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16/09/2015 - 07:39

O desafio da gestão da irrigação em pequenas e médias áreas


A importância da agricultura irrigada na produção de alimentos, fibras e agroenergia tem sido cada vez mais reconhecida e o uso da tecnologia da irrigação é uma condição básica para o atendimento das demandas de produtos agrícolas por parte da sociedade, tanto para consumo quanto para exportação. Por outro lado, sabemos que, por utilizar insumos de alto valor ambiental e estratégico como água e energia e, por exigir investimentos elevados na implantação da infraestrutura necessária, o crescimento e o desenvolvimento da agricultura irrigada tem que ser feito em bases sustentáveis, ou seja, economicamente viável, ambientalmente responsável e socialmente justa.

A importância de uma boa gestão de irrigação está disseminando. Aliada à maior conscientização da importância ambiental do uso eficiente da água, influenciam muito os fatores econômicos relacionados ao custo da energia, mão de obra e outros insumos, como também os aspectos legais relacionados à lei das águas, onde a outorga tem sido um importante instrumento de gestão e controle.

Em propriedades com grandes áreas irrigadas, a gestão técnica da irrigação tem sido implantada com grande sucesso. Além da conscientização citada anteriormente, o tamanho da área e a capacidade de investimento têm possibilitado a contratação de consultorias, que implantam e promovem o funcionamento do sistema de gestão, treinando o pessoal técnico da fazenda na condução do processo no dia a dia.

E em áreas irrigadas de pequeno e médio porte, como anda a situação? Nessas propriedades observam-se as maiores deficiências em utilização de sistemas técnicos de controle da irrigação e que, sem dúvida, necessitam de soluções ao mesmo tempo técnicas e operacionais, viabilizando sua implantação.

A grande limitação tem sido os sistemas pouco operacionais, que exigem permanentemente grande quantidade de medidas diárias, sensores de alto custo e pessoal especializado, o que dificulta a adoção da tecnologia.

A experiência de longo tempo trabalhando no tema, permite pontuar que o sucesso da implantação de um programa de gestão da irrigação e a sua continuidade ao longo dos anos, depende de alguns requisitos básicos, onde se destacam: avaliação e ajuste do sistema de irrigação; levar em consideração as condições locais de solo; planta e clima e, a disponibilidade de água, equipamento e energia, considerando em todo processo a estratégia da condução da lavoura da propriedade; o sistema de produção; as metas de produção e produtividade; com a adequada conscientização e treinamento do pessoal envolvido. Fecha-se o ciclo com o acompanhamento periódico e um foco em resultados, a serem comprovados no final da safra.

Trata-se de um processo que exige tecnologia, dedicação e foco, sendo que o ideal é uma implantação em etapas, permitindo a incorporação gradativa dos processos e benefícios e, quanto mais pontos forem atingidos, maiores os benefícios econômicos e ambientais relacionados à maior produtividade, menor consumo de água, energia, mão de obra e do equipamento.

O sucesso na implantação e continuidade depende de que o processo de manejo seja feito pelo próprio pessoal da fazenda, o que exige um sistema técnico e ao mesmo tempo operacional, capaz de ser conduzido nestas condições. Como interagem solo, água, planta, sistema de irrigação e fatores operacionais, é fácil concluir que não existe uma receita e o uso de sistemas que prometem soluções simples e de fácil implantação e, sem um acompanhamento técnico, podem até ser bem-intencionadas, mas são despreparadas tecnicamente e são frequentemente abandonadas em um curto espaço de tempo.

. Por: Everardo Mantovani, Professor Titular DEA-UFV e Sócio e Consultor da Irriger| Perfil— A Irriger nasceu há dez anos, dentro da Universidade Federal de Viçosa, como uma linha de pesquisa da instituição. Diante da importância que a irrigação agrícola conquistou dentro do cenário mundial, o projeto acabou se transformando e ganhando novas proporções. “Desde 2010, a empresa trabalha para equilibrar a necessidade de aumento da área irrigada no país, para produção de alimento em maior quantidade e com maior rentabilidade, ao mesmo tempo em que se faz necessário o uso eficiente e racional dos recursos naturais”, afirma o professor.

Diante dessa demanda, surge a fusão coma Valmont, multinacional americana do ramo de irrigação por pivôs centrais. “O novo aporte permitiu estruturação administrativa e crescimento com manutenção da qualidade de serviços”, explica o professor. Desde então, a área de atuação da Irriger cresce em média 28 mil hectares por ano, dobrando seu faturamento anualmente. Ao todo são 250 mil hectares gerenciados que produzem safras correspondentes a 400 mil ha/ano. Além do Brasil, o sistema Irriger gerencia lavouras de diversas culturas na Índia, Rússia, Sudão e México.

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