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13/02/2008 - 12:23

Pequenas empresas paulistas têm o melhor resultado desde 2002

Cenário favorável possibilitou maior nível de faturamento dos últimos cinco anos; empresários estão otimistas quanto aos rumos da economia

As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas têm todos os motivos para comemorar os resultados altamente favoráveis registrados pelo segmento no ano passado. Uma combinação de fatores possibilitou às MPEs do Estado registrarem em 2007 o maior nível de faturamento em cinco anos. Elas obtiveram, em média, um ganho de R$ 197.310,00 no ano.

A taxa de crescimento anual foi de 4,0%, em relação a 2006. Nos anos de 2004, 2005 e 2006, a variação anual do faturamento havia alternado resultados favoráveis e desfavoráveis, fechando respectivamente, em +4,3%, +2,9% e -3,5%. Com esses resultados, estima-se que a receita total do universo das MPEs paulistas em 2007 tenha sido de R$ 261,7 bilhões, o que representou um ganho de R$ 10,1 bilhões sobre 2006.

Esses resultados estão entre as principais conclusões do balanço anual da pesquisa Indicadores Sebrae-SP, realizada mensalmente junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas do comércio, indústria de transformação e prestadoras de serviços. O estudo traz resultados de cinco indicadores: faturamento real, nível de pessoal ocupado, gastos com salários, rendimento médio dos empregados e expectativas dos pequenos empresários.

“Em 2006, os juros elevados e a concorrência dos produtos importados haviam prejudicado o desempenho das pequenas empresas. Em compensação, em 2007, o cenário de inflação em baixa, queda de juros, recuperação da renda do trabalhador e o aumento das opções de crédito ao consumidor levaram à ampliação do consumo das famílias, possibilitando um cenário mais próspero ao mercado interno”, explica Marco Aurélio Bedê, gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas.

Para Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do Sebrae-SP, esses resultados confirmam a expectativa do início do ano passado. “Além das variáveis macroeconômicas terem contribuído para o bom desempenho em 2007, a aprovação da Lei Geral ajudou a criar um ambiente mais otimista para os pequenos negócios. E esse ambiente deverá ser ainda mais favorável em 2008, na medida em que vários itens da lei, como as compras governamentais e o maior acesso à tecnologia, sejam regulamentados nos estados e nos municípios. Assim, ainda que ocorra alguma desaceleração no cenário externo, nossa expectativa é de manter o ritmo de crescimento em, pelo menos, 4% em 2008”, afirma Tortorella.

Expectativas otimistas - Com os bons resultados do ano passado, no primeiro mês de 2008, os empresários do setor continuam com suas expectativas em alta. De acordo com a pesquisa Indicadores Sebrae-SP, em janeiro 2008, um total de 47% de entrevistados esperavam que o faturamento de sua empresa se mantenha estável nos próximos meses, enquanto 43% acreditavam em crescimento da receita.

Da mesma forma, os empresários mostraram expectativas positivas quanto ao desempenho da economia brasileira em 2008. Em janeiro, 52% disseram acreditar que o nível de atividade da economia irá se manter nos próximos meses e 42% apostavam na melhora deste nível.

De acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central e que expressa a média das expectativas dos analistas de mercado, o ano de 2008 tende a ser relativamente bom para a economia brasileira, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 4,5%. Este nível situa-se um pouco abaixo da taxa de crescimento da economia em 2007, que foi 5,2%, segundo a mesma fonte.

A expectativa de um crescimento um pouco menor para a economia brasileira em 2008 é explicada por uma combinação de fatores, entre os quais estão os sinais de desaceleração na economia internacional pela retração no mercado imobiliário dos Estados Unidos e incertezas quanto ao preço do petróleo.

Outros motivos são de ordem interna, principalmente a alta da inflação nos últimos meses, puxada pela elevação dos preços dos alimentos em função de variações climáticas e a provável manutenção da taxa básica de juros (Selic) em níveis ainda relativamente elevados.

A amostra da pesquisa é representativa das mais de 1,3 milhão de MPEs paulistas da indústria de transformação (11%), comércio (57%) e serviços (32%). Elas representam 98% das empresas formais e ocupam cerca de 67% da mão-de-obra do setor privado, em todo o Estado de São Paulo.

A pesquisa monitora o desempenho das MPEs em todo o Estado e apresenta dados para quatro regiões: capital (cidade de São Paulo), Grande ABC, Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios) e interior. | Site: www.sebraesp.com.br

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