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22/09/2015 - 08:06

Urticária crônica pode durar até cinco anos

Doenças autoimunes podem ter relação com urticária crônica espontânea #congressoalergia2015 #asbai.

Caracterizada por manchas vermelhas na pele em alto relevo e acompanhadas de inchaço e coceira, a urticária está entre os temas que serão debatidos durante o XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, entre os dias 03 e 06 de outubro, em Vitória (ES).

O Dr. Régis Campos, especialista palestrante do XLII Congresso, explica que a urticária pode ser transitória, muitas vezes associada a alimentos ou medicação, surgindo apenas após contato com esses agentes. “Mas há casos em que ela persiste, aparecendo pelo menos quatro vezes por semana, sendo considerada urticária crônica, pois esses sintomas duram mais do que seis semanas. Essa última condição pode ser de natureza espontânea, sem causa externa detectável, ou induzível, seguindo estímulos externos, principalmente agentes físicos, tais como o frio, pressão ou mesmo fricção sobre a pele, chamado de dermografismo”, explica o médico.

As urticárias crônicas persistem em média cinco anos, com variações de meses ou até mesmo 20 anos. As urticárias induzíveis representam uma proporção significativa desse grupo podendo afetar muito a qualidade de vida, a depender do tipo de estímulo físico, assim como, outros fatores tais como a profissão do indivíduo afetado em que a exposição ao agente causal é frequente.

Além de evitar os agentes causadores, o tratamento consiste na utilização de medicações antialérgicas, ou seja, os anti-histamínicos.

Urticária Crônica Espontânea - Diferentemente dos casos agudos, na urticária crônica espontânea (UCE), em quase a totalidade, não podem ser identificados os fatores que causam os sintomas na pele. “Embora muitos pacientes relatem que os alimentos sejam os desencadeadores, a maioria dos estudos não confirmou essa associação. Portanto, o nome espontâneo é utilizado para demonstrar que, na maior parte dos casos, essa condição aparece devido às alterações dentro do próprio organismo”, explica Dr. Campos.

Segundo o especialista, estudos recentes têm demonstrado que em torno da metade dos casos de UCE, as alterações dentro do organismo, que causam seu aparecimento, são de natureza autoimune. Nos outros casos, ainda não se sabe o que resultou no aparecimento da UCE. “Estas alterações na urticária autoimune são devido à presença de anticorpos do próprio indivíduo afetado, que atacam algumas células dele mesmo. Normalmente, os anticorpos são produzidos para combaterem agentes externos como as bactérias e os vírus e, dessa forma, protegerem o organismo. Nos casos de doenças autoimunes, ocorre um erro nessa missão dos anticorpos que acabam sendo produzidos contra as próprias células. No caso da UCE, as células afetadas estão na pele e quando sofrem a ação dos anticorpos acabam gerando coceira e placas vermelhas no corpo”, detalha o médico.

Embora até o momento não existam evidências de que a urticária autoimune seja mais grave ou modifique o tratamento já utilizado, foi demonstrada uma associação com outras doenças de natureza autoimune, particularmente as relacionadas à tireoide.

Estudo em Israel com mais de 10.000 pacientes com urticária crônica demonstrou que esses pacientes apresentam um risco de 20 a 30 vezes maior de desenvolveram alterações da tireoide em algum momento da vida. “Dessa forma, o diagnóstico de urticária autoimune deixa o médico atento para sinais e sintomas de outras doenças autoimunes que venham se manifestar no futuro e instituir um tratamento efetivo e precoce para essas doenças”, conclui Dr. Régis Campos.

Todas as informações sobre o XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia podem ser acessadas no site .[http://congressoalergia2015.com.br].

XLII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, de 03 a 06 de outubro, a partir das 8h30, no Centro de Convenções de Vitória, Rua Constante Sodré, 157 – Santa Lúcia – Vitória/ES. Informações e inscrições: http://congressoalergia2015.com.br

A ASBAI —A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros. | www.asbai.org.br.

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