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26/08/2015 - 08:38

Café deixa de ser commodity e ganha espaço de estrela na vida dos brasileiros


O café faz parte da história do Brasil e de boa parte do mundo. O grão foi descoberto na Absínia, hoje Etiópia, há cerca mil anos por um jovem pastor chamado Kaldi, que observou suas cabras mais alegres e saltitantes depois de mastigar os frutos maduros avermelhados, foi ganhando espaço em vários países e hoje é uma das bebidas mais apreciadas em todos os continentes.

Contudo, durante muito tempo, o café foi tratado como commodity, uma mercadoria de baixo valor agregado. No passado, havia pouca preocupação com a qualidade. Visava-se basicamente os ganhos em escala. Quanto maior a quantidade produzida, maior o lucro.

Hoje, a realidade é bem diferente. No Brasil e no mundo, os consumidores não querem mais um café qualquer. Junto com a paixão pela bebida, desenvolveu-se também o hábito de pesquisar sobre o produto, conhecê-lo mais a fundo, apreciá-lo. Assim, nasceram as certificações e o conceito de café especiais, capazes de garantir a pureza e a origem da bebida.

De duas décadas para cá, o segmento cafeeiro que mais cresceu foi o de cafés especiais, que hoje já representa 12% do mercado internacional do produto. Mesmo custando cerca de 30 a 40% mais que o café comum, o gourmet, como é chamado, tem conquistado cada vez mais adeptos.

Com esse refinamento, surgiu também algumas novas variações. Ganha o mercado o café orgânico, o descafeínado, o aromatizado. Sabores muitas vezes impensáveis, ganham as xícaras trazendo uma dose forte de inovação.

As associações, entidades do setor e fabricantes, passaram a criar premiações, referenciando os melhores produtos. Tudo isso faz com que o consumidor torne-se cada vez mais exigente, ansioso por provar novos sabores.

E, novidade não faltou de um tempo para cá, desde o surgimento do café em cápsulas. Com a entrada de novas marcas nesse segmento, experimentar os diferentes sabores apresentados nas cápsulas tornou-se praticamente um hobby. Uma máquina de café numa posição de destaque na cozinha ou na sala de jantar virou praticamente um objeto de decoração bastante cobiçado.

Com todas essas transformações, o cafezinho do dia a dia ganhou novos ares e espaços no cotidiano das pessoas. Um bom jantar, precisa ser finalizado com um café de alta qualidade. O mesmo se espera de uma reunião importante de negócios. Deste modo, o café saiu definitivamente da posição de commodity para se transformar num prazer cotidiano, ocupando o espaço de estrela do dia ou da noite.

. Por: Clodoaldo Iglezia, degustador de café e diretor industrial da Baggio Café.|Perfil da Baggio Café—A história da família Baggio com o cultivo de café iniciou-se em 1886, quando Salvatore Baggio, imigrante italiano, chegou à região da Alta Mogiana, no interior de São Paulo. Com muito trabalho, em 1890, comprou seu primeiro pedaço de terra. Logo foi crescendo pelo estado de São Paulo, Paraná e em meados dos anos 70 seus descendentes expandiram a produção para o sul de Minas Gerais. O carinho e a tradição do cultivo foram transmitidos de geração para geração, sendo preservado o conceito artesanal e puro deixado pelos ancestrais, associado a uma tecnologia de ponta e ao acompanhamento de agrônomos renomados. Em 2006, Liana Baggio Ometto, bisneta de Salvatore, resolveu dar um novo e importante rumo à história da família, criando a marca Baggio Café. A empresa utiliza um delicado processo para torrar os grãos produzidos nessas fazendas para transformá-los num saboroso e diferenciado produto. O portfólio atual inclui as linhas Baggio Gourmet (duas vezes eleita como Melhor Café do Brasil, pela ABIC), Baggio Bourbon (também premiado pela ABIC), Baggio Aromas, Gran Reserva, Caffé.com e Fatto Uno.

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