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15/09/2015 - 08:20

"Como será a Caxias do Sul de 2035?"


Indagação foi feita pelo ex-prefeito de Maringá Silvio Barros, que palestrou na reunião-almoço da CIC desta segunda-feira, em comemoração aos 40 anos do Sinduscon Caxias.

“No ano de 2035, como estará Caxias do Sul? Vocês serão protagonistas ou reféns?” A provocação feita pelo ex-prefeito de Maringá Silvio Barros deixou pensativo o público da reunião-almoço do dia 14 de setembro(segunda-feira), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Ao palestrar sobre cidades sustentáveis, Barros apresentou o Movimento Repensando Maringá, uma iniciativa bem-sucedida do município do qual foi prefeito por dois mandatos e que colocou a cidade paranaense nas primeiras colocações dentro dos principais rankings de gestão e desenvolvimento do País. O ex-prefeito esteve na CIC a convite do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Caxias do Sul (Sinduscon Caxias), que comemorou seus 40 anos de fundação.

De acordo com Barros, que é engenheiro civil com especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental, o conceito de sustentabilidade é garantir condições melhores do que as que se já tem hoje. E para isso é preciso planejar as cidades para o futuro, levando em consideração os fatores ambientais, econômicos, sociais, políticos e culturais. “Os fenômenos climáticos serão cada vez mais intensos e frequentes, e a capacidade de adaptação pode não acompanhar a velocidade dos impactos”, exemplificou.

Ainda de acordo com o especialista, a responsabilidade de pensar o futuro das cidades cabe à sociedade organizada. Para justificar o que classificou de empoderamento da sociedade, Barros afirmou que as entidades da sociedade civil, além de terem o planejamento estratégico no seu DNA, têm legitimidade, competência e experiência para realizar um plano estratégico que ordene o crescimento urbano.

“Não é o governo que estabelece as metas. Não adianta responsabilizar o governo por isso. O governo deve receber esta orientação da sociedade, e enquanto a sociedade não estiver madura o suficiente para assumir este papel, os processos de descontinuidade vão permanecer: um prefeito começa uma obra e o outro manda desmanchar, só que o dinheiro é nosso. A forma de resolver isso é quando a sociedade civil organizada decide o que ela quer, e o prefeito executa”, argumentou Silvio Barros. Para o ex-prefeito, a parceria com a sociedade é um bom negócio, desde que ela seja comprometida e responsável, pois fiscalizará o poder público para que o dinheiro seja gasto de maneira consequente.

O Movimento Repensando Maringá que nasceu em meados da década de 90 pela iniciativa de 180 organizações e 400 pessoas, com a missão de promover o desenvolvimento sustentável social e econômico, através de uma articulação harmônica entre a sociedade organizada e o poder público, acabou se transformando no Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). Além de coibir os desvios de dinheiro público, a iniciativa ajudou a combater a falta de planejamento. A aplicação dos estudos foi garantida graças à assinatura de um convênio com a Prefeitura, que se comprometeu a utilizar o trabalho. Depois de financiar planos estratégicos que projetaram a cidade para 2020 e 2030, o Codem já trabalha no planejamento de 2047, ano do centenário do município.

Sinduscon Caxias —O presidente da CIC, Carlos Heinen, homenageou o sindicato, lembrando a importância da entidade para o fortalecimento do associativismo empresarial e para o desenvolvimento de Caxias do Sul. Depois de cumprimentar os empresários que atuam e atuaram no Sinduscon Caxias desde a sua fundação, Heinen entregou uma placa ao atual presidente, Volnei Sebben, marcando as comemorações dos 40 anos do sindicato.

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