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17/09/2015 - 09:01

Me esqueci completamente de mim, sou um departamento de cultura


Poeta, romancista, professor de música, crítico de arte, cronista, jornalista, pesquisador, Mário de Andrade foi também servidor público. Iniciou sua carreira em 1935, como diretor do Departamento de Cultura da cidade de São Paulo. Departamento na época equivalia a Secretaria. Mário de Andrade foi o primeiro Secretário de Cultura do País.

No exercício desse cargo, ele teve de lidar com a burocracia, redigir despachos, regulamentos, analisar e justificar orçamentos, planejar políticas públicas. Não se sujeitou à norma e impôs sua personalidade – e estilo – ao jargão administrativo.

Este livro reúne, em fac-símiles, um conjunto desses documentos valiosos que evidenciam planos e estratégias do diretor. Além de entrevistas com Mário de Andrade e Fábio Prado e cartas do escritor a Oneyda Alvarenga, Murilo Miranda, Câmara Cascudo, Prudente de Moraes, entre outros.

Mário dedicou-se integralmente ao Departamento de Cultura. Doou-se com tanta intensidade que prejudicou sua carreira de escritor e crítico. A produzir poesia ou ensaio, escrevia relatório. Essa literatura prática e militante nunca foi recolhida e publicada sistematicamente.

Muitas das ações que ele sonhou em seu tempo só agora se materializam. Apesar das profundas frustrações do poeta-servidor, cujo projeto foi truncado e o “devotamento ao serviço público” foi posto sob suspeita, e até suspeição, os frutos do pensamento e das ações do Departamento de Cultura ainda nutrem nossas instituições no século XXI.

Os organizadores: Carlos Augusto Calil (São Paulo, 1951) é cineasta, crítico, ensaísta e professor do Departamento de Cinema, Televisão e Rádio da Escola de Comunicações e Artes da USP. Foi assessor de Sábato Magaldi na Secretaria Municipal de Cultura de 1975 a 1979, reorganizou com Paulo Emílio Sales Gomes a Cinemateca Brasileira em 1975/76, foi diretor da Embrafilme de 1979 a 1986, da Cinemateca Brasileira de 1987 a 1992, do Centro Cultural São Paulo de 2001 a 2004 e, de 2005 a 2012, assumiu a Secretaria Municipal de Cultura. Realizador de documentários em filme e vídeo, autor de mais de 130 artigos, resenhas e ensaios e editor/organizador de mais de 30 publicações, em áreas como cinema, fotografia, história, teatro e literatura.

Flávio Rodrigo Penteado (São Paulo, 1987) é Mestre em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Fez estágio de pesquisa na Universidade Nova de Lisboa. Desenvolve estudos centrados na relação entre teatro e literatura. Responsável pelo estabelecimento de texto dos Contos de aprendiz, de Carlos Drummond de Andrade (Companhia das Letras, 2012).

Coedição: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo / Secretaria Municipal de Cultura, lançamento, 336 páginas | Formato: 22 x 21 cm | Preço de capa: R$ 60,00, dia 23 de setembro de 2015, das 19h às 21h, no Centro Cultural São Paulo – Piso Caio Graco, Rua Vergueiro , 1000 (Estação Vergueiro do Metrô).

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