparecer com mais frequência, numa tentativa de manter o negócio estável e abraçar setores que, de imediato, parecem boas opções.

E neste erro —– fazer algo imediatista, sem planejamento e estudo – vemos uma sucessão de problemas. Muito antes da crise chegar, já em 2011, nós contratamos uma consultoria especializada no segmento de transporte para fazer um diagnostico da Sulista e, a partir disso, rever o negócio estrategicamente. Nessa avaliação um dos pontos destacados foi a grande concentração de nossa receita no segmento automotivo e a necessidade de escolhermos quatro novos segmentos, com boa rentabilidade, para participarmos.

Somos reconhecidos pela qualidade de atendimento e agilidade na solução de problemas. Continuar a trabalhar dessa forma, mesmo em setores totalmente novos para nós, era uma premissa. Neste período fizemos mudanças e ajustes importantes. Operacionalmente melhoramos com a implantação do Centro de Controle Operacional - área que realiza o monitoramento de todas as etapas do processo logístico com o acompanhamento da frota através de um sistema integrado / painel de controle que contém informações atualizadas de todas as operações em andamento. O fluxo de informações acontece em tempo real com maior confiabilidade. Outra mudança foi ampliar o horizonte de atuação de nossa equipe de atendimento ao cliente. Todos passaram por treinamento para expansão da atuação na prospecção de novos negócios. Nossa área de qualidade trabalhou —– e ainda trabalha bastante – para nos habilitar com licenças e certificações para atuar nos novos mercados como químico, cosméticos, saúde.

Novos horizontes —Para definir em quais segmentos a Sulista iria atuar avaliamos a sinergia com nossas operações atuais, a rentabilidade e como seria a especialização, já que em alguns casos são necessários novos processos e certificações específicas. No curto prazo, entre 2012 e 2013, focamos no segmento metal mecânico, pela similaridade operacional e coesão com o automotivo. Desde 2014 conquistamos alguns negócios no setor madeireiro, que tem boa sinergia com nossas operações. E colocamos força na habilitação para transporte de cargas químicas e perigosas.

O que temos visto diante de toda essa experiência? Que é necessário estudar, testar, treinar e capacitar a equipe, ajustar a frota. Entendemos que o mercado ainda passará por um momento turbulento nos próximos dois anos. Algumas transportadoras não sobreviverão. As que ficarem estarão com certeza mais preparadas para operar em um mercado futuramente aquecido. Permanece quem conseguiu se ajustar e teve capacidade e planejamento para aproveitar as oportunidades de mercado. Nossa próxima etapa é avançar com licenças e prospectar negócios nos segmentos cosméticos e perfumes, saúde humana, saúde animal e química fina.

Um período de crise é repleto de incertezas. Neste ambiente a sobrevivência está ainda mais ligada à definição clara de objetivos e o trabalho de toda a equipe em traçar os possíveis caminhos a serem percorridos para alcançá-los. O acompanhamento dos objetivos de cada área, alinhados ao planejamento da empresa, devem ser medidos regularmente para que ações corretivas sejam tomadas nos casos de desvios, melhorando a cada dia o desempenho e alcançando o resultado esperado.

Ainda assim, as más notícias nos obrigam a refletir sobre o futuro do negócio e buscar alternativas. Torna-se um momento propício para questionamentos com aquela velha pergunta: Podemos fazer diferente? Desapegar e arriscar tentando fazer diferente, para melhorar.

. Por: Josana Teruchkin, diretora- executiva da Transportadora Sulista.

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