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13/02/2008 - 17:36

Lloyd’s anuncia sede brasileira no Rio de Janeiro, investimentos de US$ 5 milhões


O mercado de resseguros na América Latina é estimado em US$ 8 bilhões e no Brasil, US$ 2,4 bilhões. O escritório no Lloyd"s será o primeiro na América Latina, e deve investir inicialmente cerca de US$ 5 milhões, na implantação de uma empresa de seguros no Rio de Janeiro.

O governador Sérgio Cabral e o chairman do Lloyd’s of London, Lord Peter Levene, anunciaram, em solenidade realizada no Palácio das Laranjeiras no dia 13 de fevereiro (quinta-feira), que o Rio de Janeiro será a sede da subsidiária brasileira do grupo que reúne o maior mercado de seguros e resseguros do mundo.

- Este é um momento muito importante para o Brasil e para o Rio de Janeiro, que tem uma vocação importante nesta área. Após a aprovação da nova lei de resseguros pelo Congresso Nacional, que encerrou o monopólio estatal, agradecemos o Grupo Lloyd’s por esta decisão histórica e o que isso vai implicar para o Rio de Janeiro e para o Brasil frente à América Latina – comemorou o governador Sérgio Cabral.

Grupo segurador mais antigo do mundo, o Lloyd’s tem capacidade para movimentar (subscrever) cerca de US$ 31 bilhões em 2008. A instituição é formada por 75 sindicatos e 46 agentes em mais de 200 países. O Lloyd’s é especializado em riscos especiais como o que levou ao pagamento de cerca de US$ 8 bilhões à indústria do petróleo no Golfo do México, após desastre provocado pelo furacão Katrina nos Estados Unidos.

O resseguro é o seguro do seguro. Ou seja, quando a operação envolve montantes e riscos considerados excessivos ou perigosos, as seguradoras repassam às resseguradoras, total ou parcialmente, a responsabilidade e o prêmio (valor) recebido.

Lord Lavene agradeceu ao governador e sua equipe pelo seu apoio durante o processo de pedido de autorização para o estabelecimento do grupo no Brasil.

- A decisão do Lloyd’s de submeter um pedido para operar como ressegurador admitido no Brasil reconhece a força crescente da economia brasileira e as novas oportunidades criadas para a indústria seguradora. Estamos muito interessados e disponíveis para partilhar a nossa experiência com os nossos parceiros e o mercado brasileiro com vista à criação de um centro de resseguro no Rio de Janeiro – afirmou Lord Lavene.

A chegada do Lloyd’s como primeira empresa admitida ao abrigo da nova legislação brasileira de resseguros consolida a recente abertura desse mercado no país, onde a atividade foi privilégio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re) por mais de 70 anos.

Para o Estado do Rio, a vinda do Lloyd’s é um impulso ao desenvolvimento, aqui, do Pólo de Resseguros que poderá vir a ser também o principal centro ressegurador da América Latina. Espera-se que a vinda do grupo atraia para o Rio de Janeiro outras empresas do mercado, como corretores de resseguros, reguladores de sinistros, administradores de recursos e outras resseguradoras.

- No que diz respeito à nossa vontade de estar presente no Brasil, queria dizer que não estamos aqui para fazer concorrência e sim para dar apoio. O governador quer fazer daqui o centro de resseguros para o Brasil e nós queremos que seja o centro de resseguros para a América Latina – frisou Lord Levene.

O governador Sérgio Cabral adiantou que o IRB-Brasil tem uma área disponível ao lado de sua atual sede e que poderá ser transformada, em parceria com outras empresas do setor, no grande centro internacional latino-americano de resseguros nos próximos três anos.

O evento contou com a presença dos secretários de Fazenda, Joaquim Levy, de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, e da Casa Civil, Regis Fichtner, a secretária municipal de Fazenda do Rio de Janeiro, Fátima Rosane Machado, o presidente do IRB-Brasil Re, Eduardo Nakao, e a vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro e presidente da Icatu Harford, Maria Silvia Bastos Marques. Estiveram presentes, ainda, o embaixador britânico, Peter Collecott, além do presidente da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), João Elisio de Campos, e o diretor do Lloyd’s, José Ribeiro, entre outros.

A companhia britânica de seguros Lloyd's, é uma das maiores redes deste segmento no mundo, e anuncia que a companhia vai investir inicialmente US$ 5 milhões, no mínimo, na implantação de uma empresa de seguros no Rio de Janeiro. Será o primeiro escritório no Brasil e na América Latina. Durante encontro em Brasília com o chairman do Lloyd’s, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o projeto reflete a confiança da empresa no país, mesmo diante da crise internacional.

O presidente da companhia britânica, Peter Levene, que fez um elogio ao atual desempenho da economia brasileira, acredita que o Brasil pode se tornar um centro de distribuição desse segmento na América Latina, que movimenta US$ 8 bilhões anuais. Apenas no Brasil, a receita anual é de US$ 2,4 bilhões. Ele fez ainda um elogio à regulamentação do mercado nacional de resseguro, no ano passado.

- O Brasil é a maior economia do bloco e as expectativas são boas para a economia brasileira. Hoje a inflação está sob controle. Há dez anos a inflação era um problema. O governo fez um bom trabalho ao implantar o controle inflacionário - disse Levene.

Após a audiência com o presidente da Lloyd's, o ministro disse que a companhia britânica demonstra confiança no país.

- O Brasil será um dos países não afetados por essa crise, ou retração internacional, que vai se manifestar nos Estados Unidos e na Europa - declarou Mantega.

O ministro acrescentou que o Brasil realmente precisa ampliar a indústria de seguros.

- Hoje temos um mercado de seguro incipiente pelo nível de atividade que o país tem. Quando se constrói um navio ou uma plataforma tudo isso precisa ser segurado para reduzir o custo e o risco - complementou Mantega.

O presidente da Lloyd's, Levene, espera obter a licença até o dia 17 de abril para a companhia começar a operar no país. Para ele, a regulamentação do mercado de resseguro ajuda a indústria nacional de seguros e toda a economia brasileira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o nível de atividade econômica manteve o nível de crescimento de 5% em janeiro, número que, para ele, deve se manter ao longo de 2008.

- Observamos que, pelos indicadores precursores de janeiro, a atividade econômica continua acelerada, mantendo o ritmo do fim do ano passado - disse o ministro.

Para ele, o resultado da atividade econômica mostra que a crise internacional não contaminou o país. - Isso significa que a confiança que observamos de analistas, do mercado e de investidores continuará ao longo de 2008 - emendou.

A licença da operação deve ser sair no dia 17 de abril, segundo Levene. "Estamos muito felizes. É grande oportunidade (de investimento no mercado brasileiro). Temos tido grande ajuda da Susep (Superitendência de Seguros Privados) e do Ministério da Fazenda", disse o presidente.

O mercado de resseguros na América Latina é estimado em US$ 8 bilhões e no Brasil, US$ 2,4 bilhões. O escritório no Lloyd"s será o primeiro na América Latina. | Foto: (esq./dir.) Embaixador Britânico, Peter Collecott; diretor do Loyd´s, José Ribeiro; Lloyd´s Chairman, Lord Levene e o Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

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