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14/02/2008 - 10:39

Qualidade é novo parâmetro para definir ranking de planos de saúde

Até bem pouco tempo, os planos de saúde de todo o mundo eram escalonados por tamanhos e área de cobertura..Os paises em desenvolvimento se orgulhavam de ter grandes grupos privados controlando o financiamento e a prestação de serviços de saúde. Mas o paradigma do “quanto maior melhor” está cada vez mais defasado. Evento recente de saúde privada de mercados emergentes do Banco Mundial/IFC, revelou que o consenso entre os representantes do setor é que o ranking de prestadores de assistência privada deve ser organizado com base na qualidade e não no tamanho.

O consultor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em Washington, Bernardo Weaver, explica que houve uma nítida mudança de paradigma, de quantidade para qualidade, não só na prestação de saúde, mas também na parte financeira. “Muitos planos e hospitais, ao examinar a sua trajetória nos últimos anos, reconhecem um erro: foram muito cedo rumo a IPO (oferta inicial de ações). Estas empresas abriram o capital no mercado de ações num momento em que deveriam ter dado atenção às firmas de private equity. Se por um lado estas firmas têm menos capital, por outro lado elas têm mais paciência para projetos de longa maturação. Estes planos de saúde experimentaram 'na pele' que nem sempre mais capital é melhor. As vezes é importante averiguar a qualidade deste capital”.

Weaver disse também que a aferição da qualidade é tão importante quanto a formação do capital, pois é dela que se realiza o lucro que alimenta todo investimento: “Os planos de saúde do mundo todo estão começando a se preocupar com a acreditação de qualidade. Para atingir a verdadeira qualidade em saúde, deve-se medi-la de maneira apropriada. Por isso, planos do mundo todo começam a investir em métodos como a acreditação da NCQA (comissão nacional de asseguramento de qualidade)”.

E parece que não vai ser diferente no Brasil. Dr. Luiz Felipe Conde, sócio do escritório de advocacia Pellon & Associados e ex-Procurador Geral da ANS, detalha esta questão a nível nacional: “A saúde no Brasil está se modernizando, principalmente em termos de qualidade médica. O trabalho que a Joint-Comission tem desempenhado nos hospitais do Brasil enche os olhos de qualquer observador do mercado. A acreditação de operadoras é a próxima geração deste processo iniciado com hospitais. A NCQA é uma empresa que domina 95% da acreditação nos EUA e pode ajudar o Brasil nesta transição".

O advogado acredita que, como os rumores da acreditação já chegaram à América do Sul, a questão deve gerar efeitos em cadeia. "Q uem pegar o selinho da acreditação da NCQA, mesmo que seja uma mera consultoria, vai dar um pulo na frente do resto do mercado. Nos mercados onde não existem padrões explícitos, os planos de saúde concorrentes ficam a ver navios, esperando a acreditação formal. O mesmo deve ocorrer no Brasil”, prevê. Conde concluiu afirmando que “quem tiver a primeira nota, o primeiro contato com a NCQA, vai ter grandes vantagens em termos de marketing, do ponto de vista operacional, financeiro e até mesmo internacional”.

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