Ecad e Rock in Rio: parceiros na valorização dos artistas

Organizadores do maior festival de música e entretenimento do mundo efetuam o pagamento dos direitos autorais das músicas que serão tocadas nos sete dias do evento.

Um grande espetáculo, com muitas atrações musicais, valorização da diversidade musical e respeito ao direito autoral. Assim é o Rock in Rio, que comemora trinta anos em 2015 realizando a sua sexta edição no Rio de Janeiro. A organização do evento efetua o pagamento da retribuição autoral ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) desde a sua primeira edição, em 1985, demonstrando que a valorização da cadeia produtiva da música vem do berço do festival. Dessa forma, milhares de autores, compositores, intérpretes e músicos que fazem parte do sistema de gestão coletiva musical têm seus direitos respeitados no maior festival de música do país.

Na edição deste ano, após negociação conduzida pela área de Arrecadação do Ecad, a produção do evento realizou antecipadamente o pagamento da retribuição autoral, beneficiando os titulares das músicas que serão executadas durante os sete dias de festival. No Rock in Rio 2015, se apresentarão nomes como Queen + Adam Lambert, Metallica, Rod Stewart, Elton John, System of a Down, Rihanna, Katy Perry, A-Ha, Baby do Brasil e Pepeu Gomes, artistas que farão homenagens a Cássia Eller e Raul Seixas, além de outras atrações. Vale lembrar que o Ecad protege os direitos de execução pública de todos os artistas nacionais e estrangeiros, filiados às associações de gestão coletiva que integram a instituição, que têm suas músicas executadas em território brasileiro.

“Por se tratar do maior festival de música realizado no país e estando ainda entre os principais do mundo, é imprescindível a consciência por parte dos organizadores com o pagamento do direito autoral para os milhares de titulares que têm suas músicas executadas nas apresentações. Esta atitude condiz totalmente com o modelo de empresa correta, que é a percepção que o público tem do Rock in Rio.”, destaca Márcio Fernandes, gerente-executivo de Arrecadação do Ecad.

Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio, também defende a importância do respeito ao direito autoral e aos compositores das canções que embalam milhões de pessoas durante os dias de shows. "Existem muitos talentos que trabalham na música que não necessariamente são aqueles que estão em cima do palco. Se eles não tivessem tido o dom de compor aquela música, a gente não sentiria aquela vibração, não levaria aquela mensagem para casa, a gente não sentiria da mesma forma. Então, é óbvio que essas pessoas têm que ter o merecido retorno pelo seu trabalho, é uma atividade como todas as outras", explica Roberta.

Além do pagamento da retribuição autoral, o acordo firmado com a organização do Rock in Rio contemplou uma parceria para veiculação gratuita durante o evento de uma vinheta da linha de reconhecimento criada pela área de Marketing do Ecad especialmente para o festival.

Para que o repasse dos valores arrecadados seja fidedigno ao que foi executado, o Ecad gravará todas as músicas tocadas nos palcos Mundo, Sunset, Street Dance, Rock Street e Tenda Eletrônica. A distribuição dos direitos autorais aos artistas será realizada em novembro deste ano. Na última edição realizada no Brasil, em 2013, 1.535 titulares foram beneficiados com o repasse dos valores arrecadados. Também naquela edição, foram captadas pelo Ecad mais de 2 mil execuções musicais, gerando aproximadamente 350 horas de gravação. Todas essas captações são realizadas utilizando o equipamento digital Ecad.Tec Som, que tem autonomia para até 90 horas de gravação.

O Rock in Rio é um dos maiores festivais de música do mundo e já recebeu a primeira certificação de gestão sustentável na América Latina para eventos (ISO 20121). Além do Brasil como palco inicial, já foram realizadas edições nos Estados Unidos, Portugal e Espanha, somando 90 dias de música em 14 festivais. Desde o histórico show de 1985 da banda Queen, quando o cantor Freddie Mercury regeu o coro da plateia ao som de “Love of my life”, cerca de 1.270 artistas nacionais e estrangeiros já subiram aos palcos, entretendo mais de 7,4 milhões de espectadores.

Perfil—O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), é uma sociedade civil, privada, que tem como objetivo centralizar a arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical. Com gestão profissionalizada e premiada, é considerado referência na área em que atua e dispõe de um dos mais avançados modelos de arrecadação e distribuição de direitos autorais de execução pública musical do mundo. Administrado por 9 associações de música (Abrac, Abramus, Amar, Assim, Sadembra, Sbacem, Sicam, Socinpro e UBC), é a instituição que representa todos os titulares de obras musicais (autores, intérpretes, músicos, produtores fonográficos e editores nacionais e estrangeiros) filiados a essas associações. Com sede no Rio de Janeiro, o Ecad possui 35 unidades próprias localizadas em diversos estados do país e 66 agências credenciadas que atuam especialmente no interior dos estados.