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04/09/2015 - 06:55

Empresas de mineração precisam melhorar sua produtividade

Para gerar confiança aos acionistas, aponta BGG. O estudo aponta que média de retorno total ao acionista dentro de uma amostra de 101 empresas do setor foi de -18% entre 2010 e 2014.

Criação de valor continua a ser uma batalha difícil para as empresas de mineração. Embora os custos unitários tenham se estabilizado, a queda dos preços das commodities e a desaceleração da produção tornaram a tarefa de entregar retorno positivo total ao acionista (TSR) muito mais difícil. Além disso, os atuais programas de produtividade vêm perdendo força. É o que relata o estudo do BCG Value Creation in Mining 2015: Beyond Basic Productivity.

O relatório examinou o retorno total ao acionista de 101 empresas de mineração, entre elas a Vale, a Anglo American, a BHP Billiton, a Norilsk Nickel e a Rio Tinto, entre 2010 e 2014. Durante esse período, a média de retorno total ao acionista da amostra foi de -18%. Esses resultados contrastam com os da primeira década do milênio (2000 a 2009), quando o boom global dos preços das commodities alimentou o crescimento nos lucros.

Além do declínio nos preços das commodities, o BCG identifica dois fatores fundamentais implícitos para as perdas recentes: o aumento dos custos de produção (e, por sua vez, margens declinantes), juntamente com a diminuição do apetite dos investidores por ações de mineradoras.

Entre algumas das principais conclusões do relatório estão:

• As margens Ebitda da Indústria caíram de 42%, entre 2010 e 2011, para apenas 33% em 2013.

• A compressão das margens tem sido desigual entre os diferentes países. Entre 2010 e 2013, os custos unitários aumentaram de 6 a 10% na Austrália, cerca de 12% no Peru, e 14 a 15% no Chile.

• Empresas de ouro e carvão foram especialmente atingidas durante o período de 2010 a 2014.

• Os custos unitários, embora finalmente estabilizados após uma década de aumentos, ainda excedem os níveis de 2009. Programas de produtividade das empresas de mineração estão em andamento, porém não no ritmo necessário.

O estudo de 2015 alerta que as empresas não podem confiar em suas medidas de produtividade existentes para melhorar o retorno aos acionistas. "Alcançar novos cortes de custos vai tornar-se cada vez mais difícil, assim como as oportunidades mais visíveis começam a desaparecer", diz Gustavo Nieponice, sócio do BCG e coautor do relatório. "Além disso, dado o cenário econômico incerto, as empresas não podem contar com um pequeno aumento nos preços das commodities como uma alavanca para a recuperação."

Abordagem para a produtividade —Para rejuvenescer os seus esforços, as empresas precisam ter uma abordagem para a produtividade de ponta a ponta e combater três dimensões de desempenho simultaneamente: a eficiência dos ativos físicos, a eficácia dos sistemas de gestão e o nível de excelência dos funcionários. Isso é mais bem realizado por meio de uma abordagem de "triagem" que tem como alvo as áreas mais fracas em primeiro lugar.

Para ilustrar, o relatório examina o tema da gestão dos fornecedores. "As empresas muitas vezes se concentram em negociar taxas mais baixas e melhores condições de pagamento como uma forma de ganhar eficiência com fornecedores", observa Thomas Vogt, diretor BCG e coautor do relatório. "Ao fazer isso, eles ignoram muitas outras oportunidades para melhorar a produtividade dentro dessas relações." O BCG identificou oito alavancas - entre elas gestão de contratos por demandas, consolidação de contrato, quebra do escopo de contrato, e aumento da produtividade do fornecedor-que têm permitido às empresas racionalizar, criar eficiência e economizar substancialmente com taxas anuais de encargos. Uma perspectiva global para a gestão do fornecedor também inclui o uso de dados e análises para selecionar, gerenciar e compensar fornecedores, bem como o desenvolvimento de capacidades internas para aperfeiçoar como os fornecedores são utilizados no local.

Além da Produtividade —No entanto, a produtividade por si só não é a resposta para a criação de valor. O relatório identifica três importantes estratégias orientadas para a criação de valor além da produtividade. Em primeiro lugar, as empresas devem reavaliar as suas reservas de projetos (aqueles propostos antes da crise financeira, bem como os já em curso), tendo em vista as novas tecnologias e as despesas de capital necessário para sustentar as operações existentes. Em segundo lugar, dadas baixas avaliações atuais, as empresas devem avaliar fusões e aquisições. Por fim, é preciso olhar atentamente para os novos desenvolvimentos tecnológicos de equipamentos automatizados para dados em tempo real e análises.

"Em última análise, a produtividade não é uma estratégia", diz Alexander Koch, sócio do BCG e coautor do relatório. "As empresas de mineração precisam começar agora a substituir os recursos escassos e conduzir um crescimento rentável a longo prazo, seja nas condições atuais ou por meio de fusões e aquisições."

Value Creation in Mining 2015 é o quarto relatório sobre a criação de valor no setor de mineração. O relatório é parte da série Value Creation do BCG, que utiliza metodologia própria do BCG para fragmentar as fontes de criação de valor entre as empresas com melhor desempenho n as principais indústrias.

O The Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa de consultoria de gestão global e líder mundial em estratégia de negócios. Fazemos parcerias com clientes em todos os setores e regiões do mundo para identificar as oportunidades que mais geram valor, abordar os desafios mais importantes e transformar o negócio de nossos clientes. Nossa abordagem personalizada combina um amplo entendimento da dinâmica das empresas e mercados, em colaboração com todos os níveis da empresa de nosso cliente. Criado em 1963, o BCG é uma empresa privada, com 82 escritórios em 46 países. |www.bcg.com.

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